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Um homem só, de Christopher Isherwood

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Por Pedro Fernandes Christopher Isherwood. Foto: Michael Childers   Depois das experiências romanescas de Virginia Woolf e de James Joyce, multiplicaram-se os romances que se utilizam de uma narração cujo tratamento de dilatamento do tempo se mostra propícia ao testemunho sobre as experiências comuns de uma circunstância ou um dia corriqueiro na vida de uma personagem trivial à maneira de evidenciar simbolicamente toda uma existência. De alguma maneira, Um homem só , de Christopher Isherwood dialoga, chamemos assim, com essa tradição, uma vez acompanharmos um dia na vida de George, tempos depois de quando recebe a notícia sobre a morte trágica de Jim, com quem estabeleceu longos anos de convívio.   Como nos outros casos reconhecidos na literatura, por entre o itinerário que se inicia com o despertar de George e finda com a hora de dormir, passa-se a rotina recorrente na vida dessa personagem, seu trabalho como professor, as trivialidades exercidas por qualquer pessoa e os encontros des