O fator Wells
Por Christopher Domínguez Michael H. G. Wells. Foto: Yousuf Karsh Não há dúvida que Herbert George Wells (1866-1946) foi uma das figuras decisivas da primeira metade do século XX e que, precedido por Júlio Verne, moldou, previu e profetizou muito do que seria o presente e o futuro. Dos seus sessenta livros, escritos em quase todos os gêneros, basta lembrar apenas alguns dos títulos de seus romances para medir sua influência: A máquina do tempo (1895), O homem invisível (1897), A guerra dos mundos (1898) e Os primeiros homens na Lua (1901). Quase todas as coisas que surgiram no século passado pareciam dever-lhe a existência, e isso é demonstrado por Sarah Cole, a mais recente de seus exegetas, em Inventing Tomorrow. H.G. Wells and the Twentieth Century (Columbia University Press, 2020). É, segundo ela, o “fator Wells” e ela não é a primeira a considerar esse fator, nem será a última a fazê-lo. Para além dessa tetralogia que marca a transição entre os séculos XIX e XX, Cole se e