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Cadernos de delicada loucura (Parte 2)

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Por Antonio Yelo   5 Susan Sontag tinha dezessete anos quando se casou com Philip Rieff, seu professor de sociologia na universidade. Rieff era onze anos mais velho que ela. No dia 3 de janeiro de 1951, a escritora anotou no seu diário:   “Casei com Philip com plena consciência + medo da minha própria vontade apontada para a autodestrutividade.”   A 4 de setembro de 1956 reflete em outro de seus cadernos:   “Quem inventou o casamento foi um torturador astuto. É uma instituição destinada a embota os sentimentos. Toda a questão do casamento se resume na repetição. O melhor que ele almeja é a criação de dependências fortes e mútuas.   Brigas acabam perdendo todo o sentido, a menos que a pessoa esteja sempre pronta a agir sobre elas — ou seja, terminar o casamento. Assim, depois do primeiro ano, a pessoa para de ‘perdoar’ depois das brigas — apenas recai num silêncio irritado, que passa a um silêncio comum, e depois continua outra vez.”   A união dos dois durou apenas oito anos.   O escrit