O compromisso de Zelda Sayre e F. Scott Fitzgerald
Por Beatriz Eduarte Zelda Sayre e F. Scott Fitzgerald. Arquivo Antibes. Quem foi Zelda Sayre, além da senhorita nascida em 24 de julho de 1900 em Montgomery (Alabama), companheira de um escritor e personagem recorrente na ficção dele? Pronunciar “Zelda” é evocar uma espécie de conjuração, fantasia, ou uma princesa trancada na torre mais alta, refém da pior prisão chamada Mente. Esse cubículo às vezes escuro, às vezes cheio de luz e, às vezes, de uma neblina que dificulta a clarificação de nossos pensamentos, realidades e emoções, e cuja fuga — se conseguida — resulta muito mais trabalhosa do que qualquer outra que se tenha visto em Alcatraz. No entanto, regressemos. Aos primeiros anos da juventude em que a depressão não era conhecida nem esperada, porque as únicas coisas que pulsavam nas ruas de Montgomery eram as festas, os bailes, o vai-e-vem das bebidas compartilhadas e a marcha dos jovens bem-vestidos que procuravam a amante, a mulher ou a “garota perfeita”. Foi assim que F. Sco