Cadernos de delicada loucura (Parte 1)
Por Antonio Yelo Le Solitaire . Tennessee Williams, anos 1970 Arquivo: Key West Art & Historical Society 1 O detetive de homicídios Somerset, da polícia de Nova York, entra numa sala. As paredes são ocupadas por estantes que chegam até o teto. Nelas, milhares de cadernos estão empilhados. Somerset pega um. Capa sem designativo. No interior, preenchido totalmente de frases manuscritas, diminutos e rascunhados desenhos e pequenas fotos, aparentemente recortadas da seção de contatos do jornal. Os desenhos, imagens e texto ocupam cada centímetro das páginas. Somerset pega outro caderno e o folheia. Igual ao primeiro, cheio até a borda. Somerset vai até outra prateleira e pega outro caderno. O mesmo. O detetive olha ao redor. Estão na casa do assassino. Seu parceiro, o detetive Mills, entra na sala. Três assassinatos brutais foram cometidos. Há um fio que une os crimes: são inspirados em três dos sete pecados capitais. Os detetives verificam se os cadernos não contêm datas ou lugare