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Mostrando postagens de julho 5, 2022

Uma vida romanceada: sobre o legado literário e político de Edward Said

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Por Timothy Brennan Edward Said. Foto: Fundação Barenboim-Said   Muito depois de sua morte em 2003, Edward W. Said segue como parceiro em muitas conversas imaginárias. Para aqueles que o conheceram, as trocas enquanto estava vivo fazem quase tanta falta quanto sua pessoa — os olhos escuros e penetrantes, compassivos mas ígneos, de um homem receptivo e atento, um pouco intimidador, e com frequência bastante engraçado.   Eu me encontrava na Universidade de Madras, Índia do Sul, em dezembro do ano em que ele faleceu. A leucemia o havia derrotado apenas alguns meses antes e, agora que partira, os memoriais começavam a avolumar-se. Convidado a falar sobre sua obra tão distante de seu lar nova-iorquino, esperava achar-me em uma pequena sala de seminário, mas, em vez disso, fui conduzido ao gabinete do chanceler para tomar chá, com um funcionário do consulado norte-americano a seu lado, ambos surpreendentemente bem-informados sobre os escritos de Said, depois para um anfiteatro do tamanho de