“Nosferatu”, um século de vampiros e ocultismo
Por Gregorio Belinchón Max Schreck como Nosferatu. Friedrich Wilhelm Murnau viveu apenas 42 anos. Dos seus 21 filmes, sobreviveram 12. Numa época, a do salto do cinema silencioso para o cinema sonoro, em que reinavam prolíficos diretores e trabalhos industriais (aí estão os mais de 100 filmes de John Ford), Murnau filmou pouco, e um terço de sua filmografia se apagou ao longo do tempo. No entanto, ainda hoje ele é um dos cineastas mais importantes da história, o maior expoente do expressionismo, um criador cuja vida e carreira foram interrompidas por um acidente de carro. Mesmo seu melhor filme, Nosferatu (1922), um clássico que agora completa um século, esteve prestes a desaparecer quando os produtores perderam o processo de plágio contra a viúva de Bram Stoker, o escritor de Drácula , romance que inspirou e muito o filme de Murnau. Apesar disso, um século depois, aí está a silhueta de Nosferatu, o morto-vivo, recortada no último lance de escada, aquelas unhas compridas, nariz p