Cesária Évora, de Ana Sofia Fonseca
Por Solange Peirão Cesária Évora. Foto: Eric Mullet. A diva dos pés descalços Foi assim que ficou mundialmente conhecida a cantora cabo-verdiana Cesária Évora. Nascida na Ilha de São Vicente em 1941, lá faleceu em 2011, com setenta anos. O festival brasileiro É tudo verdade incluiu, em sua programação de 2022, um belo documentário sobre ela, a Cize, como era tratada carinhosamente pelos amigos. Esperemos que, em breve, esteja disponível nos cinemas e nas redes do streaming . A língua dominante no documentário é o crioulo, dos habitantes de Cabo Verde, muitas vezes mesclado ao português, com narradores ocasionais em francês. A intenção maior do filme é contar a vida de Cesária, de cantora local aclamada, a “rainha sem vintém”, como aqui a chamavam, que ascende ao estrelato internacional, só a partir dos seus 47 anos. E, evidentemente, homenagear, essa que foi a grande cantora das mornas e coladeiras, estilos musicais típicos de Cabo Verde. Cesária foi a responsável por sua