Carlos Emílio Corrêa Lima, pedaços da história mais longe
Por Pedro Fernandes O ego de todo escritor sempre se acomoda penosamente no seu corpo e não importa qual sua estatura. Alguns poucos disfarçam isso na modéstia outros estendem-no para o domínio do gênio, outra matéria indissociável de um grupo de criadores em contínua extinção (ou sempre foram raros?). Ora, quem conheceu alguma vez Carlos Emílio Corrêa Lima encontrou nele esses elementos que oferecem apenas duas possibilidades de convívio: a sedução ou o distanciamento. Para os tempos que correm, é mais comum a iniciativa segunda, mesmo porque, é esta uma era de falsos escritores e de gente falsa, se pensarmos no esforço de muitos em figurar na calçada da fama ou desses ou outro tanto que se magoa com um dedo de sinceridade a mais levantado pela crítica, para citar dois fenômenos dos recorrentes na nossa confraria. Sempre se diz que os escritores do nosso tempo estão mais livres porque não submetidos ao estatuto dos agrupamentos, o que não é verdade. Os medíocres, por exemplo, form