Postagens

Mostrando postagens de fevereiro 21, 2022

Um leitor (quase dialético) de Sagarana

Imagem
Por Felipe de Moraes Antonio Candido na zona rural de Bofete (SP), em janeiro de 1948, durante trabalho de campo para pesquisa que levaria a Os parceiros do Rio Bonito .    Uma “crítica integradora”   “a arte [...] tem uma funcionalidade imediata social, é uma profissão e uma força interessada na vida.” — Mário de Andrade, “O Movimento Modernista”   Roberto Schwarz disse em mais de uma ocasião que a obra ensaística de Antonio Candido deve estar ao lado das obras Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Holanda e Caio Prado Jr. (1999, p. 12). A princípio, essa vizinhança poderia soar estranha, pois ela estabelece uma proximidade entre um estudioso da literatura e autores que produziram obras de caráter intrinsecamente sociológico e histórico no esforço de uma interpretação do Brasil que levasse em conta seus aspectos sociais e econômicos. O estranhamento provocado pela fala de Schwarz desaparece, no entanto, quando a obra de Antonio Candido é lida com atenção, a ponto de se poder notar nela u