Boletim Letras 360º #506

 
 
DO EDITOR
 
1. Caro leitor, abrimos as inscrições para o clube de apoios ao Letras no mês de dezembro. Disponibilizamos quatro livros e queremos sortear quatro leitores. Para saber como se inscrever para os sorteios, visite aqui.
 
2. Reiteramos, por fim, que na aquisição de qualquer um dos livros pelos links ofertados neste Boletim garante a você desconto e ajuda ao blog sem pagar nada mais por isso.
 
3. Um abraço e bom final de semana com boas leituras!


Albert Camus. Foto: Keystone-France.


 
LANÇAMENTOS

Livro investiga A prosa do Transiberiano e a pequena Jehanne de France, de Blaise Cendrars e Sonia Delaunay.
 
Um livro que ao ser desdobrado revela uma longa página com poesia e campos coloridos. É essa a proposta do trabalho de Blaise Cedrars e Sonia Delaunay em A prosa do Transiberiano e a pequena Jehanne da França (La prose du Transsibérien et de la Petite Jehanne de France). Lançado em 1913, é considerado um livro-objeto emblemático da história da arte gráfica. O autor e designer Gustavo Piqueira analisa o impacto e a produção dessa obra em PoemaPinturaPerformance, livro editado pela Lote 42. Piqueira discute questões como a união de dois campos artísticos até então com pouca permeabilidade, literatura e pintura, para compor A prosa do Transiberiano... O livro apresenta uma reprodução de A prosa do Transiberiano... com as mesmas características do original, incluindo o tamanho de dois metros de altura. Nesse anexo é possível visualizar o resultado do processo de produção complexo da obra, como a tipografia variada — mais de uma dezena de famílias foram usadas —, a pintura feita em técnica pochoir e a radical exploração da materialidade do livro como parte indissociável do discurso narrativo. A reprodução tomou como base no exemplar em posse da própria biblioteca pública de São Paulo. A edição original, que saiu pelo pequeno selo editorial Éditions des Hommes Nouveaux, foi de cerca de 60 cópias numeradas. Você pode comprar o livro aqui.
 
A historiadora Laura de Mello e Souza articula quatro dimensões do imaginário do século XVIII acerca do território de Minas Gerais.
 
No século XVIII, a natureza das Minas Gerais deslumbrava por suas riquezas reais e fantasiosas ao mesmo tempo que inspirava temor nos colonizadores frente ao insondável da região. No imaginário dos homens que se dedicavam a desbravar a terra, o território era apercebido sob uma névoa tanto paradisíaca quanto monstruosa que impulsionava o avanço das fronteiras e deslocava o mito do Éden perdido para um lugar sempre além. Conforme Minas era devassada, o horror ao desconhecido se arrefecia para ceder lugar a empreitadas de exploração predatória e extermínio de povos autóctones. Em meio à sanha colonizadora, uma emergente afetividade pelos encantos naturais mobilizava a produção de obras visuais e escritas, que enraizavam os novos habitantes nesse pedaço da América. Em O Jardim das Hespérides, Laura de Mello e Souza apresenta Minas Gerais num movimento de quatro perspectivas que se misturam ao longo do curso histórico e concorrem para demonstrar como a relação com o mundo natural participou da formação sociocultural mineira. O livro é publicado pela Companhia das Letras. Você pode comprar o livro aqui.
 
Um romance ardente, sensual e poético que reúne todas as suas obsessões literárias de Nina Bouraoui.
 
“Penso frequentemente no que restará, no que Erwan guardará de mim, da sua infância, gostaria de capturar, de revelar suas sensações na película fotográfica, gravar nossos instantes, temendo que o amor desapareça com as lembranças, gravar o cheiro do jasmim quando nos aproximamos de casa, cheiro da estabilidade do lugar interior, apesar das desordens do meu coração, contra a violência exterior, real ou imaginária, do mar, dos homens.” Através da voz incandescente de Madame Akli, Nina Bouraoui nos oferece em Satisfação um romance ardente, sensual e poético que reúne todas as suas obsessões literárias: a infância que termina, o amor que se perde, o desejo que faz perder a razão. O livro é publicado pela editora Paris de Histórias.
 
Novo livro no Brasil da escritora cubana Teresa Cárdenas.
 
Awon Baba trata-se de uma coletânea de 12 contos que remontam o período da escravidão, a partir da perspectiva de mulheres, crianças, homens e velhos escravizados, e narram como eles resistiram com amor, raiva, humor, esperança, vitalidade e planos de liberdade a esse duro processo. Uma mistura de ficção e memória, tendo como arquétipos a oralidade, a poesia e a musicalidade ancestral africana, reescrevendo o passado, através do ponto de vista de personagens negligenciados pela história oficial. O livro é publicado pela editora Palas. Você pode comprar o livro aqui.
 
Publicação reúne dois livros dos séculos III e IV a.C.
 
O Relatos da China e da Índia é um conjunto de dois livros, um do século 3 H./9 d.C. e outro do século 4 H./10 d.C. O primeiro —de autoria incerta, mas convencionalmente atribuído a uma figura de nome Sulayman Attajir (“o mercador”) — é uma espécie de diário de bordo que reúne relatos de mercadores e marinheiros, misturando observações gerais sobre as regiões e povos ao longo da rota marítima entre o Golfo Pérsico e Guangzhou, na China. É uma compilação de informações e maravilhas, ora empírica, ora mirabolante. O segundo livro, por sua vez, se apresenta com o nome de seu compilador: Abu Zayd al-Hasan al-Sirafi, o qual diz ter sido encarregado de verificar o primeiro livro e, ao fazê-lo, redigiu um próprio. Nele, Abu Zayd dedica-se a narrativas literárias, relacionadas a relatos como os do primeiro livro, mas cuja prioridade é entreter a audiência. Em ambas as partes, o foco está no contato entre observadores oriundos dos territórios islâmicos e os povos e regiões da Índia e da China. É uma importante obra da literatura geográfica e historiográfica, bem como de viagens e maravilhas, produzida em língua árabe no período, e um registro das relações entre culturas e de suas representações ao longo da história da humanidade. Com tradução de Pedro Martins Criado, o livro é publicado pela editora Tabla.
 
Silvina Ocampo vista por Mariana Enriquez.
 
A escritora argentina Silvina Ocampo é uma das figuras mais requintadas, talentosas e estranhas da literatura espanhola. Filha de uma família aristocrática, surgiram em torno dela mitos que cercam não só sua obra, entusiasticamente reavaliada nos últimos anos, mas também sua vida: a relação particular que mantinha com o marido, Adolfo Bioy Casares; sua amizade mutável e fofoqueira com Jorge Luis Borges, que jantava todas as noites em sua casa; seus supostos romances com mulheres, como a poeta Alejandra Pizarnik ou a própria mãe de Bioy; suas premonições perturbadoras; seus conflitos ambíguos com a grandiosa e influente Victoria Ocampo, sua irmã mais velha. Neste livro, Mariana Enriquez, através de uma enorme quantidade de fontes bibliográficas e depoimentos de amigos, críticos, parentes e conhecidos de Silvina Ocampo, questiona os mitos, levanta o véu sobre os segredos e olha com intensidade ímpar a vida daquela que vivia com o desejo de permanecer escondida. O resultado é um retrato emocionante de uma mulher cativante e obscura, inteligente e levemente perversa, dona de uma imaginação selvagem, que hoje é considerada uma das melhores contistas da América Latina. A irmã menor: um retrato de Silvina Ocampo é publicado pela Relicário com tradução de Mariana Sanchez. 
 
Antonio Carlos Secchin e o regresso à prosa de ficção.
 
Ana à esquerda & outros Movimentos é o novo livro de prosa de Antonio Carlos Secchin, reunindo seus contos inéditos (incluindo o homônimo ao livro) e uma segunda parte com sua novela “Movimento”, publicada durante sua juventude. o volume dois da ‘coleção só prosa’ traz a intrigante história de Ecila, que estabelece o mundo invertido por que percorrem as personagens do conto de abertura do livro, ‘Ana à esquerda’, e também as histórias de outras mise en abymes exploradas pela narrativa de ficção de Antonio Carlos Secchin. Publicado pela martelo casa editorial, o livro traz Ilustrações e capa de Hallina Beltrão e prefácio de Flávia Amparo.
 
Dois livros que destacam Susana Thénon.
 
Livro que reúne duas obras distintas que, de certa forma, acabam por se complementar, Habitante do Nada & distâncias é um retrato da originalidade e da inconfundível voz de Susana Thénon, poeta argentina que, de fato, traduz em versos imagens cotidianas somadas à aura daquilo que não se vê, mas que pulsa em tudo ao redor, desde o belo ao intensamente angustiante. Em Habitante do Nada (1959), os poemas vagueiam entre um desejo de calmaria e a busca por algo que faça sentido, mas que nem sempre é alcançado, o que deixa expostos sentimentos de frustração, de vazio, desesperança e desespero. Há algo de visceral, uma fúria ansiosa que revela a linha tênue entre o amor e o ódio em meio a divagações sobre o tempo, a vida e a própria palavra. Já em distâncias (1984), a sensação de vazio é mais pronunciada por certo distanciamento, tanto na estrutura dos versos quanto na voz — que também pode ser várias — que cadencia os poemas. Há uma tentativa de equilíbrio entre a sanidade e o delírio, a fuga da morte e o silêncio, através de jogos de palavras e da potência de uma natureza incontrolável que ilumina e desbota um ser a seu bel-prazer, como um artista a pincelar uma tela a depender de seu humor. Com elementos que remetem à vida, ao tempo, às palavras, à solidão e às forças selvagens que tanto podem levar alguém ao desespero quanto ao repouso, a obra divide e aproxima sentimentos tão destoantes quanto semelhantes. Por isso, faz todo sentido que Habitante do Nada & distâncias fossem um só. Com tradução de Nina Rizzi, o livro é publicado pela Editora Moinhos. Você pode comprar o livro aqui.
 
Uma reunião de textos autobiográficos de Hermann Hesse, autor vencedor do Prêmio Nobel de Literatura, traduzida pela aclamada Lya Luft e inédita no Brasil.
 
“Cada ser humano não é apenas ele mesmo, é também o ponto único, todo especial, sempre importante e singular, onde os fenômenos do mundo se cruzam uma única vez e, dessa forma, nunca mais. Por isso a história de cada ser humano é importante, eterna, divina. Por isso cada ser humano, enquanto viver e cumprir a vontade da natureza, é maravilhoso e digno de todo cuidado. Em cada um, o espírito se tornou forma; em cada um, a criatura sofre; em cada um, um salvador é crucificado... A vida de cada pessoa é um caminho para si mesmo, a tentativa de um caminho, a insinuação de uma trilha. Nenhum ser humano jamais foi inteiramente si mesmo, mas cada um de nós luta para tornar-se si mesmo. Alguns de maneira apática, outros, de modo mais leve, cada um como pode. Cada um carrega até o fim restos de seu nascimento, a linfa e a casca de seu ambiente original, primitivo. Muitos nem se tornam humanos, permanecem sapo, lagartixa, permanecem formiga. Muitos são em cima humanos, embaixo peixe. Mas cada um é um esforço da natureza em busca do humano. As origens de todos nós são comuns, as mães, todos saímos do mesmo orifício; mas cada um se esforça, num esforço e empenho das profundezas, na direção de suas próprias metas. Podemos entender uns aos outros, mas interpretar cada um só pode a si mesmo.” Usando os exemplos da própria história de vida, A magia de cada começo é uma reunião de textos autobiográficos de Hermann Hesse que descrevem e refletem os “estágios do desenvolvimento humano”, da mais tenra infância aos últimos anos de vida. Com a habilidade de escrita de um dos mais importantes escritores do século XX, vencedor do Nobel de Literatura e autor de clássicos como O Lobo da Estepe, Demian e Sidarta, é impossível não se reconhecer neles. Afinal, por mais variada que sejam as experiências de uma vida, no fim somos todos, inegável e inexoravelmente, humanos. O livro é publicado pela editora Record. Você pode comprar o livro aqui.
 
O exílio, a pergunta pela origem, o testemunho do elo entre o nazismo e a segregação racial, a difícil construção de crianças transplantadas de um mundo para outro e o peso da herança formam o romance de Bessora agora publicado no Brasil

1948. Barbara e Wolfgang Schultz, gêmeos nascidos na Alemanha, têm oito anos. A Segunda Guerra Mundial terminou há três anos e, como muitas crianças alemãs, os irmãos são órfãos. Eles foram escolhidos, junto a outras 81 crianças, para participar de um programa administrado por uma organização de caridade que visa oferecê-los à adoção para casais brancos que vivem na África do Sul. Essa organização, de tendências pró-nazistas, visa dar sangue novo – e, segundo eles, “puro” — aos africâneres (sul-africanos brancos descendentes dos colonos europeus). Ao chegar à Cidade do Cabo, Wolf e Barbara são confrontados com as ideias racistas de sua família adotiva e com o recém-criado regime do apartheid na África do Sul. Wolf é o narrador sensível dessa história — que vai de sua infância à vida adulta. O exílio, a pergunta pela origem, o testemunho do elo entre o nazismo e a segregação racial, a difícil construção de crianças transplantadas de um mundo para outro e o peso da herança são alguns dos temas que atravessam esta poderosa narrativa. Inspirando-se em uma página pouco conhecida da História, Bessora assina um magnífico romance sobre a vida desses órfãos esquecidos que lutam com os dramas do século XX. Com tradução é de Adriana Lisboa, Os órfãos é publicado pela Relicário Edições.
 
O tráfico negreiro no Brasil visto pelo Tierno Monénembo.
 
Um dos raros autores francófonos a escolher o Brasil como interlocutor, Tierno Monénembo faz da história afro-brasileira, fundada no tráfico e na escravidão, o tema central de seu romance. Originalmente lançado em 1995, o romance coloca agora também à disposição do público brasileiro o radical deslocamento de perspectivas que o celebrado escritor guineano opera em seus caminhos transatlânticos, já que aqui é a África que se volta à diáspora em busca de sua ancestralidade. A tradução de Pelourinho é de Mirella do Carmo Botara e o livro sai pela Editora Nós. Você pode comprar o livro aqui.
 
REEDIÇÕES
 
Romance inacabado do vencedor do Prêmio Nobel de Literatura Albert Camus é um retrato da infância do autor e um resgate da história de sua terra natal, a Argélia.
 
“Em suma, vou falar daqueles que eu amava”, escreve Albert Camus numa anotação para O primeiro homem. O projeto deste romance, um manuscrito encontrado nos destroços do acidente de carro em que morreu, em Villeblevin, França, no dia 4 de janeiro de 1960, era ambicioso. Ele disse certa vez que os escritores “têm a esperança de descobrir os segredos de uma arte universal que, escorada na humildade e na perícia, afinal ressuscitaria os personagens em sua carne e em sua duração”. Embora tenha levado mais de trinta anos até ser publicado, foi um estrondoso sucesso ao chegar às livrarias francesas, em 1994. Ele havia lançado as bases do que seria o relato da infância do seu “primeiro homem”. O “primeiro homem” é Jacques Cormery, que suporta sua existência miserável com o amor pela mãe silenciosa e analfabeta e pelo professor que transforma sua visão de mundo. Essa redação inicial tem um caráter extremamente autobiográfico que sem dúvida teria desaparecido na versão final do romance. Mas é justamente esse aspecto autobiográfico que é tão precioso hoje. O primeiro homem nos fornece uma profunda compreensão da vida de Camus e dos poderosos temas subjacentes à sua obra. Lendo estas páginas, vemos surgir as raízes do que constituiria sua personalidade, sua sensibilidade, a gênese do seu pensamento, os motivos do seu engajamento. Porque a vida inteira ele quis falar em nome daqueles aos quais a voz era recusada. Com tradução de Clóvis Marques, o livro é publicado pela Editora Record. Você pode comprar o livro aqui.

Mistura de distopia e de resposta à brutalidade da ditadura, Vasabarros é alegoria de uma sociedade dominada pela burocracia e pelo autoritarismo. Lá, as regras são seguidas a ferro e fogo, e as palavras de ordem são vigilância, hierarquia, punição e temor.
 
Sétimo livro do autor, Aquele mundo de Vasabarros foi lançado em 1982 e recebeu, no ano seguinte, o prêmio Jabuti na categoria romance. A trama faz parte do que especialistas identificam como “ciclo sombrio” de José J. Veiga: depois de A hora dos ruminantes (1966), Sombra de reis barbudos (1972) e Os pecados da tribo (1976), esta obra do escritor goiano retorna a um cenário oprimido por poderes atrozes e descomunais. Sob o regime da família Simpatia, a população de Vasabarros se divide em andares, que reproduzem a estratificação social: no primeiro nível estão os funcionários do primeiro escalão, no segundo vivem os membros da Simpatia e no terceiro moram os pobres e marginalizados. Em Vasabarros, há também os merdecas e mijocas, alcunha para os vigias e oficiais responsáveis pela manutenção da disciplina. A nova edição é publicada pela Companhia das Letras. Você pode comprar o livro aqui.
 
Nova edição do primeiro romance de Veronica Stigger.
 
Às vésperas da Segunda Guerra Mundial, o polonês Opalka embarca em uma viagem para o Brasil – mais precisamente para a Amazônia — para encontrar um filho que não sabia ter. Natanael está doente, confinado a uma cama de hospital de onde dita uma carta ao pai com instruções precisas para o percurso: “Quando o senhor chegar ao hospital, será fácil saber quem eu sou: serei aquele que mais se parece consigo”. Na travessia de trem e navio, entre rituais místicos na linha do Equador e o encontro com personagens excêntricos, Opalka se junta ao extravagante Bopp, viajante-errante que irá acompanhá-lo através do Atlântico. Primeiro romance de Veronica Stigger, Opisanie świata (como se traduz Il Milione, de Marco Polo, para o polonês) é um relato de viagem tecido com registros diversos, como a narrativa em terceira pessoa, a carta, o diário. Junto a eles, um inventário de imagens, testemunha da jornada — memorabilias que demonstram que o importante aqui não é o destino. Publicado inicialmente pela extinta Cosac Naify, o livro sai agora pela editora Tordesilhas. Você pode comprar o livro aqui.
 
PRÊMIO LITERÁRIO
 
Rafael Gallo, Prêmio José Saramago 2022.
 
O escritor nascido em São Paulo recebe o prêmio por Dor fantasma, romance que será publicado pelo Grupo Porto Editora, e, no Brasil, pela Globo Livros, e distribuída em todos os países da lusofonia. As primeiras incursões de Rafael Gallo na literatura foram os contos que acabou por compilar num volume intitulado Réveillon e outros dias, com o qual ganhou Prêmio SESC de Literatura. Em 2015, lançou o seu primeiro romance, Rebentar, e foi distinguido com o Prêmio São Paulo de Literatura, na categoria de autores estreantes com menos de 40 anos. Rafael Gallo é o quarto brasileiro a receber o prêmio. Depois de Adriana Lisboa (2003), Andrea del Fuego (2011) e Julián Fuks (2017).
 
DICAS DE LEITURA
 
Na aquisição de qualquer um dos livros pelos links ofertados neste boletim, você tem desconto e ainda ajuda a manter o Letras.
 
1. As vinhas da ira, de John Steinbeck. Com este romance o escritor estadunidense alçou espaço importante na literatura estadunidense. É uma narrativa poderosa sobre os embates do homem moderno com as precariedades de um sistema que condena muitos à vida periférica. Vencedor do Pulitzer e do National Book Award, a edição brasileira foi reeditada com novo projeto gráfico pela editora Record. Você pode comprar o livro aqui.
 
2. Xis e outras histórias, de Ievguêni Zamiátin. Reconhecido pela publicação de Nós, a primeira das mais importantes distopias, o leitor tem agora a possibilidade de conhecer melhor outras de suas facetas. Com tradução de Irineu Franco Perpetuo, o livro reúne cinco novelas escritas entre 1917 e 1921, uma autobiografia poética e a carta que escreveu ao ditador Stálin para pedir permissão de deixar o país. O livro está publicado pela Carambaia. Você pode comprar o livro aqui.
 
3. A vida futura, de Sérgio Rodrigues. É diversa a variedade de obras literárias que já lidaram com a ficcionalização de Machado de Assis. O escritor Sérgio Rodrigues é quem, mais recente, ingressou na longa de lista de autores assim interessados. Com o autor de Dom Casmurro, convive José Alencar. Os dois escritores descem do Olimpo e passam a habitar o Rio de Janeiro do ano 2020. Entre os impasses, está o envolvimento com milicianos e nos debates identitários vigentes. O livro saiu pela Companhia das Letras. Você pode comprar o livro aqui.

VÍDEOS, VERSOS E OUTRAS PROSAS
 
1. A Fundação José Saramago marcou o dia do centenário do autor que dá nome à instituição com a chamada a leitores do mundo inteiro para a leitura de uma passagem marcante da obra saramaguiana. Pedro Fernandes, editor do Letras, leu um excerto do romance autobiográfico As pequenas memórias. Aqui
 
2. No dia 18 de novembro passou-se outro centenário. O da morte de Marcel Proust. Vibrávamos com a possibilidade do único registro em vídeo do escritor de Em busca do tempo perdido. Você pode ler a notícia e ver as imagens aqui
 
BAÚ DE LETRAS
 
1. Ainda Marcel Proust. Na recente 503ª edição do Boletim Letras 360.º listamos na seção Dicas de Leitura, três livros para se aproximar do universo literário do escritor francês. Leia aqui.
 
2. De pequenas curiosidades literárias a questões centrais da sua obra; de elementos biográficos a reflexões críticas sobre seu pensamento. Uma dezena de textos sobre Marcel Proust e sua obra. Leia aqui.
 
DUAS PALAVRINHAS

Os meus livros são uma construção, mas com uma aventura de compasso bastante extensa para que a composição, rigorosa e à qual tudo sacrifiquei, seja longa o suficiente para discernir.
 
— Marcel Proust. 

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