Boletim Letras 360º #491
DO EDITOR
1. Caro leitor, aqui encontrará
parte das notícias que divulgamos durante a semana em nossas redes sociais. É
sempre uma oportunidade de descobrir algo do universo que nos une.
2. Como a cada boletim, relembro ainda
que na aquisição de qualquer um dos livros pelos links ofertados aqui, você ganha
desconto e ainda ajuda ao Letras com as despesas de domínio e hospedagem
na web sem pagar nada mais por isso. Outras maneiras de ajudar,
encontrará disponível aqui.
Balzac. Daguerreotipo de Louis-Auguste Bisson. |
LANÇAMENTOS
A Biblioteca Azul/ Globo Livros
retoma a publicação d'A Comédia Humana, de Balzac. Por enquanto, apenas no
formato digital.
1. O volume 10 dos “Estudos de
costume — Cenas da vida parisiense” traz dois romances que formam o conjunto
intitulado “Os parentes pobres”. Em A prima Bete, a ressentida, pobre e
solteirona Lisbeth Fischer, a personagem-título, vinga-se de maneira terrível
de todas as humilhações que sofreu de seus parentes ricos. A única personagem
brasileira do conjunto d’A Comédia está neste romance; trata-se do Barão
Henrique Montes de Montejanos, de cara fechada, que se veste de acordo com a
moda parisiense e usa um grande diamante na gravata. Montejanos, apaixonado
pela Senhora Marneffe, é ludibriado por ela com falsas promessas e reiteradas
traições, até o momento em que reclama sua vingança. O primo Pons,
personagem que dá título ao livro, é um velho e ingênuo músico que, por sua
conhecida gula, é constantemente humilhado pelos parentes ricos, que ele visita
todos os dias em busca de comida. Pons também é colecionador de objetos de arte
(como dizia-se que o próprio Balzac também era). Estes objetos vão sendo amontoados
em seu quarto, e apenas quando ele cai doente, e os demais descobrem que as
obras valem algum dinheiro, mobilizam-se como aves de rapina em torno do
parente pobre. No meio da pobreza e da baixeza moral das personagens desses
dois romances, Balzac encontra meios de registrar duas grandes novidades de seu
tempo: a daguerreotipia e as ferrovias. Assim, além de registrar os tipos
humanos, torna-se o grande cronista de um momento de transição na França do
século XIX, capital do mundo. As traduções são de Valdemar Cavalcanti e Gomes
da Silveira. Você pode comprar o e-book aqui.
2. O volume 11 traz sete romances:
Um homem de negócios, Um príncipe da Boêmia, Gaudissart II,
Os funcionários, Os comediantes sem o saberem, Os
pequeno-burgueses e O avesso da história contemporânea. Balzac
emprega aqui a técnica da “conversação entre onze horas e meia-noite”, na qual
a narração é feita pelos convivas de um jantar. As preocupações de seus
personagens giram muito frequentemente em torno do mesmo tema, o dinheiro.
Personagens que se vendem em busca de proteção social, vendedores cheios de
lábia que ficam milionários e em seguida perdem tudo. Figuras que
frequentemente são chamadas pelo seu próprio autor de “comediantes sem o
saberem”. Essa comédia involuntária desfia caricaturas elaboradas pelo gênio
criativo de Balzac, que registra de maneira inédita em seu tempo, por exemplo,
o fenômeno da pequena-burguesia intelectual e econômica. Uma classe em
desenvolvimento, pela qual Balzac não demonstra afeição, exprimindo até mesmo
certo desprezo. Balzac também mergulha no mundo dos funcionários de escritório,
dos burocratas, que em seus anseios buscam algum tipo de ascensão social,
expondo, com frequência, as origens do consumo de massa na sociedade francesa.
Algumas das narrativas do volume fazem parte dos “divertimentos” a que Balzac
se permitia às vezes a título de recreação. Um tesouro que influenciou todos os
grandes narradores que viriam a surgir, de Machado a Proust, até às telenovelas
de nosso tempo. As traduções são de Vidal de Oliveira, Casemiro Fernande e Lia
Corrêa Dutra. Você pode comprar o e-book aqui.
O livro que se tornou um fenômeno
literário em escala global.
Escrito às pressas em 1938 por um
jovem de 23 anos, o manuscrito de O passageiro foi redescoberto apenas
em 2017, quando foi publicado na Alemanha e se tornou um fenômeno literário em
escala global. Trata-se de um romance ágil e desesperador que mostra a
tentativa de um negociante judeu de escapar de seu país, cada vez mais dominado
por ideais nazifascistas. O livro impressiona por sua capacidade profética de
dimensionar a violência absurda que tomaria a Alemanha, e o êxito que o livro
teve nos dias de hoje revela como o alerta para a ressurgência do autoritarismo
segue fundamental. A tradução de Gisele Eberspächer para o livro de Ulrich Alexander Boschwitz é publicada pela Editora
DBA.
Coletânea de textos reúne
textos da viajante Isabelle Eberhardt.
Nesta coletânea de textos da
viajante Isabelle Eberhardt, precedida por um ensaio da pesquisadora e
organizadora Paula Carvalho, temos a chance de mergulhar na mente dessa
personagem que desafiou os limites impostos por sua nacionalidade, seu gênero e
seu tempo e de descontaminar nosso olhar das vivências ocidentais,
capitalistas, coloniais, sexistas e binárias para compreender a vagabundagem
como uma narrativa de experimentação da liberdade. Conhecer a vida de Eberhardt
é uma viagem, seja ela no espaço, no tempo ou pelas mais diversas teorias que
rondam sua trajetória. Nascida em 1877 numa família russa radicada na Suíça,
Eberhardt viveu em Genebra até o início da vida adulta, quando se mudou para a
Argélia. Errante por excelência, perambulou pelo norte do Magrebe africano,
descrevendo nos textos que publicava na imprensa francesa o dia a dia e as
particularidades da região sob o domínio da colonização francesa. Trajando as
vestimentas argelinas tradicionais que a tornaram conhecida, e com vívidas
críticas à Europa, Eberhardt deixa clara sua identificação com os costumes
árabes, tendo mais tarde inclusive se convertido ao Islã. Na sociedade
argelina, vestia-se como homem, frequentava lugares destinados exclusivamente a
eles e se comportava como um. Porém, nada em sua vida é assim tão simples.
Casada com o soldado Slimène Ehni, ela ora assinava seus textos como Isabelle
Eberhardt, ora como Mahmoud Saadi, sem nunca pedir licença para exercer o
trânsito entre etnias, identidades de gênero e religiões que mostra justamente
o que essa mulher curiosa reivindicava: o direito de ir e vir; o direito à
vagabundagem. Direito à vagabundagem tem tradução de Mariana Delfini e é
publicado pela editora Fósforo. Você pode comprar o livro aqui.
O primeiro livro da trilogia Crianças
do Gueto, do autor libanês Elias Khoury.
Meu nome é Adam narra a história
de Adam, um intrigante vendedor de falafel… e, através da reconstrução da
memória desse personagem, a própria história da Nakba e do povo palestino.
Neste livro, o autor libanês Elias Khoury aborda grandes temas como a
identidade e a memória, e sobretudo questiona: como restituir, na literatura,
crimes cujas vítimas estão muradas pelo silêncio? Mas a história de Adam continua — da mesma
forma que a Nakba continua — e Elias Khoury nos conta essa(s) história(s) ao
longo da trilogia Crianças do Gueto, começando com este primeiro volume, que
evidencia a maestria de Khoury na contação de histórias e no uso das técnicas
narrativas. A tradução de Safa Jubran é publicada pela Editora Tabla.
A estreia de Helena Machado no
romance.
Memória de ninguém é
um livro sobre o silêncio. A protagonista, mulher que se aproxima dos quarenta,
diante da morte do pai se vê imersa numa crise profunda, essa vida que passa,
sem sentido, efêmera. É também um livro sobre o trauma, sobre o que as palavras
escondem, sobre o que não foi dito, essa memória que paira no ar e parece não
pertencer a ninguém. Mas há sempre algo que insiste, que resta. E assim,
intenso e sutil, o livro nos ensina que a memória de ninguém é a memória de
todos nós. O livro é publicado pela Editora Nós. Você pode comprar o livro aqui.
Livro revela as faces pouco
generosas das oligarquias.
Este pequeno livro é um raro
testemunho, dentre muitos escritos esquecidos, da história brasileira das duas
primeiras décadas do século XX. As razões do esquecimento são muitas, a maior
delas talvez pelo fato de o autor, Moacyr Piza, no mesmo ano da publicação,
envolver-se no dramático assassinato de sua ex-amante, Nenê Romano, seguida do
seu próprio suicídio. Chocante na época, a fama do episódio superou a do livro
— e talvez tenha repercutido muito mais do que toda a obra satírica do autor. Sátira
polêmica, com alvos explícitos da cena política da época, Roupa suja
revela faces pouco generosas das oligarquias, acompanhando a maré de
publicações de escribas obscuros como José Agudo, Hilário Tácito, o próprio
Moacyr Piza, Juó Bananére, Ivan Subiroff e o caricaturista Voltolino — alguns
deles engajando-se em periódicos como O Pirralho, O Queixoso, O
Parafuso e outros pasquins da cultura cômica da Belle Époque paulista. Piza
juntou-se a essa fila de pândegos contumazes e esteve no centro das
dissidências do Partido Republicano Paulista (PRP), replicando lances
hilariantes: a traquinada de um baile festivo, no qual todos os chefes
perrepistas dançam maxixe; ou a farsa da Escola do Partido em pleno dia de
formatura, dirigida por um Washington Luís travestido em burlesco diretor de
circo. Poucos escapam da pena incontrolável de Piza, esgrimindo preconceitos e
infâmias diversas, jamais hesitando em decidir quem é decente e quem é canalha.
Último motivo de seu esquecimento: sociedades nunca viram sátiras com bons
olhos, talvez porque nelas ainda latejem amargas filosofias. Mais ainda no
Brasil, onde registramos satiristas defenestrados da História, não raro
diabolizados em razão de patologias pessoais. Para variar, o sempre atual
Machado de Assis antecipou a maldição de Piza e sua turma de pândegos
satíricos, quando, ao invocar a arma de Swift, definiu as elites brasileiras
com duas únicas e certeiras palavras: caricatas e burlescas. (Elias Thomé
Saliba). O livro é publicado pela Editora Chão.
Uma experiência de tradução-exu
e um ensaio sobre o que é isso.
1. Uma a outra tempestade. Este
é um poema novo de André Capilé e Guilherme Gontijo Flores. E é, ao mesmo
tempo, uma tradução de The Tempest, de William Shakespeare, e de Une
tempête, de Aimé Césaire, fundidas e recriadas numa aventura poética e
política que mergulha nas contradições do mundo colonial. Entre a criação
autoral e a liberdade tradutória, vocês estão diante de um experimento radical
de tradução-exu.
2. Tradução-exu. Ensaio de
tempestades a caminho. A tradução-exu é um parricídio muito peculiar, não
considera o sentido absolutamente inessencial, porque deseja num só gesto bater
cabeça ao texto original e jogá-lo por terra, como Exu que a um só tempo
venera, serve e engana Orunmilá. Nesse sentido, a tradução-exu precisa também
vir antes de seu original para desmontá-lo enquanto lhe dá o procedimento
crítico pela contradição, e não pelo apontamento; tudo isso sem qualquer
pretensão de Aufhebung (suprassunção) que nos leve ao um novo estágio.
Deslocamento de corpos em movimento e choque, transfusão da saliva da fala, a
tradução-exu será um caso específico de risco e amor, desastre do desejo ainda
cego e já no fio da faca, como Exu, que lança a verdade contando mentiras ou
mente a bem do oráculo, sem estancar o sentido da verdade, mas apostando no
paradoxo como a força das relações. Os dois trabalhos de André Capilé e
Guilherme Gontijo Flores são publicados pela Relicário Edições.
OBITUÁRIO
Morreu
Ana Luísa Amaral
Ana Luísa Amaral nasceu em Lisboa
no dia 5 de abril de 1956. Foi professora na Faculdade de Letras da
Universidade do Porto, onde desenvolveu vasta atividade acadêmica. Traduziu John Updike, Emily
Dickinson, Patricia Highsmith, William Shakespeare, Louise Glück, Margaret
Atwood, entre outros. Com as atividades da docência e dos estudos
literários exerceu as da escrita literária, destacando-se no teatro, na ficção,
e sobretudo, na poesia, gênero no qual se fez reconhecida e multipremiada. Na
poesia, deixou mais de uma dezena de livros, entre os quais estão Minha
senhora de quê (1990), Coisas de partir (1993), Às vezes o
paraíso (1998), A arte de ser tigre (2003), A génese do amor
(2005), Entre dois rios e outras noites (2008), Inversos (2010), Escuro
(2014),What’s in a name (2017), Ágora (2019) e Mundo
(2021). É uma obra conhecida de leitores de mais de uma dezena de países e com
a qual recebeu prêmios como o Rainha Sofia de Poesia Ibero-americana (2021). Ana
Luísa Amaral, morreu no dia 6 de agosto de 2022.
Morreu
Jô Soares
Nascido José Eugênio Soares, no
Rio de Janeiro a 16 de janeiro de 1938, Jô foi dramaturgo, escritor,
apresentador de televisão e ator. Ficou reconhecido na TV com Jô Soares Onze
e Meia (no SBT) e Programa do Jô (Globo), programas de entrevistas
pelos quais passou uma extensa variedade de nomes da cultura, da política e da
literatura. Estudou nos Estados Unidos e na Suíça com o objetivo de se tornar
diplomata, interesse que abandona ainda nos anos cinquenta para trabalhar como
humorista. Na literatura, escreveu crônicas, traduziu e se destacou com três
romances: O xangô de Baker Street (1995), O homem que matou Getúlio
Vargas (1998) e Assassinatos na Academia Brasileira de Letras (2005).
Jô Soares morreu em São Paulo, no dia 5 de agosto de 2022.
Morreu
Miró da Muribeca
Miró da Muribeca é o nome que deu
reconhecimento a João Flávio Cordeiro da Silva. Ele nasceu a 6 de agosto de
1960, em Recife. Estreou na poesia com Quem descobriu o azul anil, em
1985, numa publicação do autor. No mesmo formato publicou, dentre outros, Ilusão
de ética (1995), Para não dizer que não falei de flúor (2004), DizCrição
(2012), aDeus (2015), Meu filho só escreve besteira (2017) e o
seu mais recente trabalho, O céu é no sexto andar (2021). Ao todo, foram
mais de uma dezena de títulos e parte dos seus poemas foi reunida na antologia Miró
até agora publicada pela Cepe Editora. A notícia da morte foi divulgada nas
redes sociais do poeta neste 31 de julho de 2022.
DICAS DE LEITURA
Na aquisição de qualquer um dos
livros pelos links ofertados neste boletim, você tem desconto e ainda ajuda a
manter o Letras.
1. O caderno perdido, de
Evan Dara. Na literatura estadunidense é quase uma tradição o tipo do escritor vanguardista
e recluso. O autor deste livro está no rol dos que apenas sabemos pela obra que
nos chega. O romance é o segundo trabalho de Dara que chega ao Brasil; ele
aportou aqui, curiosamente, pelo teatro. Um ir e vir de vozes que tratam de
tudo e de nada; dos livros que obrigam o leitor, à esteira do que fizeram David
Foster Wallace ou António Lobo Antunes, para citar um nome do nosso idioma, a
trabalhar na proposição do que se quer contar. Traduzido por Lucas Lazzaretti,
esta é uma publicação da 7Letras. Você pode comprar o livro aqui.
2. Caixa Adélia Prado. Diríamos
que este é um belo presente aos amantes da poesia e dos livros bonitos. A editora
Record reuniu quatro das principais obras da poeta mineira — Bagagem
(1976), O coração disparado (1978, vencedor do Prêmio Jabuti), A faca
no peito (1988) e Oráculos de maio (1999) — que oferecem a
experiência de conhecer boa parte do itinerário criativo de Adélia Prado.
Livros em capa dura com conteúdo complementar. Você pode comprar o livro aqui.
3. Colchão de pedras, de Margaret
Atwood. Os leitores assíduos da obra da escritora canadense não se cansam de repetir
que este livro reúne a melhor amostra da sua versatilidade com a narrativa curta.
Inspirada nas tradições gótica e grotesca, os textos aqui exploram as extensões
mais perversas da humanidade, quais sejam a vingança e a violência, ou ainda a
aproximação de temas continuamente empurrados para as regiões do tabu, como a
velhice e a morte. Com tradução de Maira Parula, o livro está publicado pela editora
Rocco. Você pode comprar o livro aqui.
VÍDEOS, VERSOS E OUTRAS PROSAS
Durante quase três décadas os
telespectadores brasileiros se encontraram alguma vez varando a madrugada para
encontrar com alguma figura entrevistada pelo Jô Soares. Separamos, para
relembrar ou ver, do que circula no YouTube, quatro conversas com escritores:
1. O leitor encontra online dois
momentos quando Jô Soares entrevistou José Saramago: em 1997, quando o escritor
participava da apresentação no Brasil do livro Terra, do fotógrafo Sebastião
Salgado; e esta conversa, de 2000, quando o já galardoado com o Prêmio Nobel publicava
neste país o romance A caverna.
2. Quando completava seu 80.º aniversário,
Ariano Suassuna viu a TV Globo adaptar um dos seus principais livros, O
romance da Pedra do Reino, em seriado. A outra ocasião foi um reencontro
com Jô Soares, que você pode assistir aqui.
3. A recomendação para esta
entrevista já apareceu numa das edições deste Boletim. É a conversa com a poeta
Orides Fontela realizada em 1996, quando publicava o livro Teia. Reveja aqui.
4. Aqui, uma entrevista com
Ignácio de Loyola Brandão aquando a editora Global publicava uma edição
celebrativa de Zero, um marco na literatura brasileira pela maneira como
lida com os terríveis anos da ditadura militar.
BAÚ DE LETRAS
1. Em 2010, por ocasião de um congresso em Salvador, Pedro Fernandes escreveu esta crônica sobre um acaso vivido com Ana Luísa Amaral.
2. Recentemente, o poeta Tiago D. Oliveira, colunista deste blog, escreveu sobre dois livros de Ana Luísa Amaral publicados recentemente no Brasil: Escuro e Lumes.
3. Há uma década quando a
Biblioteca Azul/ Globo Livros iniciou o trabalho de reedição do monumental
projeto de Paulo Rónai para A Comédia Humana, de Balzac, publicamos esta matéria.
4. Dois anos mais adiante, nosso
colunista Alfredo Monte escreveu sobre Balzac e A Comédia Humana, um
livro que reuniu vários textos de Paulo Rónai em torno desse projeto e
especificamente sobre a obra de Balzac. Aqui.
DUAS PALAVRINHAS
Chocou-me bastante, uma vez, uma pessoa que me disse que as palavras não lhe interessavam para nada, o que lhe interessava era o que elas convocavam. Mas então, onde está a poesia? A poesia é feita de palavras.
— Ana Luísa Amaral
...
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