Boletim Letras 360º #490
DO EDITOR
1. Caro leitor, no passado dia 28 de
julho soltamos uma nota em todas as nossas redes sociais e aqui no blog
suspendendo o sorteio de um exemplar da edição especial de Ensaio sobre cegueira.
Leia a nota aqui.
2. Se você está entre os
apoiadores do trabalho do Letras in.verso e re.verso, esteja atento: em
breve divulgamos novos livros para sorteio.
4. Relembro ainda que na
aquisição de qualquer um dos livros pelos links ofertados neste boletim, você ganha
desconto e ainda ajuda ao Letras sem pagar nada mais por isso.
5. Agradeço a todos pela companhia e
ao apoio que dão a este projeto.
Oswald de Andrade. Foto: Jorge de Castro. Acervo Brasiliana Fotográfica. |
LANÇAMENTOS
Oswald de Andrade e a Semana de
Arte Moderna de 1922.
Arte do Centenário e outros
escritos reúne dezoito textos escritos por Oswald de Andrade entre 1920 e
1922, publicados no Jornal do Commercio, no Correio Paulistano e
na revista A Rajada; o livro reúne ainda uma entrevista publicada na Gazeta
de Notícias. Boa parte do material organizado por Gênese Andrade é inédita
em livro. Vigorosos exemplares do estilo afiado do autor, permitem que se tenha
acesso, um século depois, ao caldo cultural que culminou na Semana de Arte
Moderna de 1922. O livro é publicado pela Editora Unesp. Você pode comprar o livro aqui.
Em uma abordagem ampla e
criativa, Margaret Atwood sugere que a dívida é como o ar. Estamos de tal modo
habituados à sua existência que só prestamos atenção de verdade quando sentimos
dificuldade de respirar.
Payback não é um livro
sobre gerenciamento prático de dívidas ou sobre o mundo das finanças, embora se
ocupe destas questões. É uma reflexão acerca da noção de dívida como tema
antigo e central na religião, na literatura e na estrutura das sociedades
humanas. Ao investigar como a dívida tem
fundamentado nosso pensamento desde as eras pré-letradas até os dias de hoje,
por meio das histórias que contamos uns aos outros, de nossos conceitos de “saldo”,
“vingança” e “pecado”, e da maneira como constituímos nossas relações sociais,
Atwood mostra que a ideia de dívida é construída pela imaginação humana e está
em constante transformação. No quinto e último capítulo, Atwood se concentra na
atual situação financeira global e, ainda, na noção de “dívida para com a
natureza”. Neste particular, considera que precisamos mudar nossas ideias
de propriedade e dívida antes que seja tarde demais. O livro sai pela Editora
Rocco com tradução de André Costa. Você pode comprar o livro aqui.
As viagens de Ernst Jünger pelo
Atlântico e sua passagem pelo Brasil.
Em 20 de outubro de 1936, Ernst
Jünger embarcou em Hamburgo no paquete Monte Rosa para uma viagem pelo oceano
Atlântico, durante a qual desembarcou em todos os portos da costa brasileira e
percorreu brevemente as cidades portuárias. Suas impressões foram registradas
neste Viagem Atlântica, no qual se destacam o encantamento do autor com a
flora, a fauna e a geografia brasileiras, e suas observações sobre a estrutura
de nossa sociedade. Ernst Jünger é autor de extensa e variada obra literária
sobre temas como guerras, viagens, filosofia, insetos, ampulhetas, sonhos e
drogas, mas ainda é pouco conhecido no Brasil. Essa tradução feita diretamente
do alemão traz inúmeras notas que permitem melhor apreciação do contexto em que
a obra foi escrita, e certamente ampliará o interesse pela leitura. Viagem
Atlântica tem tradução de Marcos A. P. Ribeiro e sai pela Edusp. Você pode comprar o livro aqui.
O regresso das publicações brasileiras
pela Tinta-da-China é com Flores de verão, importante livro da
literatura japonesa do século XX.
No dia 6 de agosto de 1945, os
Estados Unidos lançaram sobre Hiroshima uma bomba atômica que devastou a cidade
e matou dezenas de milhares de pessoas. Sobrevivente da catástrofe, o escritor
Tamiki Hara narra neste livro impressionante os momentos de antes, durante e
depois da explosão: o esforço de guerra da população de Hiroshima nos meses
anteriores, o clarão fatal que fulminou num instante todas as pessoas, animais,
plantas e coisas que foram expostos a ele, e os difíceis dias de recuperação
que se seguiram à explosão. Salvo por estar no banheiro no momento da
detonação, Hara descreve tudo o que viu naqueles dias terríveis, encontrando as
vítimas em desespero pelas ruas, parques e pelo rio que marca a geografia de
Hiroshima. Flores de verão é um destaque da literatura japonesa do
século XX que ganha sua primeira tradução para o português, feita do original
japonês por Jefferson José Teixeira. Segundo o Nobel de Literatura Kenzaburo
Oe, Tamiki Hara é “o escritor japonês que melhor retratou a experiência da
bomba atômica”. Você pode comprar o livro aqui.
Livro reúne valioso conjunto de
ensaios do filólogo Frederico Lourenço.
Quando diz, a propósito do escudo
de Aquiles, que há todo um universo de experiência humana gravado ali,
Frederico Lourenço poderia estar falando das generosas porções de civilização
examinadas em Grécia revisitada. Ensaios sobre cultura grega, coletânea
de textos do filólogo português que, aos 59 anos, tem no currículo traduções
consagradas da Ilíada e da Odisseia de Homero. É uma viagem com um guia que, em sua admirável
erudição, nos leva a explorar aspectos surpreendentes da literatura, do teatro
e da filosofia ao longo dos séculos de cultura helênica. Mesmo ao tratar dos
aspectos mais técnicos da escrita dos mestres gregos, como as particularidades
da métrica de seus versos, Lourenço tem o dom de contagiar o leitor com o
entusiasmo de quem acredita que o conhecimento do idioma de Platão alarga os
horizontes mentais. Para ele, aprender o emprego dos modos verbais gregos do
ponto de vista da sintaxe é “uma aventura do espírito”. E ler ou ouvir as
tragédias de Sófocles é conhecer “a perfeição absoluta em versos”. A edição abre com um prefácio de Adriano
Machado Ribeiro, professor de língua e literatura gregas da Universidade de São
Paulo. O primeiro bloco de textos de Lourenço cobre quase todo o espectro
cronológico da literatura — incluídas as tragédias e comédias — entre os
séculos VIII e IV antes de Cristo. Nos
primeiros textos, já encontramos facetas inesperadas das epopeias de Homero.
Assim, o Aquiles da Ilíada se afigura como o primeiro retrato conhecido
de um maníaco-depressivo e as evidências indicam que as obras-primas homéricas
foram escritas num idioma artificial, não relacionado com a fala cotidiana.
Mais à frente, uma visão panorâmica da poesia lírica arcaica mostra que nela o
amor raramente se realiza e é predominantemente homossexual. E, ao falar de
Píndaro, Lourenço vê em sua poesia uma antevisão da estética barroca. O segundo bloco de “Grécia revisitada” se
detém exclusivamente na poesia. Os ensaios falam, entre outros assuntos, das
conexões entre o aedo e o herói nas epopeias e da presença relativamente rara
das cenas de batalha na obra de Homero. No bloco seguinte, sobre o teatro
grego, Lourenço trata da tristeza como traço principal da personagem Electra em
Sófocles e Eurípides, do tema da amizade em Alceste, de Eurípides, e do
feminismo em Aristófanes. O amor, a
retórica e a reencarnação são os temas dos dois ensaios sobre Platão. Segue-se
o enfoque da prosa tardia, já na era cristã, e um conjunto de textos sobre as
relações dos temas gregos com momentos da literatura portuguesa. Finalmente,
retorna-se ao teatro em três breves ensaios. Completam o volume dois índices:
temático e onomástico. O livro é publicado pela Editora Carambaia.
Editora Boitempo publica o
oitavo livro do escritor paraense Edyr Augusto.
Eu já morri reúne
dezessete histórias que mais uma vez retrata com olhar ferino personagens
singulares da cidade de Belém. São moradores de rua, figuras humildes, prostitutas,
viciados, compondo um caleidoscópio de um submundo descrito em relatos ágeis e
diretos, que prendem a atenção do leitor de forma quase magnética. Edyr Augusto
tem uma carreira consolidada como autor de histórias ácidas e cruas, situadas
na Amazônia, mas que poderiam se passar em qualquer grande centro urbano. Ler
seus livros é sofrer um tratamento de choque: a velocidade brutal aliada à
barbárie potencializa ao extremo o realismo presente em cada frase seca e
cortante de suas narrativas. O estilo implacável, mordaz e direto é como um
soco no estômago: “Meus livros falam sempre sobre pessoas. Pessoas que são
atingidas por golpes de violência, pessoas que são atingidas em seu âmago e
precisam reagir”, conta o autor em vídeo para a TV Boitempo.
Do renomado autor de Uma
história cultural da Rússia, Sussurros e A tragédia de
um povo, Os europeus explora como a era das ferrovias, no
século XIX, deu início ao primeiro período de globalização cultural.
Na Europa, o século XIX foi um
período de conquistas artísticas extraordinárias. Também foi a primeira era da
globalização cultural — uma época em que a comunicação de massa e as viagens de
trem de alta velocidade aproximaram todos os países, superando as barreiras do
nacionalismo. Surgiu assim. na arte, na música e na literatura, um cânone
verdadeiramente europeu. Em 1900, o continente inteiro lia os mesmos livros,
reproduzia as mesmas pinturas, ouvia as mesmas músicas em suas casas e salas de
concerto e assistia às mesmas óperas nos maiores teatros. A partir de um rico
acervo de documentos, cartas e outros materiais de arquivo, o premiado
historiador Orlando Figes analisa a interação entre dinheiro e arte, essencial
para que a nova realidade tomasse forma. No centro do livro está o triângulo
amoroso entre o escritor russo Ivan Turguêniev, a mezzo-soprano espanhola
Pauline Viardot, com quem Turguêniev teve um relacionamento longo e íntimo, e o
marido dela, Louis Viardot, um crítico de arte, gerente de teatro e ativista
republicano. Juntos, Turguêniev e o casal Viardot funcionavam como uma espécie
de entroncamento cultural na Europa — eles conheciam ou cruzaram o caminho de
Delacroix, Berlioz, Chopin, Brahms, Liszt, os Schumann, Victor Hugo, Flaubert,
Dickens e Dostoievski, entre outros gigantes. Como Figes observa, quase todos os
grandes avanços da civilização ocorreram durante períodos de intenso
cosmopolitismo — quando pessoas, ideias e criações artísticas circularam de
forma livre entre as nações. Ricamente detalhado, Os europeus é um
panorama completo e encantador da gênese de uma cultura europeia em escala
continental, que viria a influenciar todo o mundo. A tradução de Clóvis Marques
é publicada pela Editora Record. Você pode comprar o livro aqui.
Esta é uma fábula mágica sobre
liberdade e fantasia que resgata o encanto oral de As mil e uma
noites, ao mesmo tempo que encontra eco na obra de escritores como Italo
Calvino e Saint-Exupéry. Um voo mágico sobre a guerra em um território
singular, entre a certeza da História e as verdades éticas dos sonhos.
Em 24 de junho de 1935, chegava à
África o jovem piloto Giulio Giamò, a bordo de Vida Nova, seu extravagante
trimotor Caproni 133. O destino: Eritreia. A missão, secreta até para ele
mesmo, era entregar, entre outras cartas e para os mais diversificados
destinatários, uma declaração de guerra assinada por Mussolini ao Negus Hailé
Selassié, soberano abissínio. Enquanto Giamò espalhava mensagens
de paz e de guerra por aquele território, Beba Mondio, o sábio e melancólico
capitão que só conhecia a guerra através do cinema, Papamundo, o papagaio
filósofo-falante, e Tsahai e Amalik, os amantes inseparáveis, cuidavam de
apresentar ao piloto uma nova e desafiadora visão de mundo. A trama tem como
pano de fundo a invasão italiana à Abissínia, antigo império etíope, e também a
Segunda Guerra Mundial. Do alto, “o carteiro do céu” e os tripulantes que o
acompanham nesta aventura buscam sobreviver à brutalidade da guerra enquanto
vivem encontros mágicos com a riqueza cultural da África e de seus povos. Do
Lago Tana às margens do Nilo Azul, o leitor e a leitora acompanham diálogos
virtuosos sobre o amor, a coragem, a liberdade, a paciência e a força da
natureza. Mesmo convivendo com os males de uma sociedade pautada pelo tempo das
questões urgentes, este livro nos permite relembrar a importância da leveza e
concordar com máximas que apontam para outro ritmo: “as palavras são preciosas”
e “as perguntas são mais bonitas do que as respostas”. Um voo mágico é
publicado pelo Selo Contemporânea, da Editora Autêntica, com tradução de Karina
Jannini.
RARIDADES
Poemas inéditos de Ted Hughes
em leilão.
Trata-se de um caderno pessoal do
poeta encontrado recentemente que recolhe fragmentos e textos completos.
Segundo The Guardian, os escritos datam de pouco depois das mortes de Assia
Wevill e da filha Shura seis anos depois do suicídio da primeira companheira de
Hughes, Sylvia Plath. Dos textos neste caderno, há quatro poemas mais bem
acabados, segundo o especialista em livros da casa Sotheby’s, Gabriel Heaton.
São poemas que expressam a dor pela morte das duas — a filha contava quatro
anos quando arrastada para morte com o suicídio da mãe. O arquivo em leilão
estava sob a posse de Frieda Hughes, filha de Ted e Sylvia Plath; da mãe, se
leiloa uma mecha de cabelos, um espelho e sua coleção de selos de infância,
dentre outros trinta lotes de objetos da família Hughes.
OBITUÁRIO
Morreu Pietro Citati.
Pietro Citati nasceu em Florença
em 20 de fevereiro de 1930 e desde cedo se mudou com a família para Turin,
depois Liguria, onde começou a ler e estudar como autodidata obras como as
Shakespeare, Homero ou Edgard Alan Poe. Formou-se em Literatura Moderna na
Escola Normal de Pisa e desde então passou a se dedicar à literatura grega
antiga, a obras como a de Proust, Cervantes, Goethe, Tolstói, Katherine
Mansfield, F. Scott Fitzgerald, Leopardi, entre outros. Ligado a figuras como
Italo Calvino e Pier Paolo Pasolini, o italiano dedicou grande parte de sua
trajetória profissional à crítica literária e ficou reconhecido como um dos
renovadores do gênero biográfico a partir dos anos 1970 pela maneira de compor
biografias romanceadas ou romances biográficos. Na primeira expressão, vale
destacar obras como Ulisses e a Odisseia. A mente colorida; no Brasil
são conhecidas suas recriações de Proust e de Goethe. Entre os
vários prêmios recebidos contam o Prêmio Strega e o Prêmio Médicis. Pietro
Citati morreu neste 28 de julho de 2022.
REEDIÇÕES
Nova edição da antologia de
Alfonso Berardinelli com poemas de Pier Paolo Pasolini.
Mais que Italo Calvino, Alberto
Moravia e Elsa Morante, embora menos traduzido, Pier Paolo Pasolini teve um papel
de protagonista absoluto na cultura italiana dos últimos cinquenta anos do
século XX. Escrever poesia era, para Pasolini, a mais natural das artes, uma
atividade cotidiana da qual não podia prescindir, uma paixão originária e quase
maníaca que lhe permitia o imediato reconhecimento de si mesmo. Agora a Editora
Nós publica uma nova edição bilíngue de Poemas, de Pasolini, com
organização de Alfonso Berardinelli e Maurício Santana Dias. Esta seleção traz
poemas que foram surpreendentemente inovadores por sua discursividade
autobiográfica e ideológica quando lançados, na metade dos anos 1950. Você pode comprar o livro aqui.
DICAS DE LEITURA
Na aquisição de qualquer um dos
livros pelos links ofertados neste boletim, você tem desconto e ainda ajuda a
manter o Letras.
1. Contemplação, de
Franz Kafka. O livro foi parte de um financiamento coletivo da editora
Bandeirola no segundo semestre de 2021 divulgado aqui e nas nossas redes. Trata-se da primeira obra publicada
pelo autor de A metamorfose. As dezoito breves narrativas reunidas
saíram em 1912 por uma casa que ficou reconhecida pelo rico catálogo formado por
escritores da vanguarda alemã, a Rowohlt Verlag. A nova edição brasileira com
tradução de Franco Morais e prefácio de Bráulio Tavares possui um diferencial para
além de ser uma nova tradução e pertencer a uma charmosa coleção organizada pela Bandeirola: os
desenhos de Kafka, que saem em livro pela primeira vez entre nós e constituem
um diálogo à parte com as narrativas. Você pode comprar o livro aqui.
2. Romance d’A Pedra do Reino,
de Ariano Suassuna. Em 2021, este que é o principal romance do escritor
que ficou reconhecido pelo teatro com a peça O auto da Compadecida
fez cinquenta anos. Na ocasião, a Nova Fronteira, que tem reeditado a obra
integral de Suassuna em projeto editorial diferenciado, trouxe aos leitores uma
caixa reunindo uma nova edição do Romance mais um caderno com textos e
imagens que mantêm diálogo com a obra e revelam desde o processo criativo do
escritor paraibano, como excertos inéditos que não chegaram a compor o livro em
questão, a materiais visuais de trabalhos seus derivados, como a versão
televisiva de 2007. Você pode comprar o livro aqui.
3. Epigramas, de Marcial. É
repetida a frase de que nada se cria tudo se copia; com ela, outra, tudo do que
se inventa hoje já foi comum entre os antigos. Esses possíveis clichês até
podem ser questionados, mas este livro de entre ano de 38 e 104 da Era Cristã
provam as duas coisas. Artífice do verso e mestre da brevidade, Marco Valério
Marcial fez da sua obra um complexo painel de seu tempo ao assumir feições diversas
nos microtextos que tratam de tudo um pouco. A Ateliê Editorial colocou recentemente no mercado uma nova
edição do livro que teve tradução de Rodrigo Garcia Lopes. Você pode comprar o livro aqui.
VÍDEOS, VERSOS E OUTRAS PROSAS
1. O colunista Walter Porto
divulga na Folha de São Paulo a aparição de mais um texto perdido de
Machado de Assis. De outubro de 1858, o material saiu no jornal Correio da
Trade e seria a parte de um projeto para o primeiro livro do escritor que
nunca veio à luz: A lanterna de Diógenes. O achado é do pesquisador
Fernando Borsato, aluno do Doutorado em Literatura Brasileira na Universidade
de São Paulo. Leia mais aqui.
2. No dia do aniversário de nascimento
de Mário Quintana, um lembrete do nosso pequeno baú de preciosidades: uma
entrevista que o poeta deu para o programa Encontro Marcado; está na
galeria de vídeos, por aqui.
BAÚ DE LETRAS
Dedicamos este baú a uma escritora
que nos deixou a 27 de julho de 1946 e que ficou lembrada por vários feitos,
dentre eles, o de cunhar o conceito que definiria toda uma rica geração de escritores
e o de ampliar as fronteiras da invenção literária ao fissurar a ordem do
discurso poético: Gertrude Stein.
1. Numa sequência de publicações
sobre casais da literatura, que editamos em 2016, Telma Gonçalves escreveu sobre Gertrude Stein e Alice B. Toklas. Ainda sobre as duas, é possível ler a tradução deste texto de Iker Seisdedos sobre o livro de Janet Malcolm, Duas vidas.
2. Quatro anos antes, traduzimos
este texto de Marcelo Ohen, “A amável anfitriã, presa na linguagem”; nele, um
percurso por alguns dos livros de Stein, incluindo o reconhecido A
autobiografia de Alice B. Toklas.
3. Aqui, a recuperada polêmica sobre
retrato de Picasso para Gertrude Stein é ponto de partida de um texto de Manuel Vicent sobre o ser-parecer na obra da escritora estadunidense.
4. E, neste, um breve perfil
biográfico da escritora feito por Sofía Viramontes e traduzido para este
arquivo em outubro de 2019. E ainda no trato histórico da biografia, outra
recomendação é “Gertrude Stein em Paris”, de Luiz Edmundo Alves. Foi na sua
estadia de Sra. Das Artes na capital francesa no tempo do grande afluxo de
escritores para a cidade que ela cunhou o termo geração perdida para designar
os estadunidenses que a circundavam.
DUAS PALAVRINHAS
Nós vivemos num mundo de espelhos,
mas os espelhos roubam nossa
imagem...
Quando eles se partirem numa
infinidade de estilhas
seremos apenas pó tapetando a
paisagem.
— verso de Mario Quintana do poema
“Vidas”, de Apontamentos de história sobrenatural
...
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