Boletim Letras 360º #478

DO EDITOR
 
1. Caro leitor, aqui está parte do conteúdo que fez a semana do Letras nas demais redes sociais mais as seções de costume. Agradeço sua companhia por aqui. Sempre tenha um bom e rico fim de semana, com descanso e boas leituras.   



Mário de Andrade. Foto: João Mussolin.


 
LANÇAMENTOS
 
O erotismo de Mário.
 
A obra de Mário de Andrade é atravessada por uma profunda inquietação em torno do sexo. Pulsante e permanente, essa inquietação se traduz tanto na exploração do domínio erótico, de notável amplitude, quanto na incessante busca formal que o tema lhe impõe sem descanso. Na tentativa de reconhecer a silhueta de Eros nas tantas faces que o próprio escritor se atribuiu, sua produção literária se vale dos mais diversos recursos formais para dar conta de uma dimensão que parece continuamente escapar. Daí que o sexo venha a ser alçado ao patamar das suas grandes interrogações, onde se oferece na obscura qualidade de incógnita. Foi a partir dessas constatações que Eliane Robert Moraes concebeu a Seleta erótica de Mário de Andrade, desdobrando-as em diversas perguntas pontuais, sem perder o foco na tópica da sexualidade. Conforme a pesquisa ganhou corpo, as questões foram se organizando até resultar nas oito partes que compõem a presente Seleta, a saber: “Artes de brincar”, “O corpo da cidade”, “Coisas de sarapantar”, “Presença da dona ausente”, “Imoralidades e desmoralidades”, “Prazeres indestinados”, “Brasileirismos, safadagens e porcarias” e “Confidências e confissões: alguma correspondência”. Fruto de uma visitação intensiva aos escritos do autor, o trabalho de seleção buscou contemplar tanto a variedade de gêneros por ele praticada quanto as diversas fases de sua obra, sem negligenciar aspectos biográficos ou editorias. Embora o volume tenha privilegiado os títulos mais representativos em termos de erotismo, com particular atenção aos textos canônicos, considerou-se pertinente apresentar exemplos da “obra imatura”, ainda pouco conhecida, além de amostras da grande massa de manuscritos ainda não publicada A decisão editorial, contudo, foi pautada pela riqueza da erótica marioandradina, que se manifesta de forma vigorosa em todo seu conjunto. O livro é publicado pela editora Ubu.

José Ortega y Gasset, o leitor de Goethe.
 
O sentimento de solidão de Fausto está ligado ao significado da palavra liberdade nos tempos de Goethe. Esse sentimento de solidão é parelho aquele manifestado por Edgar Allan Poe, do poema “Alone” que é unicamente correspondido na perfeita individualização do artista, exposto na peculiaridade dos seus modos e trejeitos. Há uma personagem no livro Of human Bondage, de Somerset Maugham, um poeta, Cronshaw, que utiliza roupas escuras e sempre fica em um canto de bar, bebendo e fumando rodeado de jovens estudantes. Fausto também vai para uma Taverna, com Mefistófeles, juntar-se com jovens universitários. Poe fazia o mesmo, vestindo roupas pretas — e ao avesso —, tomando vinho nas tavernas, tudo auxiliado pela dança do ópio. Alvares de Azevedo, ironicamente, retoma Goethe de Os sofrimentos do Jovem Werther, no belíssimo poema “É ela. É ela. É ela. É ela! É ela”. Goethe, o libertador, de José Ortega y Gasset é publicado pela Editora Iluminuras com tradução e organização de Ricardo Araújo, Sidney Barbosa e Guiomar Topf Monge. Você pode comprar o livro aqui.
 
O novo livro de Tiago Germano.
 
O que pesa no Norte é uma narrativa sobre os valores e os arbítrios da classe média brasileira, especialmente a do Nordeste. Uma narrativa que põe o dedo na ferida de práticas que perduram, que passam de geração a geração, projetando para o presente valores de um passado patriarcal. A busca de Ricardo por Guilherme, indo da Paraíba para São Paulo atrás de resgatar para o núcleo familiar o seu filho que “se perdeu”, é dramática. Ricardo, um pai autoritário, áspero, com a sua carga de valores, é de fato um peso para a família, especialmente para o filho Guilherme. Estudante de direito, Guilherme quebra as expectativas paternas quando resolve optar pelas artes cênicas. Ana, a esposa de Ricardo, tem valores opostos aos do marido — é afetiva, protetora dos filhos. E foi sendo moldada por Ricardo para cumprir o papel que cabe à mulher no núcleo patriarcal — o de dona de casa, cuidadora da prole. Gustavo, o outro filho do casal, é desde cedo mais “macho” do que Guilherme, e mais afinado com os valores de Ricardo — e por isso não sofre os preconceitos e punições do pai. Ricardo é fúria e afeto. É um personagem triste. E sua tristeza não vem apenas do fato de as escolhas de Guilherme o constrangerem — mas pelo fato de Ricardo, à sua maneira, amar o filho, e IR e fazer o que faz pelo filho perdido na grande cidade. De ir à procura do filho que não é prodigo. Pródigo é o pai, o seu gesto de buscar como buscou o filho que está no Inferno. O que pesa no Norte é um livro comovente. De um belo e comovente desfecho. Que lança os seus personagens numa existência dilacerada, num desencontro insuperável, incontornável. O livro é publicado pela Editora Moinhos. Você pode comprar o livro aqui.
 
Livro recupera a memória e os avatares de várias mulheres — artistas e pensadoras da Geração de 27 — cujo legado se mostra determinante para a história da Espanha.
 
Mulheres que tiraram os seus chapéus, esse espartilho intelectual que as relegava ao papel de esposas e mães, e participaram sem complexos da vida cultural espanhola entre os anos 1920 e 1930. Entre elas, destacam-se escritoras, artistas plásticas, dramaturgas e pensadoras: Rosa Chacel, Ernestina de Champourcín, Marga Gil Roësset, Margarita Manso, María Teresa León, Maruja Mallo, Concha Méndez, Ángeles Santos, María Zambrano, Josefina de la Torre. Mulheres livres e disruptivas também em suas vidas privadas, apaixonadas e apaixonantes, que anteciparam e tornaram possíveis as mulheres de hoje, apesar do impacto da Guerra Civil, que acabou com tantos sonhos de liberdade e igualdade. A história merece ser contada na íntegra. Las sinsombrero — sem elas a história não está completa tem tradução de Andréa Cesco, Fabiano Seixas Fernandes e Fedra Rodríguez e publicação da Relicário Edições.
 
Uma amostra da poesia de Edna St. Vincent Millay.
 
Com apenas vinte e cinco anos, Edna St. Vincent Millay publicou seu primeiro livro, Renascimento e outros poemas, marcando o início de uma longa carreira literária que a tornaria uma das vozes mais famosas da literatura norte-americana do século XX. Figura notável para seu tempo e as gerações posteriores, se destacaria por diversas habilidades ― além de poesia, escreveu textos jornalísticos e teatrais, dedicando-se também à atuação ― e por constituir uma personalidade incômoda, lutando contra as injustiças e as convenções de sua época, defendendo a liberdade nos direitos, nas escolhas e no amor. Experimentando a vivacidade do verso dentro de formas tradicionais ― sonetos e outras composições em rima e métrica ―, St. Vincent Millay escreve do que é ao mesmo tempo efêmero e tangível, do que nos seduz, abandona e transforma. Irônica, sensual e jocosa, mas também grave e melancólica, nos fala do amor e do tempo, múltiplos e inalcançáveis, de um universo vácuo porém cheio de beleza, dos pequenos movimentos que escandem toda existência. Poemas, solilóquios e sonetos, a primeira de sua poesia a ser publicada no Brasil, apresenta ao público de língua portuguesa uma seleção de poemas que abraçam mais de uma década de escrita, permitindo adentrar diálogos íntimos de vidas que, ao morrer, renascem em novas formas. O livro é publicado pela editora Âyiné.
 
Em seu novo romance, Marcela Dantés, autora finalista dos prêmios São Paulo e Jabuti 2021, narra uma história sensível sobre laços familiares, loucura, hereditariedade e raízes.
 
Perto dos quarenta anos, Matilde, uma mulher forte e independente que pensava ser filha de pai desconhecido, recebe um telefonema que desorganiza sua vida. O português João Maria é seu pai, já está morto e deixou um testamento, que a inclui, a ser lido com data e hora marcada em uma pequena vila além-mar. Deixando no Brasil o namorado, Abel, e Beatriz, a mãe que sofre com um Alzheimer precoce, a protagonista, já em Portugal à espera da leitura do testamento, faz um mergulho tão inesperado quanto solitário em seu passado desconhecido. Psicologicamente fragilizada, Matilde se vê obrigada a enfrentar seus maiores medos, a síndrome do pânico e alguns delírios que insistem em aparecer quando ela mais precisa de lucidez. Na busca por suas origens, é na terra de seu pai que ela encontra uma versão surpreendente, emocionante e transformadora de si mesma e de sua história. João Maria Matilde é publicado pelo selo Contemporânea/ Editora Autêntica. Você pode comprar o livro aqui.
 
O novo romance de Luiza Lobo.
 
O que liga as fazendas do Vale do Café, no interior do Rio de Janeiro, ao Arco do Triunfo, na Paris da Belle Époque? Em seu novo romance, Luiza Lobo percorre a distância que vai das arcaicas formas de trabalho escravizado e casamentos por interesse e parentesco, numa sociedade de estamento, até a moderna e ousada vida da milionária Eufrásia Teixeira Leite em Paris. No exterior, ela escapa dos liames patriarcais do casamento e das limitações de uma sociedade retrógrada, e passa a multiplicar a herança paterna, adquirida no Vale do Café, comprando ações internacionais na Bolsa de Paris. Após ampla pesquisa, a autora acompanha a vida dos fazendeiros do vale do Paraíba do Sul, com especial foco nos descendentes do barão de Vassouras e do clã Teixeira Leite, desde a vida agrícola nas antigas fazendas da província do Rio de Janeiro, no Brasil imperial, até a mudança para a capital da República, ou Paris. A história das diversas famílias de imigrantes europeus que se ligam às famílias locais é esmiuçada, assim como os conflitos ideológicos e amorosos que surgiram ao longo das gerações, como os da relação de Eufrásia Teixeira Leite com o abolicionista e monarquista Joaquim Nabuco, mas não só. As primas de Eufrásia, deixando o ambiente agrícola do vale do Paraíba do Sul, após a abolição e a Proclamação da República, formam novos núcleos no centro urbano do Rio. A sociedade oscila entre monarquismo e republicanismo, democracia, integralismo e comunismo, cristianismo, racismo ou liberalismo. Aos poucos, o poder deixa de ser tão patriarcal, e as mulheres esboçam, lentamente, o exercício de sua autonomia, vivendo a experiência do trabalho feminino, a defesa do sufragismo e novas relações familiares. Já sem a fortuna oriunda da agricultura do passado, exercem atividades de trabalho remunerado e de artesanato, ou produzem obras intelectuais. Mas, ainda fechadas as portas das universidades para elas, a possibilidade de bons empregos praticamente inexiste, enquanto os homens da família destacam-se na Engenharia e nas Belas-Artes. Longe da realização das utopias do século XX, esse novo tecido urbano constitui uma vida social otimista e movimentada, mas não isenta de injustiças, consistindo, muitas vezes, numa verdadeira fábrica de mentiras. Fábrica de mentiras é publicado pela Editora 7Letras. Você pode comprar o livro aqui.
 
Livro revelação de Fatima Daas chega ao Brasil.
 
Em ritmo cadenciado, ecoando o rap ou o slam, ou ainda as rezas do alcorão, Fatima Daas mescla experiências pessoais e ficção num livro que desafia as convenções da literatura. Um romance? Um poema em prosa? Um ensaio ficcional? A linguagem fragmentada costura memórias, questionamentos e confissões, revelando a busca por uma identidade própria, que se debate entre a pressão familiar e a da religião, os desejos e a experiência de amor com outras mulheres. Com A última filha, a autora estreou no meio literário francês em 2020, sendo logo celebrada como autora revelação. A tradução brasileira é de Cecilia Schuback e o livro é publicado pela editora Bazar do Tempo.
 
Fenômeno editorial espanhol traduzido para mais de 30 idiomas, ensaio sobre a história do livro vem conquistando prêmios e leitores.
 
Um livro sobre a evolução dos livros, um passeio pela trajetória desse artefato fascinante que inventamos para que as palavras pudessem ser transportadas pelo espaço e pelo tempo: O infinito em um junco conta a história desse objeto desde sua criação, milênios atrás, passando por todos os modelos e formatos que testamos ao longo da jornada humana. A obra de Irene Vallejo é também sobre viagens e diferentes lugares. Uma rota com paradas nos campos de batalha de Alexandre, o Grande, e na Vila dos Papiros sepultada pelas lavas do Vesúvio, nos palácios de Cleópatra e na cena do crime de Hipátia, nas primeiras livrarias e nas oficinas de cópia manuscrita, nas fogueiras em que eram queimados códices proibidos, no gulag, na Biblioteca de Sarajevo e no labirinto subterrâneo de Oxford no ano 2000. Um fio que une os clássicos ao mundo contemporâneo, conectando-os aos debates atuais: Aristófanes e os processos judiciais contra os humoristas, Safo e a voz literária das mulheres, Tito Lívio e o fenômeno dos fãs, Sêneca e a pós-verdade. Acima de tudo, esta é uma fabulosa aventura coletiva protagonizada por milhares de pessoas que, ao longo do tempo, protegeram e tornaram o livro possível: contadores de histórias, escribas, iluminadores, tradutores, vendedores ambulantes, professores, sábios, espiões, rebeldes, freiras, aventureiros; leitores de todos os cantos, nas capitais onde se concentra o poder e nas regiões mais remotas, onde o conhecimento se refugia em tempos de caos. Pessoas comuns cujos nomes muitas vezes são apagados da história; gente que salva essas fontes de memória, os verdadeiros protagonistas desta obra. Com tradução de Ari Roitman e Paulina Wacht, o livro é publicado pela editora Intrínseca. Você pode comprar o livro aqui.
 
A chegada de Filipa Leal ao Brasil.
 
A poesia de Filipa Leal é inumana e luminosa e os seus poemas dão voz a um gesto de libertação individual em deriva constante. É nesse espaço que o traço aparentemente aleatório do voo de um pássaro se cruza, livre, com a arquitetura louca de uma cidade estranhamente “presa nas palavras”. Desta ligação íntima, proposta ao leitor de a Cidade Líquida, emerge um sujeito cujo rosto se confunde com a própria rota que vai construindo. Um sujeito que recusa um qualquer destino comum e sedentário e se afirma no desenho límpido de uma geopoética de uma claridade absoluta. O livro é publicado pela Editora Moinhos. Você pode comprar o livro aqui.
 
REEDIÇÕES
 
Primeira peça teatral escrita por Ariano Suassuna ganha nova edição.
 
A tragédia Uma mulher vestida de sol, de 1947, apresenta como temas centrais o conflito pela delimitação de terras, a questão da palavra de honra e o amor impossibilitado pela luta entre clãs. Já nessa primeira incursão pela dramaturgia, o autor deixa bastante claras as influências recebidas do Romanceiro Popular Nordestino, bem como do teatro espanhol, de Calderón a García Lorca, e da tragédia elisabetana, sobretudo com a inclusão de dois personagens risíveis — o juiz e o delegado — que proporcionam instantes de leveza à atmosfera predominantemente pesada da peça. O texto original, reescrito em 1958, teve sua primeira edição apenas em 1964. Depois da adaptação assinada pelo próprio autor para uma versão televisiva, levada ao ar em 1994 pela Rede Globo, novas alterações foram feitas. A partir daí, o texto foi finalmente liberado para as edições que vêm se sucedendo até os nossos dias, demonstrando a sua alta voltagem poética e o poder de encantamento que tem exercido sobre os leitores. A peça segundo Hermilo Borba Filho, que assina o prefácio, “é a primeira grande tragédia produzida no Nordeste”.
 
RAPIDINHAS
 
Louis-Ferdinand Céline inédito. As livrarias francesas receberam nesta semana Guerre (Guerra, em tradução livre), um livro resultado de um manuscrito de duzentas e cinquenta páginas encontrado no arquivo do escritor. Trata-se de um romance que explora, segundo a editora Galimard, o trauma físico e moral do front.

Roberto Arlt. A editora Papéis Selvagens inicia a publicação da Coleção Bertolt com um livro reunindo duas peças do escritor argentino: A ilha deserta e Savério cruel.
 
DICAS DE LEITURA
 
No domingo passado, 1.º de maio de 2022, celebramos o centenário de Otto Lara Resende. O escritor integra um grupo de criadores mineiros que se destacaria no âmbito da literatura brasileira de meados do século XX. Paulo Mendes Campos, outro integrante do grupo, também chegou ao primeiro centenário no mês de fevereiro. E, à maneira do destaque dado nesta seção então, sublinhamos alguns dos principais títulos para o leitor interessado em conhecer um tanto do universo de Otto Lara Resende. Na aquisição de qualquer um dos livros pelos links ofertados neste boletim, você tem desconto e ainda ajuda a manter o Letras.
 
1. Boca do inferno. Os contos publicados em 1957 formam um divisor na contística de Otto Lara Resende. Parte significativa da crítica então entrou em polvorosa pela maneira como o então autor iniciante tratava de uma maneira inusual a infância, despida de toda essa aura que em algum momento das nossas vidas começamos a tecer e com a qual envolvemos ainda as pequenas criaturas. São sete narrativas que trazem como protagonistas meninos e meninas que no fim da infância realizam o encontro com a dimensão terrível de si e do mundo. Você pode comprar o livro aqui.
 
2. Três Ottos por Otto Lara Resende. Este livro está entre os primeiros trabalhos de revisitação ao espólio do escritor. A pesquisadora Tatiana Longo dos Santos, sob coordenação de Telê Ancona Lopez, organiza 23 textos de gêneros diversos e de natureza autobiográfica, todos escritos entre as décadas de 1940 e 1990 e guardados no arquivo do escritor no Instituto Moreira Salles, instituição que também publica o livro. Este trabalho é ainda uma rica oportunidade de encontrar melhores registros sobre Otto Lara Rezende, uma vez que reúne fotografias, entrevistas e uma cronologia sobre o escritor. Você pode comprar o livro aqui.
 
3. O braço direito. Este foi o único momento em que Otto Lara Resende galgou espaço pela prosa longa; se todos os seus livros foram reescritos quase continuamente, este conheceu ao menos quatro versões distintas. A que chegou até nós (e o núcleo é o mesmo também nas outras versões) é o relato em forma de diário realizado por Laurindo Flores, zelador do Asilo da Misericórdia, na fictícia Lagedo, pequena cidade de Minas Gerais. Aqui, a confissão tem por objetivo — almejado sonho — refazer o passado de erros e estabelecer alguma redenção para o narrador-personagem. Você pode comprar o livro aqui.
 
VÍDEOS, VERSOS E OUTRAS PROSAS
 
1. Ainda Otto Lara Resende. Na galeria de vídeos na nossa página no Facebook acrescentamos a famosa conversa do jornalista e escritor mineiro com o amigo Nelson Rodrigues, acontecida no final dos anos 1970 para a Rede Globo de Televisão. Por aqui.
 
2. No dia 5 de maio passou o Dia da Língua Portuguesa. A data foi motivo de celebrações diversas nos países da lusofonia. Na nossa página no Facebook, por exemplo, recordamos este excerto do documentário Línguas: vidas em português com depoimento do escritor José Saramago. 

BAÚ DE LETRAS
 
1. Caso não esteja no Facebook, podem encontrar também aqui no blog a referida entrevista de Otto Lara Resende a Nelson Rodrigues; lembramos na ocasião quando o escritor centenário era o autor de A vida como ela é

2. Quando estivemos de braços próximos com o grupo de Otto Lara Resende, apresentamos entre os perfis desses criadores o do autor de Boca do inferno. Leia aqui.

DUAS PALAVRINHAS

Há muito persigo a memória que resiste às imposições da história. Se a história tem regras, a memória contraria regras e imposições históricas. A memória é o lugar da liberdade.

— Nélida Piñon

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Comentários

Bruno Luiz disse…
Oi pessoal! O livro "Boca do inferno" citado em "Dicas de Leitura" é do Otto Lara Resende, não? Um abraço e parabéns pelo incrível trabalho de vocês!
Letras in.verso e re.verso disse…
É sim, Bruno. Agradecemos a gentileza do contato e fizemos a correção. Abraço!

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