DO EDITOR
1. Caro leitor, aproveito a ocasião
para refazer o convite para o sorteio do mês de maio no clube de apoios ao
Letras. Desta vez, três livros da editora-parceira Companhia das Letras: o romance
O avesso da pele, de Jeferson Tenório; o livro de contos
Gótico
nordestino, de Cristhiano Aguiar; e o romance
Ossos secos escrito
pelo coletivo formado por Luisa Geisler, Marcelo Ferroni, Natalia Borges
Polesso e Samir Machado de Machado.
2. Para se inscrever é simples.
Envia R$25 através do PIX
blogletras@yahoo.com.br; finalizada a
operação, envia neste mesmo endereço (nosso e-mail) o comprovante. O sorteio
está previsto para o dia 29 de maio. A escolha dos títulos desta vez sublinha o
Dia da Literatura Brasileira (celebrado no primeiro dia do próximo mês) e a
pluralidade de novas vozes de nossa literatura hoje.
3. Outras formas de colaborar com o
Letras estão
disponíveis aqui. E, cabe não esquecer que
na aquisição
de qualquer um dos livros pelos links ofertados neste boletim, você tem
desconto, também ajuda a manter o Letras sem pagar nada mais por isso.
4. Bom descanso, com muitas
leituras maravilhosas!
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Yukio Mishima. |
LANÇAMENTOS
A Estação Liberdade amplia a
presença de Yukio Mishima no seu catálogo.
O marinheiro que perdeu as
graças do mar explora partidas e permanências, perdas e ganhos,
individualidade e abdicação desta, amor e ódio, violência e paz, explora o
convite à vida em dinâmica que é o verão e a inação, a negatividade, a penumbra
do inverno, estações que, aliás, intitulam as duas partes em que está dividido
este livro.
午後の曳航 ou Gogo No Eiko, conforme o título em japonês, foi
publicado originalmente em 1963, enquadrando-se a meio caminho da carreira de
Yukio Mishima. O marinheiro chama-se Ryuji Tsukazaki, a quem parece estar
predestinado algum tipo de glória. Ele faz parte da tripulação do Rakuyo, navio
cargueiro que o transporta ao porto de Santos, aqui no Brasil, e às sombrias
aspirações que o atormentam. Mas não só ondulante é Ryuji: ele também aporta e
é atraído pela terra firme, onde se lhe oferece uma vida muito diferente da
marítima. Yukio Mishima constrói uma engenhosa história com este personagem que
trava diversas relações e é apresentado através de cada uma das perspectivas de
seus interlocutores, fora a do narrador. Assim, o personagem e, por extensão,
sua jornada acabam por ser multifacetados e não se deixam definir
unilateralmente, dando aos leitores o que pensar e interpretar. A tradução é de
Jefferson José Teixeira.
Você pode comprar o livro aqui.
Antologia inédita de poemas de
Oswaldo de Camargo, escritor que desmonta, através da literatura, alguns
castelos em que se escondem o preconceito e o racismo.
“Eu tenho a alma e o peito
descobertos/ à sorte de ser homem, homem negro,/ primeiro imitador da noite e
seus mistérios.” Assim começa o poema “Atitude”, de Oswaldo de Camargo, que
inaugura a segunda parte deste livro. 30 poemas de um negro brasileiro é
resultado da união de 15 poemas negros — lançado pela primeira vez em 1961, em
uma edição limitada da Associação Cultural do Negro — e de poemas publicados
nas obras
O estranho e
Luz & breu. Um dos mais importantes
intelectuais brasileiros, Camargo traz nos versos deste livro sua autenticidade
poética para tratar de negritude e ancestralidade. “Eu tenho dentro em mim
anseio e glória/ que roubaram a meus pais./ Meu coração pode mover o mundo,/
porque é o mesmo coração dos congos,/ bantos e outros desgraçados,/ é o
mesmo”, declara o poeta. No prefácio de
15 poemas negros,
reproduzido nesta edição, o sociólogo Florestan Fernandes evidencia que as
palavras do jovem militante eram atuais à época e seguem atuais hoje, pois
suscitam novos ensinamentos: “Ninguém melhor que um poeta para revitalizar as
aspirações igualitárias [...] que orientaram os grandes movimentos sociais
negros da década de 1930.” Numa produção que perpassa mais de quarenta anos de
luta e resistência, esta antologia reforça a excepcionalidade da obra de
Oswaldo de Camargo, que, a partir da experiência individual e coletiva de homem
negro num país de passado escravocrata, reverbera sua voz atemporal. O livro é
publicado pela Companhia das Letras.
Você pode comprar o livro aqui.
Nova edição ampliada dos
diários de Blaise Cendrars.
Em 6 de fevereiro de 1924, ao
desembarcar do vapor Le Formose no porto de Santos, Blaise Cendrars começava
uma aventura que transformaria a fundo o curso de sua vida. Fazia já algum
tempo que o poeta franco-suíço, autor de textos célebres como “A prosa do
Transiberiano”, de 1913, buscava tomar alguma distância dos círculos da
vanguarda parisiense. O convite de Oswald de Andrade e Paulo Prado vinha bem a
calhar: depois de suas trágicas experiências durante a Primeira Guerra Mundial
e da frustração de seus planos cinematográficos, Cendrars não podia senão
acolher de bom grado a oportunidade de passar seis meses ao sol dos trópicos. O
que acontece nos seis meses seguintes merece ser chamado de prodigioso.
Praticando de caso pensado certa inocência e certa ignorância programáticas
diante do país que mais tarde chamaria de sua “segunda pátria espiritual”,
Cendrars observa, pergunta, anota ― e verte o que vê e aprende em breves
anotações poéticas, escritas num estilo que flerta com a concisão moderna do
telegrama e com a prosa dos relatos de viagem ao Novo Mundo. Nascia assim este
Diário
de bordo, que o autor começaria a publicar ainda em 1924, de volta a Paris.
Pujante e solar, de um lirismo despojado e curioso diante do mundo ao redor,
Diário
de bordo não tinha como não marcar a geração de poetas modernistas
brasileiros que Cendrars conheceu e à qual dedicou sua última grande empresa
poética. Esta nova tradução, publicada no centenário da Semana de Arte Moderna,
recolhe a totalidade dos poemas vinculados a
Diário de bordo e
inclui diversos textos dispersos e inéditos. O livro é publicado pela Editora
34.
Você pode comprar o livro aqui.
A estreia literária de Katharina Volckmer.
No consultório de um certo dr.
Seligman, em Londres, uma jovem realiza um procedimento sobre o qual temos
apenas pistas. A paciente está de pernas para o alto enquanto narra em detalhes
sua vida e seus desejos, em especial as lutas que trava com a própria
identidade sexual, de gênero e nacional. Nascida e criada na Alemanha, ela vive
na Inglaterra há vários anos, determinada a libertar-se de suas origens
familiares e do fardo de pertencer a uma pátria assombrada pelas atrocidades
cometidas na guerra. A morte recente do avô e uma herança inesperada,
entretanto, deixam claro que não se pode fugir facilmente à própria vergonha,
seja ela física, familiar, histórica, pátria, ou todas as opções anteriores. Ou
será que pode? Com a ajuda do dr. Seligman, é o que procura descobrir nossa
narradora. Nesta espécie de
O complexo de Portnoy às avessas, ela
confessa ao médico judeu seu fascínio pelas vítimas do Holocausto, ao mesmo
tempo em que admite a profundidade das feridas por ele abertas: “nunca
estivemos de luto; no máximo, interpretamos uma nova versão de nós mesmos,
histericamente não racista sob qualquer perspectiva, e negando qualquer
diferença sempre que possível.” Num monólogo que retoma a melhor tradição do
romance neurótico, ela nos conduz por uma jornada verborrágica que vai de mães
controladoras e fantasias sexuais com Hitler até as propriedades medicinais da
cauda do esquilo, passando pela inusitada ideia de que as mudanças anatômicas
podem servir de reparação histórica. Hilário e mordaz, implacável e
profundamente honesto,
A consulta é uma estreia literária audaciosa, que
desafia nossas noções do que é fluido e do que é imutável, provocando-nos a
pensar sobre as formas de fazer as pazes com os outros e conosco no século 21.
O livro é publicado pela editora Fósforo.
Você pode comprar o livro aqui.
Segundo livro de Silvina Ocampo publicado no Brasil reúne 44 contos em que
fantasmas emergem de fotos, crianças surdas-mudas criam asas e o absurdo
irrompe de fatos e objetos cotidianos para destroçar a monotonia das relações
familiares.
Uma das escritoras fundamentais do
século XX, Silvina Ocampo vem sendo revalorizada com entusiasmo nos últimos
anos. Seu nome é cada vez mais citado como referência por uma nova geração de
autoras que tem alcançado protagonismo nas letras latino-americanas, e sua obra
começa a sair da sombra de figuras como Adolfo Bioy Casares e Jorge Luis
Borges, que faziam parte de seu grupo literário em Buenos Aires.
As
convidadas, lançado originalmente em 1961, é considerado emblemático em sua
maturidade estilística. As obsessões da escritora, como as crianças que agem de
maneira enigmática e muitas vezes parecem mimetizar os adultos, retornam já no
primeiro conto, “Assim eram seus rostos”, até atingirem uma apoteose no texto
que dá título ao livro. Nele, um garoto enfermo é deixado a sós com a empregada
em seu aniversário de seis anos, quando recebe como convidadas meninas
estranhíssimas, vindas sabe-se lá de onde. O desfecho é uma síntese do humor
absurdo presente na prosa de Silvina, sempre atravessada por elementos
insólitos e perturbadores. Com tradução de Livia Deorsola, o livro é publicado
pela Companhia das Letras.
Você pode comprar o livro aqui.
Um dos livros mais vendidos na
China revela o mundo misterioso da Unidade 701, uma agência de inteligência
chinesa cujo único objetivo é contraespionagem e quebra de códigos.
Ao receber a tarefa de quebrar o
indecifrável código PURPLE, o gênio da matemática Rong Jinzhen se vê obrigado a
abandonar a bem-sucedida carreira acadêmica para servir à inteligência chinesa.
Jinzhen sobe na hierarquia para eventualmente se tornar o maior e mais
celebrado criptógrafo da China — até que comete um erro. Tem início, então, sua
derrocada por uma espiral de mistério e loucura. Com um ritmo de tirar o
fôlego, a obra-prima de Mai Jia combina elementos de ficção histórica e
espionagem para nos apresentar um lugar desconhecido, intrigante e autêntico.
O
criptógrafo é uma narrativa inesquecível e emocionante sobre brilhantismo,
insanidade e fragilidade humana. Com tradução de Amilton Reis e Sun Lidong, o
livro é publicado pela Companhia das Letras.
Você pode comprar o livro aqui.
Coletânea de escritos
diversos, trechos de livros, palestras e correspondência, reúne toda a
investigação de Aldous Huxley a respeito de sua relação com aquilo que ele
chamava de “experiência visionária e sua conexão com a arte e as concepções
tradicionais de Outro Mundo”.
Desde que administrou uma dose de
mescalina a si mesmo e registrou suas impressões nos textos de As portas da
percepção e céu e inferno, Huxley atuou no debate intelectual em favor da
pesquisa sobre alucinógenos e a experiência mística por meio de compostos
químicos que sociedades tradicionais, como os povos das Américas, utilizavam
para fins rituais sagrados e curativos. No debate acalorado de seu momento
histórico, a curiosidade intelectual de Huxley está a serviço do debate público
sobre drogas, um tema que permanece atual em nosso tempo.
Moksha: Os
escritos clássicos de Aldous Huxley sobre psicodélicos e a experiência
visionária (1931–1963) tem tradução de Adriano Scandolara, prefácio de
Albert Hofmann e é publicado pela Biblioteca Azul/ Globo Livros.
Você pode comprar o livro aqui.
Um retrato perspicaz da cultura
das startups no Vale do Silício e das ambições desenfreadas da era digital.
Aos 25 anos, sem dinheiro, sem
perspectivas e — como todo bom
millennial — à procura de um emprego que lhe
trouxesse propósito, Anna Wiener deixou o mercado editorial em Nova York para
tentar a vida na fervilhante e promissora San Francisco. No Vale do Silício,
ela se viu em um mundo repleto de extravagâncias e empreendedores inexperientes
que buscavam a todo custo poder, glória e, claro, progresso. Aos poucos, porém,
um outro cenário, onde as startups passaram a ser vistas como empresas de
vigilância, começava a tomar forma. Sob a justificativa da liberdade de
expressão, os discursos de ódio ganhavam força nas redes sociais, e, de
autoproclamada salvadora do mundo, a bolha da Costa Oeste se tornava uma ameaça
à democracia. Ao explicitar a tensão entre o antigo e o moderno,
Vale da
estranheza oferece um retrato tanto de uma experiência particular como da
cultura imprudente da economia digital dos anos 2010, cujas consequências ainda
estamos começando a entender. A tradução de Débora Landsberg é publicada pela
Companhia das Letras.
Você pode comprar o livro aqui.
Do autor do best-seller O
círculo
, este é um romance fascinante e muitas vezes hilário sobre
família e natureza selvagem.
A vida estava complicada para
Josie. Ela se divorciou, foi processada por um antigo paciente, perdeu seu
consultório odontológico e se culpava pela morte de um jovem conhecido. Quando
o ex-marido pretende apresentar os filhos à família de sua atual noiva, Josie
decide escapar para o Alasca com as crianças, Paul e Ana. Num primeiro momento,
parecem estar numa viagem de férias: eles veem ursos, bisontes e alces, comem
cachorro-quente preparado na fogueira e passam as noites estacionados às
margens de rios ou em florestas escuras. Mas enquanto eles viajam no velho
trailer que se tornou sua casa, forçados a ir cada vez mais para o norte por
conta dos inúmeros incêndios naturais, Josie é perseguida por seus inimigos
reais e imaginários, e os erros do passado continuam a assombrar sua pequena
família, mesmo num dos lugares mais ermos do planeta.
Heróis da fronteira
é um retrato muito bem-humorado dos Estados Unidos de hoje e, sobretudo, das
famílias contemporâneas. Um romance admirável que tem a originalidade e a
inteligência típicas das obras de Dave Eggers. A tradução é de Rubens
Figueiredo e o livro sai pela Companhia das Letras.
Você pode comprar o livro aqui.
No ano do centenário de
nascimento de Darcy Ribeiro, este testemunho compõe um rico mosaico
autobiográfico de um dos mais importantes pensadores do Brasil.
Etnólogo, antropólogo, romancista,
educador, político, pensador e intérprete do Brasil e da América Latina ― é
impossível circunscrever Darcy Ribeiro a uma única dimensão. Ele foi um dos
mais multifacetados intelectuais de seu tempo. Todos os marcos de sua trajetória
estão representados aqui: a vida entre os indígenas, a produção intelectual, a
criação da UnB, a militância política, o exílio e o périplo latino-americano, o
retorno ao Brasil e à vida pública, a luta contra o câncer e seus grandes
amores. Esta edição, que combina os textos da última edição de
Testemunho
e da coletânea
América Latina Nação, é um balanço desta vida riquíssima,
feito pelo próprio Darcy, a partir de depoimentos transcritos especialmente
para este livro e de fragmentos dos textos que escreveu ao longo dos anos. Uma
leitura fundamental no centenário de nascimento deste brasileiro notável.
Rosiska Darcy de Oliveira, na orelha do livro, conta que Darcy construiu “um
olhar brasileiro sobre nosso país, ‘a mais bela província da Terra’”. Ao
receber o título de doutor honoris causa da Sorbonne, “agradeceu o prêmio como
consolação pelos seus muitos fracassos e, ao enumerá-los, disse serem eles seu
único orgulho: quis salvar um povo em extinção, educar todas as crianças
brasileiras, vencer a miséria, criar uma universidade no território ainda
selvagem em que ajudou a plantar Brasília”. O livro é publicado pela editora
Record.
Você pode comprar o livro aqui.
David Grossman explora a
complexa relação entre três gerações de mulheres que lidam com a própria
história e com os traumas do passado.
É o aniversário de noventa anos de
Vera, e Nina está de volta ao kibutz em Israel onde mora a família. Despertando
a raiva da filha Guili, ela chega determinada a contar uma notícia e encontrar
respostas para uma questão que sempre a atormentou. Nina quer saber o que
realmente aconteceu quando Vera esteve presa no campo de prisioneiros da ilha
de Goli Otok, na Croácia, nos anos 1950, e sugere que elas viajem até o lugar
de horror que marcou o destino das três mulheres. Aos poucos, essa jornada
improvável torna-se catártica, revelando segredos guardados há décadas. Em
A vida brinca muito comigo, David Grossman inspira-se na história
de uma de suas confidentes de longa data para construir uma trama inesquecível
sobre a complexidade das relações humanas e o peso de nossas escolhas. Com
tradução de Paulo Geiger, o livro é publicado pela Companhia das Letras.
Você pode comprar o livro aqui.
A relação complexa e muitas
vezes hostil entre tecnologia e seres humanos é tema da literatura há mais de
um século.
Ao participar de um acalorado
debate presidencial, Seiji Kubo se sente cada vez mais nervoso. Não é possível
aceitar as sugestões de seu assessor sem uma dose de dúvida, já que ele é,
assim como seu adversário, uma inteligência artificial. No final do século XXI,
Kubo luta com todas as forças para mostrar os perigos que um governo baseado em
equações matemáticas pode acarretar. Com um fluxo de prosa único e brutal,
Flávio Izhaki nos devolve aos dias atuais para logo mergulhar na gênese da
família Kubo, construindo um romance delicado que flerta com a distopia.
Movimento
78 parte de uma família no passado recente e no futuro próximo para
esmiuçar como a vida da próxima geração será bem diferente da nossa. O livro é
publicado pela Companhia das Letras.
Você pode comprar o livro aqui.
Julián Fuks, vencedor do Jabuti
de Livro do Ano de Ficção e Melhor Romance, além dos prêmios Saramago e Anna
Seghers, se volta para o formato da crônica para abordar os períodos mais
críticos pelos quais passamos durante a pandemia.
Suas incertezas e medos, a
insegurança com a saúde da família e de amigos, se somaram ao que ocorria do
lado de fora: as arbitrariedades do governo, a distância dos conhecidos, a
contagem diária de mortes. O convite para se tornar colunista de um jornal
online, no entanto, lhe dá a chave que precisava. Valendo-se de Virginia Woolf
a Drummond, de Natalia Ginzburg a Clarice Lispector, Julián Fuks busca
compreender as sensações conflitantes, a incerteza do tempo e os vazios na
convivência com os outros. É nas frestas do horror que o autor procura as
belezas menores, para com elas construir algo novo, a nova identidade do que
queremos ser, no futuro que ainda não devemos esquecer.
Lembremos do futuro sai pela Companhia das Letras.
Você pode comprar o livro aqui.
REEDIÇÕES
Publicado originalmente em 2001,
um dos livros mais contundentes da literatura brasileira contemporânea está de
volta.
A denúncia de um crime no
noticiário da televisão, o acerto de contas seguido de um massacre no bar de
periferia, a tocaia do delegado para prender um bandido, o justiçamento de um
pivete, o contrato de espancadores para dar uma lição no sócio, o filho
marginal que tem tudo para acabar morto e acaba mesmo morto. Qualquer habitante
de uma cidade brasileira estará mais ou menos em casa ao ler o Marçal Aquino
dos contos de Faroestes. Em onze relatos breves e potentes, vagamos por ruas em
que “as pessoas, mesmo quando estão alegres, evitam sorrir, para que ninguém
desconfie”, por bairros lembrados “por coisas e gentes que ficavam mais à
vontade na página policial do jornal”. Amigos, conhecidos e vizinhos se
encontram para tomar cerveja, papear, jogar sinuca em locais como “o boteco
onde aconteceu a chacina na sexta-feira”. A miséria humana leva os personagens
a serem confrontados com situações tão semelhantes às das páginas de crime dos
jornais. E nada parece acabar bem para essa “gente áspera”. Um dos grandes
livros da literatura brasileira contemporânea,
Faroestes ganha nova
edição, com orelha de Ana Paula Maia e posfácio de Paulo Roberto Pires.
Você pode comprar o livro aqui.
RAPIDINHAS
Projeto no Catarse 1. A Editora Campos publicará uma edição especial do livro
Os contos de Belzarte. Mário de Andrade reuniu histórias que se passam na periferia paulista dos anos 1920 e tratam, dentre outros assuntos, sobre a discriminação racial. O projeto da nova edição inclui prefácio da Professora Angela Grillo e ilustrações de Anna Cunha.
Saiba mais aqui.
Projeto no Catarse 2. O site
LiteraturaBr lançou-se ao trabalho de publicação de livros no modo sob encomenda. Entre um trabalho e outro, tem proposto trazer obras também no modo financiamento coletivo. A nova investida é a edição de um livro da escritora canadense Marian Engel:
Urso. Saiba mais aqui.
DICAS DE LEITURA
Na aquisição de qualquer um dos
livros pelos links ofertados neste boletim, você tem desconto e ainda ajuda a
manter o Letras.
1.
Samarcanda, de Amin
Maalouf. O romance assinala um retorno do escritor libanês ao mercado editorial
brasileiro. Trata-se de um livro que recorre às relações literatura e história
para recontar os destinos os descaminhos de
Rubaiyat, um conjunto de
poemas do matemático e astrônomo persa do século XI Omar Khayyam que atravessou
até os nossos dias por itinerários dos mais improváveis como a sua perda no
naufrágio do Titanic em 1912. A tradução de Marília Scalzo está publicada pela
editora Tabla.
Você pode comprar o livro aqui.
2.
Gothica, de Gustave
Flaubert. Além de alguns romances que o fizeram notável,
Três contos é
sempre o livro em questão quando se fala sobre o trabalho do escritor com prosa
breve.
Mas tudo não se resume aí e este
livro é um precioso achado. Com textos quase desconhecidos e alguns que remontam
ao ainda adolescente de fértil criatividade literária, este livro nos coloca
diante de uma nova face do escritor: a do criador que dialoga com o
desconhecido e se debruça na construção de figuras excepcionais. Organizado por
Bruno Berlendis de Carvalho, o livro está publicado pela editora Berlendis
& Vertecchia com tradução de Raquel de Almeida Prado.
Você pode comprar o livro aqui.
3.
Um conto de fadas mexicano
e outras histórias,
de Leonora Carrington. Encerramos as
recomendações desta semana com outro livro de contos. Estes apresentam o núcleo
vivo da expansiva e criativa, a liberdade total, da imaginação da escritora e
artista plástica inglesa que se fez nome incontornável do surrealismo. Aqui,
Carrington bebe no melhor das fontes e formas literárias — o sonho e o conto de
fadas — para que estabeleçamos contato com essa dimensão outra da nossa
realidade. Com tradução de Dirce Waltrick do Amarante, o livro está publicado
pela editora Iluminuras.
Você pode comprar o livro aqui.
VÍDEOS, VERSOS E OUTRAS PROSAS
1. No Dia Mundial do Livro, uma lembrança das melhores:
este vídeo preparado para falar da importância do invento de tinta e papel à frente dos dispositivos digitais.
2. E ainda
este curta que é um encanto, uma mensagem de amor aos livros:
The fantastic flying books of Mr. Morris Lessmore.
BAÚ DE LETRAS
E algumas listas de... livros, imprescindíveis. Três delas. Do nosso acervo de coisas bonitas.
a) Os livros desse século que mais propensos a permanecer na história dos interesses por longa data.
Veja aqui os dez livros já imprescindíveis do século XXI.
b) Vargas Llosa também é um leitor excepcional. Basta lembrarmos dois estudos seus incontornáveis sobre
Madame Bovary um e
Os miseráveis outro.
Nesta lista, onze livros da sua lista de leituras.
c) Numa catástrofe, quais livros salvaríamos das nossas bibliotecas? A pergunta endereçada aos colunistas do
Letras pelo Dia Mundial do Livro em 2019 deu origem a
esta lista.
...
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* Todas as informações sobre lançamentos de livros aqui divulgadas são as oferecidas pelas editoras na abertura das pré-vendas e o conteúdo, portanto, de responsabilidade das referidas casas.
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