Boletim Letras 360º #475

 
 
DO EDITOR
 
1. Caro leitor, eis o terceiro número deste Boletim no mês de abril. Aqui estão parte das notícias divulgadas durante a semana em nossa página no Facebook e outras que poderão ainda aparecer por lá ou são exclusivas aqui.
 
2. Reitero, o convite para o sorteio do mês de maio no clube de apoios ao Letras. Desta vez, três livros da editora-parceira Companhia das Letras: romance O avesso da pele, de Jeferson Tenório; o livro de contos Gótico nordestino, de Cristhiano Aguiar; e o romance Ossos secos escrito pelo coletivo formado por Luisa Geisler, Marcelo Ferroni, Natalia Borges Polesso e Samir Machado de Machado.
 
3. Para se inscrever é simples. Envia R$25 através do PIX blogletras@yahoo.com.br; finalizada a operação, envia neste mesmo endereço (nosso e-mail) o comprovante. O sorteio está previsto para o dia 29 de maio. A escolha dos títulos desta vez sublinha o Dia da Literatura Brasileira (celebrado no primeiro dia do próximo mês) e a pluralidade de novas vozes de nossa literatura hoje.
 
4. Outras formas de colaborar com o Letras estão disponíveis aqui. E, cabe não esquecer que na aquisição de qualquer um dos livros pelos links ofertados neste boletim, você tem desconto, também ajuda a manter o Letras sem pagar nada mais por isso.
 
5. Bom descanso de Páscoa com muitas leituras maravilhosas! 

Karl Ove Knausgård. Foto: Nina E. Rangoy

 
 
LANÇAMENTOS
 
Depois da monumental série Minha Luta, Karl Ove Knausgård presenteia o leitor com a sensível e encantadora Quadrilogia das Estações. Outono, primeiro volume da nova série, é uma coletânea da aguçada observação do autor sobre a vida que o cerca.
 
“28 de agosto. Agora, enquanto escrevo, você não sabe nada a respeito de nada — o que a espera, em que tipo de mundo você há de surgir.” Assim começa Outono: com uma carta de Karl Ove Knausgård para a filha que ainda não nasceu, contando-lhe o que deve esperar ao vir à luz. Com breves capítulos que tratam do mundo material e natural, ele descreve os mais diversos elementos com a precisão e a intensidade hipnotizantes que se tornaram sua marca registrada. De forma sensível, relata também os dias ao lado de sua esposa e de seus filhos na zona rural da Suécia, baseando-se nas memórias de sua própria infância para dar uma perspectiva inigualável sobre a relação entre pais e filhos. Sol, vespas, piolhos, águas-vivas, olhos — coisas do cotidiano — são o pano de fundo para sua arte, e nada é pequeno ou grande demais para escapar de sua atenção. Em uma espécie de enciclopédia pessoal composta através da observação atenta dos objetos e fenômenos ao seu redor, Knausgård nos mostra como o mundo é vasto, incognoscível e maravilhoso. A tradução publicada pela Companhia das Letras é de Guilherme da Silva Braga. Você pode comprar o livro aqui.
 
É possível amar duas pessoas ao mesmo tempo? A uma pergunta tão simples a resposta costuma ser complicada.

Nesta autoficção do aclamado autor de O gueto interior, o narrador se percebe amado pela metade quando sua esposa se apaixona por outro homem. Para lidar com essa situação, ele embarca em uma dupla jornada: geográfica e interior, cruzando a Itália enquanto busca entender o que está vivendo. Dias que não esqueci, de Santiago H. Amigorena é publicado pela editora Todavia. A tradução é de Julia da Rosa Simões. Você pode comprar o livro aqui.
 
Romance imagina os últimos dias de espera de Samuel Beckett.
 
Em Tiers-Temps, uma pequena casa de repouso em Paris, reside um homem alto com um rosto escuro, mas olhos ainda penetrantes. Este velho senhor chama-se Samuel Beckett. Esperando o fim, quase se tornando um de seus próprios personagens, o escritor lembra de sua amizade com James Joyce, de sua Irlanda natal, da cumplicidade com seu editor, das primeiras apresentações de Godot, da graça de escrever diante do declínio de um corpo sem fôlego. Iluminando seus últimos dias, o humor intacto do velho Sam, raivoso e devastador, mistura-se com a mais pungente melancolia. Com Tempo final, Maylis Besserie recebeu o Prêmio Goncourt de Primeiro Romance de 2020. O livro chega ao Brasil pela editora Nós; a tradução é de Lívia Bueloni Gonçalves.
 
Relato emocionante e único sobre a relação de um dos maiores escritores da atualidade com seu pai e a história de seu país.
 
Ao lembrar cenas corriqueiras de sua infância e juventude, Haruki Murakami, um dos mais conhecidos autores japoneses contemporâneos, traz à tona traumas familiares e de guerra. Esmiuçando sua relação com o pai, com quem passou anos sem contato, o autor fala também sobre a história de um país. Honesto e brutal, Abandonar um gato é um relato ímpar não só sobre a formação de um escritor, mas também de relações familiares complexas e dolorosas. Com tradução de Rita Kohl, o livro é publicado pela editora Alfaguara. Você pode comprar o livro aqui.
 
O que leva um homem a saltar de um trem em uma cidade sem maiores atrativos, que não era seu destino original, e se esconder ali?
 
Neste livro, Rosa Montero mostra por que é um dos nomes centrais da literatura atual. Com inteligência e malícia, pleno domínio da narrativa e um olhar compassivo para tudo aquilo que nos faz humanos, a autora espanhola constrói um romance imprescindível sobre todas as contradições — e alegrias — que marcam a nossa vida. A boa sorte tem tradução de Fabio Weintraub e é publicado pela editora Todavia. Você pode comprar o livro aqui.
 
A parte feminina da Semana de Arte Moderna de 1922.
 
Como explicar o sucesso de certas mulheres no meio artístico modernista, cujo protagonismo é atribuído quase sempre a figuras masculinas? Foi justamente no Brasil que duas pintoras — Anita Malfatti e Tarsila do Amaral - se notabilizaram como as grandes pioneiras de nosso modernismo. Atenta às dinâmicas internacionais da arte moderna e em diálogo crítico com os paradigmas da historiografia da arte feminista, Ana Paula Simioni discute essa singularidade do país. O contraponto com uma artista menos reconhecida e introdutora das artes decorativas no Brasil — Regina Gomide Graz — adensa a análise com um olhar inovador para as relações entre materialidades artísticas e gênero. O êxito dessas artistas não se fez a despeito do gênero, mas por meio dele. Mulheres Modernistas suscita uma reflexão crucial e inédita sobre as oscilações históricas do reconhecimento dessas artistas. O livro é publicado pela Edusp.
 
O novo romance de Cristovão Tezza.
 
Como sair da imobilidade da quarentena e do horror político vivido nos últimos anos? Para enfrentar a pergunta, Cristovão Tezza dá voz a dois personagens que vivem uma relação inusitada: a tradutora Beatriz, antiga personagem de seus livros, e o jovem poeta Gabriel. Inicialmente tímida, a aproximação entre ambos aos poucos embaralha certezas intelectuais, morais e afetivas — revelando um mundo que se insurge contra o “espírito da queda” ao nosso redor. Beatriz e o poeta é publicado pela editora Todavia. Você pode comprar o livro aqui.
 
Uma jornada pela teoria e pela prática da tradução de poesia de vanguarda tendo como ponto de partida, e de chegada, o poema-livro Phantasus, de Arno Holz (1863-1929).
 
Após nos apresentar a trajetória do poeta alemão, Simone Homem de Mello adota a premissa de que a concepção de linguagem poética realizada pela literatura, especialmente a de vanguarda, revela a singularidade estética e histórico-literária do original, nisso travando um diálogo de afinidades e divergências com os pensamentos teóricos de Haroldo de Campos e Henri Meschonnic. O estudo das traduções da obra para o francês, o inglês, o italiano e o português empreendido neste trabalho de Simone Homem de Mello enriquece a análise e expõe ao leitor os desafios dessa empreitada. Os mesmos parâmetros empregados no cotejo das traduções citadas caracterizam sua própria brilhante tradução dos dezessete fragmentos de Phantasus aqui apresentados, constituindo uma verdadeira inspiração para a tradução de poesia de vanguarda em geral. O livro é publicado pela editora Perspectiva. Você pode comprar o livro aqui.
 
Pela primeira vez no Brasil a obra do ganhador do Prêmio Oceanos 2021.
 
Escrito num fluxo poético de memória e tragédia, reminiscências e episódios históricos, este é um romance único e poderoso. Na prosa hipnotizante de Luís Cardoso, uma mulher ― que por mais de duas décadas espera o retorno do noivo durante a ocupação indonésia no Timor ― relata (a um interlocutor misterioso) a história de seu país. Vivendo em Lisboa, Cardoso retornou ao Timor numa viagem com José Saramago. No meio das ruínas da guerra, os dois escritores encontraram uma mulher que se pôs a falar sobre o país. Este livro é uma meditação sobre a criação do Timor e sobre todas as violências possíveis (o racismo, o comércio predatório, a exploração do homem, o preconceito, as invasões e o machismo). Belo e intenso, é construído a partir de episódios históricos, lendas e tragédias políticas. Timor, cenário mítico, não voltará a ser o mesmo depois desta viagem em que o concreto e o lendário, Sancho Pança e Chibanga, as rosas e o café, o cavalo e o ganso, o Império Colonial e o Oriente, a espera pelo amor e os dias vertiginosos da guerra são chamados à cena. Ou, como diz a própria personagem desse romance absolutamente singular e encantatório: “Numa guerra ninguém faz considerações morais: ou se mata ou se morre. Mata-se e pronto. Mataste quantas pessoas, antes de entrares nesta casa para me dizeres que gostarias de plantar abóboras?”. O plantador de abóboras é publicado pela editora Todavia. Você pode comprar o livro aqui.
 
Nova tradução para o livro mais romântico da obra de Dostoiévski.
 
Noites brancas traz como tema central o encontro entre uma jovem desiludida e um sonhador, aquele que narra os eventos ocorridos ao longo de poucas noites, durante um período muito especial do ano em São Petersburgo, capital do Império Russo no século 19 e um dos temas preferidos de Dostoiévski. Cenário de suas grandes obras, a misteriosa cidade é palco de um fenômeno natural conhecido como “noites brancas”, que ocorre quando, durante quatro dias no verão, a noite não escurece. E é justamente neste período do ano que um homem sonhador e solitário perambula pela capital. Entre devaneios, reflexões e até um diálogo ou outro com os prédios da cidade, conhece Nástienka, uma melancólica jovem de coração partido. A partir deste encontro, os personagens desenvolvem uma conexão arrebatadora, e o Sonhador tem uma sensação de que finalmente coisas incríveis podem acontecer em sua vida. A edição da Antofágica conta com tradução inédita de Lucas Simone, ilustrações de Mateus Acioli e apresentação de Letrux. O livro traz ainda posfácios do tradutor e de Priscila Nascimento Marques, mais um ensaio da autora Natalia Timerman. Você pode comprar o livro aqui.
 
REEDIÇÕES
 
Nova edição da primeira e premiada tradução para um dos livros mais complexos de James Joyce.
 
Por flores e por floras, por faunos e por faunas, por vidas e por vias, flui Finnegans Wake, o romance e o rio, o romance-rio. E fluem recordações, estilhaçadas, entrelaçadas. Como os átomos epicúreos, os fragmentos joycianos caem em efêmeras e progressivas combinações… O romance alude, incorpora, modifica e parodia número imenso de obras, núcleos seminais de nova floração. Não há página sem evocações literárias – as bíblicas superam todas — como se Joyce quisesse abarcar tudo o que se escreveu, fazendo de todos os textos um livro só… Quem vem do Ulisses ao Finnegans Wake passa da narrativa em vigília à narrativa ao despertar, relato de um sonho que envolve o universo. O romance não registra a experiência onírica de uma das personagens. Finnegans Wake desdobra o mapa de uma mente ampla como o universo. O sonhador não sonha para alguém sobre algo num código conhecido. Acontecido fora da interlocução, o sonho quebra as cadeias da subordinação. Joyce proclama na formação de palavras, de frases, de cenas processos que se avizinham do método interpretativo de Freud… O sonho navega por águas que a vigilância comprometida com o socialmente aceito deliberadamente ignora. Desejos culposos emergem envolvidos em papel vistoso, fitas e cartão de felicitações. A beleza sonora, rítmica e verbal de Finnegans Wake esconde violência, sentimentos proibidos, indecências. Parte da obscuridade dirigida a leitores atilados tem esta origem. Para se fazer entendido, o texto oferece muitas versões do mesmo código cifrado. Os nomes e os caracteres emergem lentamente, às apalpadelas, aos pedaços… A Ateliê Editorial publica nova edição (agora não-bilíngue) da premiada tradução de Donaldo Schüler para o romance mais desafiador de Joyce. O livro conta com prefácio de Henrique P. Xavier.
 
Nova edição de antologia que reúne parte significativa da contística de Akutagawa.
 
Este livro reúne dez contos de diversos períodos da breve existência do autor. “Rashômon” (1915) e “Dentro do bosque” (1922) retratam a cultura de Heian (atual Quioto). Em “Memorando ‘Ryôsai Ogata’” (1917), “Ogin” (1923) e “O mártir” (1918), a temática cristã é o fio condutor. “Devoção à literatura popular” (1917) e “Terra morta” (1918) têm como pano de fundo a cultura de Edo, atual Tóquio. A abertura do Japão para o Ocidente no período Meiji compõe o enredo de “O baile” (1912). Por fim, dois contos de caráter autobiográfico, do final da vida de Akutagawa: “Passagens do caderno de notas de Yasukichi” (1923) e “A vida de um idiota” (1927). Esta nova edição, com texto revisto pelas tradutoras Junko Ota e Madalena Hashimoto, conta ainda com nova introdução e acréscimo de notas. Publicação da editora Hedra. Você pode comprar o livro aqui.
 
Nova edição do romance Vista do Rio, de Rodrigo Lacerda.
 
Virgílio e Marco Aurélio cresceram no Estrela de Ipanema, construção modernista de linhas retas e simétricas. A vida dos amigos, no entanto, está longe da ideia de ordem e clareza inspirada pela arquitetura do edifício carioca. Cercados de contradições, suas trajetórias tomam rumos conflitantes neste romance brilhante sobre aspirações e sonhos perdidos. Escrito em diferentes tempos narrativos, Vista do Rio é um romance impactante, que conta a história da amizade entre Marco Aurélio e Virgílio, desde a infância — vivida em meio às linhas elegantes e equilibradas do imponente edifício Estrela de Ipanema — até a maturidade, imersa em segredos e decepções. É, nas palavras do escritor Moacyr Scliar, “uma história humana, uma história que fala de sonhos, de aspirações e de frustrações (muitas frustações) de brasileiros vivendo na cidade que é um paradigma do Brasil atual”. Publicado primeiramente pela Cosac & Naify, o livro é reeditado pela Companhia das Letras. Você pode comprar o livro aqui.
 
RAPIDINHAS 
 
O álbum de retratos de Clarice. A Edusp reedita a primorosa fotobiografia de Clarice Lispector organizada por Nádia Gotlib. Este é um projeto antigo, desenvolvido pela autora desde quando começou a recolher o material para sua tese de livre-docência também publicada em livro Clarice, uma vida que se conta.
 
Invasão portuguesa na Bienal Internacional do Livro de São Paulo. Em 2022, Portugal é o país convidado e de acordo com a Direção-Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas (DGLAB) a participação portuguesa será portentosa. O Brasil recebe entre 29 de junho e 1.º de julho, Afonso Cruz, António Jorge Gonçalves, Dulce Maria Cardoso, Francisco José Viegas, Filipe Melo, Gonçalo M. Tavares, Joana Bértholo, José Luís Peixoto, Kalaf Epalanga, Lídia Jorge, Maria do Rosário Pedreira, Maria Inês Almeida, Matilde Campilho, Pedro Eiras, Ricardo Araújo Pereira, Rui Tavares, Teolinda Gersão, Valério Romão e Valter Hugo Mãe.
 
DICAS DE LEITURA
 
Na aquisição de qualquer um dos livros pelos links ofertados neste boletim, você tem desconto e ainda ajuda a manter o Letras.
 
1. A liberdade total, de Pablo Katchadjian. Talvez a pergunta se existe a liberdade total seja uma das principais no extenso rol das questões sobre as quais mais se derramou tinta na história das ideias e do pensamento. Neste romance, um dos mais argutos escritores da literatura argentina contemporânea coloca a interrogação ante A e B, os dois protagonistas que se engalfinharão por um significado sobre a liberdade e suas implicações. Com tradução de Bruno Cobalchini Mattos, o livro ganhou edição impressa pela DBA Editora. Você pode comprar o livro aqui
 
2. Dupla noite, de José Lezama Lima. Alguma parte da prosa do escritor cubano já conhecíamos. Mas, sua poesia ainda quase desconhecida entre os leitores brasileiros até o aparecimento dessa antologia organizada por Adriana Lisboa e Mariana Ianelli e publicada pelo Selo Demônio Negro. O livro reúne quatro dezenas de poemas recolhidos dentre as mais de mil páginas da poesia completa de Lezama Lima que perfazem uma representativa linha na trajetória poética desse que é um dos nomes singulares da literatura hispano-americana. Inteira a publicação, um texto-posfácio escrito pelo cineasta e artista cubano Marcel Beltrán e um texto das organizadoras da antologia e responsáveis pela tradução dos poemas aqui reunidos. Você pode comprar o livro aqui
 
3. Quando deixamos de entender o mundo, de Benjamín Labatut. A obra do escritor mexicano também é parte no rico círculo de escritores inventivos da nova geração hispano-americana, qual Pablo Katchadjian, citado na primeira das recomendações nesta seção. Aqui, a ficção se apropria dos chamados discursos de verdade, principalmente os da história e os da biografia, para investir sobre uma leitura do ponto de não retorno. Vida íntima e desbravamento científico se imbricam no intuito de chegar ao núcleo escuro das coisas. Você pode comprar o livro aqui
 
VÍDEOS, VERSOS E OUTRAS PROSAS
 
1. Ainda Lygia Fagundes Telles 1. Alguns dos nomes de predileção da escritora eram, sabemos, Machado de Assis e Carlos Drummond de Andrade. Do poeta mineiro, ela recita “Procura da poesia”, um excerto do curta-documentário sobre sua vida e obra dirigido pelo filho Goffredo Telles Neto e Paloma Rocha. 
 
2. Ainda Lygia Fagundes Telles 2. O curta-documentário referido acima intitula-se Narrarte. Data de 1990 e com ele Goffredo Teles Neto e Paloma Rocha foram premiados no Festival de Gramado. É possível ver este filme aqui
 
BAÚ DE LETRAS
 
Até agora publicamos um texto para cada um dos livros que compõem o romance Minha luta, de Karl Ove Knausgård. Enquanto não chega por aqui, os próximos textos sobre a última parte desse trabalho, aproveitamos para lembrar um itinerário que começou em 2014.
 
1. Tudo começa por A morte do pai. Até então, o indício era o de um romance que acompanharia os principais instantes marcantes na vida do escritor desaguando numa releitura sobre a decrepitude da existência. Leia o texto aqui
 
2. Os pontos marcantes sim. Mas não é possível encerrar o percurso na conclusão óbvia que se formou à primeira vista com A morte do pai. Em Um outro amor, o escritor norueguês investiga o começo de seu primeiro casamento, a vida paterna e os conflitos com a ambição literária. Leia o texto aqui
 
3. A ilha da infância. O multifacetado narrador continua sua investigação sobre os pontos nodais da existência, agora, interessado em restabelecer o curso da infância, esta capturada pela percepção fenomenológica e imaginativo-criativa da história. Leia o texto aqui
 
4. O ponto visceral do romance, aqueles instantes de longa perturbação, incerteza e devaneio ante a existência e os primeiros passos cambaleantes em busca da vida adulta. Leia aqui
 
5. Na quinta parte de Minha luta, Karl Ove Knausgård se concentra numa investigação acerca do ofício da escrita, as idas e vindas com a literatura e com a concepção do próprio romance em curso que catapultou o escritor do anonimato para o sucesso dentro e fora do país. Leia o texto aqui
 
6. Dois bônus. Um texto de Davi Lopes Villaça com uma leitura panorâmica do monumental projeto literário de Karl Ove Knausgård — por aqui; e, duas play-list a partir da obra do escritor norueguês — acesse e ouça aqui

...
CLIQUE AQUI E SAIBA COMO COLABORAR COM A MANUTENÇÃO DESTE ESPAÇO
Siga o Letras no FacebookTwitterTumblrInstagramFlipboard

* Todas as informações sobre lançamentos de livros aqui divulgadas são as oferecidas pelas editoras na abertura das pré-vendas e o conteúdo, portanto, de responsabilidade das referidas casas. 
 

Comentários

AS MAIS LIDAS DA SEMANA

A poesia de Antonio Cicero

Boletim Letras 360º #607

Boletim Letras 360º #597

Han Kang, o romance como arte da deambulação

Rio sangue, de Ronaldo Correia de Brito

Boletim Letras 360º #596