A palavra despida: O caderno rosa de Lori Lamby
Por Leonardo Prudêncio Hilda Hilst. Foto: Pio Figueiroa Este trabalho pretende analisar a simbiose que a autora Hilda Hilst provoca em seus leitores ao mesclar textos de diversas formatações e tipos mais o artifício das ilustrações, no romance O caderno rosa de Lori Lamby (1990). Embora as ilustrações tenham ficado a cargo de Millôr Fernandes, e eles não tenham trocado informações entre si sobre como deveria ser feito o trabalho, percebe-se que na edição original, onde a totalidade desse trabalho gráfico foi apresentada, há não apenas um diálogo entre imagem e texto, mas uma simbiose de signos linguísticos que começam no texto e perduram nas ilustrações. O livro em questão foi elaborado dentro de um projeto de literatura obscena denominado, por alguns, como “Tetralogia obscena”. A reunião desses quatro trabalhos ( O caderno rosa de Lori Lamby ; Contos de escárnio — textos grotescos ; Cartas de um sedutor e Bufólicas ) se deu em um volume chamado Pornô chic (2014). Nessa obra for