O poeta que inspirou a pirataria
Por Martín Sacristán Protegido da noite que me encobre, Escura como o vão entre os mastros, Eu agradeço a quaisquer deuses que acaso existam Por minha alma inconquistável. Nas garras das circunstâncias, Não estremeci ou chorei em voz alta. Sob os golpes do acaso Minha cabeça sangra, mas não curvada. Além deste lugar de ira e lágrimas, Agiganta-se o horror das sombras, E, ainda assim, a ameaça dos anos Me encontra, e me encontrará, sem medo. Não importa quão estreito seja o portão, Quão cheio de punições o pergaminho, Eu sou o mestre do meu destino, Eu sou o capitão da minha alma.¹ William Ernest Henley, 1899. Arquivo Constable and CO. Ltd.ª Nelson Mandela, preso por defender o fim do racismo na África do Sul, repetiu os versos deste poema durante vinte e sete anos. De acordo com sua biografia, suas palavras o ajudaram a tolerar seu longo confinamento. Lidas no contexto de uma prisão, qualquer prisão, adquirem um significado profundo, ainda maior se, como o líder sul-africano, alguém fo