Boletim Letras 360º #455
DO EDITOR 1. Caro leitor, neste dia, iniciava este blog. Era uma web totalmente diferente dos dias que correm — basta dizer que os inferninhos das redes sociais, nossas praças para autos-de-fé neste século, ainda era apenas o sonho de algum ocioso jovem do Vale do Silício. 2. O blog nunca foi um espaço-brincadeira de jovem estudante de Letras, como pareceu a alguns. Era parte de uma necessidade que se modificou continuamente nesses 15 anos online. 3. Como grande parte das coisas que inventamos, isso aqui também se tornou um monstro; perturba-me um tanto e leva algumas horas de uma vida atribulada que poderiam ser gastas com outras coisas (papagueando pelas casas dos srs. do Vale, talvez). 4. Mas se o blog ainda acontece é porque carrego algum interesse contra a maré de desesperança fixada num país acusado de ser um mau-leitor e desinteressado da cultura literária — e já agora sei que não estou sozinho pela sempre renovada chegada de amigos e apoiadores. Não tenho dimensão nen