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Mostrando postagens de outubro 28, 2021

Macunaíma, de Mário de Andrade

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Por Pedro Fernandes Mário de Andrade, março de 1926. Arquivo Nacional do Brasil.   É com o romantismo que se vislumbra com a cor da letra uma preocupação dos escritores brasileiros sobre a fabricação de uma entidade capaz de se afirmar como identidade nacional. Os resquícios disso, entretanto, são mais profundos; uma leitura menos escolástica nos permite enxergar esse interesse mesmo quando os conceitos que se problematizam e ganham consciência no século de consolidação da nossa literatura sequer tinham os nomes pelos quais foram designados. Está, por exemplo, na rica, variada e quase desconhecida epistolografia e cronística dos viajantes com suas descrições sobre o vasto mundo de exuberância e modos culturais que designavam como pré-civilizatórios, na poesia de Gregório de Matos quando além de descrever esse mundo procura capturar as linguagens que o enformam, na sátira política de Tomás Antônio Gonzaga, nos versos de feição semi-neoclássica de Cláudio Manuel da Costa que ao mirar um