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Mostrando postagens de outubro 20, 2021

Entre os mecanismos de Aira

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Por Tiago D. Oliveira Depois de atravessar as páginas de A trombeta de vime , de César Aira, fiquei pensando sobre os limites de um texto e percebi que entrava paulatinamente em um universo que se revigora conforme o mundo gira em torno de seu próprio eixo. São doze textos que dificilmente serão classificáveis, o que promove o livro para um lugar que corta o próprio tempo em que foi escrito para se apresentar além, muito além do que nos acostumamos a conformar.   A mistura de gêneros e de discursos faz com que as narrativas desenvolvam um híbrido entre as palavras, leva o leitor a sentir analiticamente a expansão das fronteiras e limites do fazer literário. Ao ponto que a leitura acontece, percebe-se que o atravessamento dos textos acontece como parte do projeto estético e filosófico que Aira pensou e conseguiu desenvolver lançando seu livro para fora, em um lugar que não para de crescer. Logo no primeiro texto do livro fiquei ensimesmado com a datação, o que me fez pensar em alguma fo