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Mostrando postagens de julho 2, 2021

Manuelito: para além de um mestre da fotografia

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Por Márcio de Lima Dantas   Oriundo do Ceará, veio residir em Mossoró, permanecendo e trabalhando até o final de sua vida. Suas fotografias deixavam entrever um indivíduo ancho nos limites estabelecidos pela vida. A maneira como gostaria que fosse representado pela posteridade o conduziu a se fazer fotografar com seus atributos: o material fotográfico parecia relacionar o sentido que deu à vida, ou seja, o predomínio do sentido visão sobre os demais sentidos, plasmando-se no ato de produzir retratos do seu entorno. Eis o sal que neutraliza o insosso dos dias. Não trabalhava por obrigação, mas por uma necessidade interior de registrar seu derredor, opondo-se ao movimento de Cronos, que faz e desfaz.   Ao carbonizar tempo e espaço, fez transcender os habitantes da pólis e sua paisagem, bem como detalhes e objetos prosaicos que passam impunes ao espectador pouco atento ao que o circunda. Manuelito estancava o tempo, não parece inconsciente, na medida em que mudou de assinatura, nas fotos,