Maria Lúcia Alvim, razão das coisas imprecisas
Por Pedro Fernandes Maria Lúcia Alvim, anos 1970. Arquivo Jornal O Globo . A vida é um todo fragmentar esse todo é meu grande deleite (Maria Lúcia Alvim) Maria Lúcia Alvim voltou às pequenas rodas de conversa sobre poesia em 2020. Sim, pode não parecer, mas esses círculos existem, mesmo feitas de uns poucos que falam e, por vezes, ignoram os que ouvem e também querem falar ― em alguns casos, bem compreensível, afinal habitamos um país de muitos interesses e poucas atitudes, de muitos poetas, uma dezena a cada esquina, e raros leitores. Noutros não. É um pequeno pacto de silêncio assumido tacitamente num misto de necessidade de ignorar e de não ampliar seu pequeno círculo. Há mesmo o caso desses poucos que falam e ignoram que se fazem autores da cobrança sobre determinados silêncios. É uma selva. Dizemos isso para acrescentar uma linha à observação feita por Guilherme Gontijo Flores em “Maria Lúcia Alvim no rol do esquecimento: a vida e a vida da poesia”, texto acrescentado em modo