Peixe-frito: o nome e o sensível para a diáspora
Por Wagner Silva Gomes Em Os vivos, o morto e o peixe-frito (2014) o contexto de uma fila de repartição pública que resolve assuntos documentais de cidadania reúne a diáspora africana com moradia em Portugal, estando principalmente, os nascidos em Angola, Guiné-Bissau, Moçambique, enfim, pessoas de países de Língua Portuguesa. Nesse cenário é derrubado o muro que separa palco e plateia, arte e vida real, como na estética do oprimido, de Augusto Boal, em que todos, como agentes sociais, produzimos também efeito sensível sobre a vida. Na fila a dificuldade burocrática só é superada pelo sensível, da convivência entre as pessoas, que ali criticam a vida em Portugal, as dificuldades, com bom astral, ora gozando do modo do português falar, ora apontando para os absurdos de exigências, como o caso da mãe que para ter um filho registrado como português além de ter que morar seis anos em Portugal e ter que mostrar a comprovação disso, não podendo faltar um dia, tem que ter a documentaçã