Frank O’Hara. Seis dos “Vinte e cinco poemas à hora do almoço”
Por Pedro Belo Clara
Frank O’hara. Foto: Fred W. McDarrah |
POEMA
Café instantâneo com natas
ligeiramente amargas
e um telefonema para o além
que não parece estar a
aproximar-se.
“Ah pai, quero ficar bêbado muitos
dias”
da poesia de um novo amigo
a minha vida precariamente sustida
nas mãos
videntes de outros, as suas e
minhas impossibilidades.
É isto amor, agora que o primeiro
amor
finalmente morreu, no qual não
havia impossibilidades?
A UM PASSO DE DISTÂNCIA
É a minha hora de almoço, vou pois
passear por entre os táxis
pintados
de ruído. Primeiro, pelo passeio
onde trabalhadores alimentam os
troncos
sujos brilhantes com sanduíches
e Coca-Cola, usando capacetes
amarelos. Acho que os protegem
da queda de tijolos. Depois pela
avenida em que saias rodopiam
nos calcanhares e levantam voo
sobre
os gradeamentos. O sol queima, mas
os táxis agitam o ar. Observo
pechinchas em relógios de pulso.
Há
gatos que brincam na serradura.
Para
Times Square, onde o anúncio
sopra fumo sobre a minha cabeça e
no alto
a cascata jorra suavemente. Um
Negro numa portada com um
palito, mexe-se langorosamente.
Uma corista loura faz soar um
estalido: ele
sorri e esfrega o queixo. De
súbito
tudo buzina: são 12:40 de
uma Quinta-Feira.
Néon
de dia é um
grande prazer, como Edwin Denby1
escreveria, como são as lâmpadas
elétricas de dia.
Paro para um cheeseburger no
JULIET’S
CORNER, Guilietta Masina2,
mulher de
Federico Fellini3, è
bell’atrice.
E chocolate com malte. Uma senhora
que
em tal dia usa pele de raposa mete
o cão d’água
dentro de um táxi.
Há
vários Porto
Riquenhos na avenida hoje, o que
a torna bela e quente. Primeiro
morreu
Bunny4, depois John
Latouche5,
depois Jackson Pollock6.
A terra
está tão cheia deles, como a vida
esteve?
Comeu-se e passeia-se,
passa-se pelas revistas com nus
e os cartazes de TOURADA e
a Manhattan Storage Warehouse,
que em breve demolirão.
Antigamente
pensava que nela se exibia o
Armory Show.
Um
copo de sumo de papaia
e volto para o trabalho. O meu
coração está no
meu bolso, é Poemas de Pierre
Réverdy7.
NAFTA
Ah Jean Dubuffet8
quando se pensa nele
cumprindo o serviço militar na
Torre Eiffel
como meteorologista
em 1922
compreende-se como pode ser
maravilhoso
o século 20
e os imponentes Iroqueses nos
carris
altivos e a pé firme
nus como seria de esperar
ligeiramente etéreos
como um Sonia Delaunay9
há uma parábola de velocidade
algures atrás dos olhos dos Índios
inventaram o século com os seus
cavalos
e as suas costas frágeis
que são escuras
estamos em dívida com os Iroqueses
e com Duke Ellington10
por tocar nos edifícios em
construção
nós fazemos pouco
a não ser foder e pensar
no Metro obsessivo
e naquele que ali não apareceu
enquanto aguardávamos por
pertencer ao nosso século
tal como não se pode fazer um
chapéu de aço
e depois usá-lo
de qualquer forma quem usa chapéus
é costume da nossa tribo
enganar
como te sentes no velho Setembro
sinto-me como camião em
auto-estada molhada
como podes
foste feito à imagem de Deus
eu não fui
fui feito à imagem de um
camionista maricas
e Jean Dubuffet pintando as suas
vacas
«com uma semelhança que irrompeu
na memória»
aparte o amor (não fales nele)
estou envergonhado do meu século
por ser tão espectacular
mas tenho de sorrir
ONTEM LÁ EM BAIXO NO CANAL
Dizes que tudo é muito simples e
interessante
isso torna-me muito melancólico,
como se lesse um grande romance Russo
estou tão aborrecido
é quase como ver um mau filme
se não for, mais frequentemente,
como ter uma doença aguda no rim
valha-nos deus que não é nada no
coração
nada relacionado com gente mais interessante
do que eu
yak yak
que pensamento divertido
como pode alguém ser mais
divertido que o próprio
como pode alguém não ser
podes emprestar-me o teu quarenta
e cinco
só preciso de uma bala de
preferência de prata
se não se pode ser interessante
pelo menos que se seja uma lenda
(mas odeio essa trampa toda)
POEMA
Khrushchev11 chega no
dia exacto!
a
graciosa luz fria
é empurrada para longe das enormes
empenas de vidro pela força do vento
e tudo é sacudido, em grande
pressa
este
país
tem tudo menos politesse, diz um
condutor de táxi Porto-Riquenho
e vejo cinco raparigas diferentes
parecidas
com Pidie Gimbel12
com o seu cabelo louro também
sacudido,
como
ela parecia quando empurrei
a irmã mais nova no baloiço do
jardim também soprava vento
ontem à noite fomos ao cinema e
saímos,
Ionescu13
é maior
que Beckett14, disse
Vincent, é o que penso, blinis de mirtilo
e Khrushchev estava provavelmente
a ser criticado
em
Washington não há politesse
Vincent conta-me a viagem da mãe à
Suécia
Hans
conta-nos
a vida do seu pai na Suécia, soa
como se fosse o quadro Suécia
de Grace Hartigan15
portanto
vou para casa deitar-me e nomes deslizam-me pela cabeça
Purgatorio Merchado, Gerhard
Schwartz e Gaspar Gonzales,
todos
figuras desconhecidas de manhã cedo quando vou trabalhar
para onde irá a maldade do ano
quando
Setembro se apodera de Nova Iorque
e a transforma em estalagmites de
ozono
depósitos
de luz
por
isso volto a levantar-me
faço café, e leio François Villon16,
a sua vida, tão sombria
Nova
Iorque parece ofuscante e a minha gravata soprada rua acima
desejo que se desprenda
embora
esteja frio e aqueça um pouco o pescoço
enquanto o comboio leva Khruschev
para Pennsylvania Station
e
a luz parece ser eterna
e
a alegria parece ser inexorável
eu
sou tonto bastante para o descobrir sempre no vento
PASSOS
Como estás graciosa hoje Nova
Iorque
como Ginger Rogers17 em
Swingtime
e o campanário de St. Bridget um
pouco inclinado para a esquerda
acabei de saltar para fora de uma
cama cheia de dias V
(fartei-me de dias D) e triste
ainda ali ficas
aceitas-me tonto e livre
tudo o que quero é um quarto lá em
cima
e tu nele
e mesmo a aglomeração de pessoas
nas passagens de peões
é uma forma de se esfregarem mutuamente
e quando os seus apetrechos
cirúrgicos encravam
ficam juntas
para o resto do dia (e que dia)
eu passo para examinar um slide e
digo
essa pintura não é tão azul
onde está Lana Turner18
está a jantar fora
e o camarim de Garbo19
no Met
todos tiram os casacos
para poderem mostrar a grelha
costal aos espreitas de costelas
e o parque está cheio de
dançarinos com os seus collants e sapatos
em maletas
que geralmente são confundidos com
atletas em treino no West Side Y
porque não
os Pittsburgh Pirates gritam
porque ganharam
e de certa forma todos estamos a
ganhar
estamos vivos
um casal gay deixou o apartamento
vago
mudaram-se para a província por
gozo
mudaram-se um dia antes
até os apunhalamentos ajudam a
explosão populacional
só que no país errado
e todos esses mentirosos deixaram
a ONU
o Edifício Seagram já não tem
rival
não que precisemos de bebidas
(apenas gostamos delas)
e a caixinha está cá fora no
passeio
junto da charcutaria
para que o velho se possa sentar e
beber cerveja
e ser dali arrastado pela mulher
ao fim do dia
enquanto o sol ainda brilha
oh deus é maravilhoso
sair da cama
e beber demasiado café
e fumar demasiados cigarros
e amar-te tanto
______
Frank O’Hara nasceu em 1926 em
Baltimore, no estado norte-americano do Maryland, tendo crescido numa pequena
cidade do Massachussets. Frequentando uma escola católica, começou por aprender
piano ainda adolescente – interrompendo o estudo por efeito da IIª Guerra
Mundial, onde participou nos seus momentos finais a bordo dum navio de guerra
no Pacífico Sul.
De regresso a casa, inscreveu-se
na prestigiada Universidade de Harvard, tendo como colega de quarto o futuro
escritor, estilista e ilustrador Edward Gorey (1925 – 2000). Desde cedo
fascinado por todo o género de arte visual e pela música contemporânea, com o
jazz a surgir no topo da lista, assume esse rumo numa fase inicial da sua
formação académica. Porém, descobrindo e aprofundando a poesia, provavelmente
graças ao encontro com aquele que viria a ser um dos seus amigos de sempre,
John Ashbery (1927 – 2017), O’Hara muda de curso e forma-se, no ano de 1950, em
Língua Inglesa. Entusiasta convicto da obra de Réverdy, Mallarmé, Rimbaud e
Pasternak, entre outros, teve os seus primeiros poemas publicados neste
período, na revista de artes que a Faculdade então editava. No ano seguinte, já
na Universidade de Michigan, graças a uma bolsa de estudo que adquiriu por
nomeação, O’Hara completa o mestrado em Literatura Inglesa.
Muda-se para Nova Iorque ainda no
mesmo ano, a cidade que irá ilustrar um considerável número de poemas seus,
captando-a no máximo da sua intensidade e movimento. Porém, O’Hara não se
dedicará exclusivamente à poesia. Vivendo agora com o poeta e argumentista Joe
LeSueur, amigo e amante ocasional, começa por leccionar na The New School,
empregando-se também no Museum of Modern Art e desempenhando o cargo de revisor
da revista de artes Artnews. A sua produção artística não cessa,
contudo: o Poet’s Theatre, em Cambridge, encena duas peças de sua autoria.
Seria o prenúncio dum caminho mais
firme na área literária, sem dúvida. Assim, no ano seguinte, publica o seu
primeiro livro de poesia: A City Winter and Other Poems. O livro foi bem
aceite e elevou o autor a novos patamares, ele que granjearia firme notoriedade
no panorama cultural e artístico de Nova Iorque.
Graças ao seu trabalho no famoso
museu, do qual seria mais tarde curador, O’Hara privou de perto com diversos
artistas de diversas disciplinas, muitos deles referidos nos seus poemas. Sendo-lhe
fácil promover encontros entre tais autores, fomentou o intercâmbio de ideias e
o desenvolvimento de renovadas expressões artísticas — tendo por base a
inspiração do jazz, do surrealismo e, dentre outros, do expressionismo
abstrato. É por esse motivo que em teoria se considera O’Hara o mentor da
chamada Escola de Nova Iorque, precisamente pelo seu profundo envolvimento em
diversas áreas (música, cinema, teatro) e a constante estimulação na troca de
ideais de criação com vários artistas — muitos deles, anos depois, tornar-se-iam
nomes de proa no panorama cultural norte-americano. Mesmo que não se tenha tornado
propriamente uma corrente literária, ao contrário da afamada geração Beat, é
impossível lembrar a história artística nativa de Nova Iorque sem citar este
movimento que revolucionou a época.
Já na década de sessenta, O’Hara
torna-se editor de arte da revista Kulcher e tem a sua primeira
colaboração em Hollywood, no filme The Last Clean Shirt (A Última Camisa
Limpa). Nesse momento já vivia com o bailarino canadiano Vicent Warren (1938 –
2017), seu companheiro até à morte e ao qual dedicou diversos poemas. A sua
produção poética continua, pois, e livro após livro vai logrando o delinear duma
obra estável e de substância considerável. Paralelamente, o seu lado de
dramaturgo permanece inspirado, e novas peças são encenadas com relativo
sucesso.
Regista nova colaboração num filme
de Al Leslie, o Philosophy in the Bedroom (Filosofia no Quarto), em
1965, mas no ano seguinte um bizarro acidente ceifa-lhe prematuramente a vida.
Foi nas primeiras horas do dia vinte e quatro de julho: O’Hara e alguns amigos
encontravam-se na praia de Fire Island, no estado de Long Island, junto do
veículo que os transportava, por este se ter avariado em plena praia, de
madrugada, quando um jipe o atropela. De pronto hospitalizado, O’Hara faleceria
no dia seguinte. Os amigos que o acompanhavam levaram o caso à justiça, mas
nenhuma condenação foi conseguida. No dia do funeral, precisamente em Long
Island, vários dos seus amigos artistas compareceram e prestaram elogios
fúnebres, um dos mais célebres a ser dito por Larry Rivers (1923 – 2002), ilustrador,
músico e realizador, amigo de longa data com quem manteve um relacionamento amoroso.
Deixa-nos uma obra curta, à
semelhança de muito outros autores que marcaram décadas e gerações. A poesia de
O’Hara teve o condão de dar um importante contributo ao género, imprimindo um
imediatismo então pouco usual, a captação da vida urbana tal como acontecia, no
seio da sua cintilante azáfama e deliciosa confusão. Porém, foi quase sempre
uma poesia pessoal, escrita em tom diarístico, intensa e efervescente, mas
ainda assim capaz de elevar o banal, a rotina, o óbvio que nos passa
diariamente despercebido a um nível de poesia efectiva. Como o poeta Ted
Berrigan considerou: “(…) O’Hara podia criar uma forma de descobrimento das
emoções inteiramente nova e assim um tipo inteiramente novo de poesia (…) no
qual tudo podia ser o que era e ainda ser poesia.”
Frank O’Hara é um poeta urbano,
essencialmente, cómico e irónico numa linha de grande despreocupação — a
descontração que parece discorrer de quem nada leva a sério, de quem ama e
sofre ciente da inutilidade de tudo, mas ao mesmo tempo certo da importância de
cada momento fugaz — até quando não é vivido na sua totalidade. Agrega toda a
realidade apreendida no corpo do poema: lugares, pessoas, efemérides,
pensamentos — dando-lhe um sólido dinamismo, uma vitalidade tal que frequentemente
lembra Walt Whitman, com uma intensão por várias vezes descodificada como
celebrativa. Não possui uma obra muito extensa em Portugal, mas um dos seus
tradutores, precisamente o autor das versões portuguesas dos poemas aqui
selecionados, refere: “A fluidez e gratuitidade da vida urbana contemporânea
(…), a sua insensatez e banalidade (…) são resgatados pela intensidade do
esforço de ver.”
A sua poesia nasce da observação e
vive da circunstância, e tende a abstrair-se de julgamentos pesados, aceitando
simplesmente o que vê e capta, expresso em verso livre e amiúde longo, de
construção simples e corrida, pleno de expressões coloquiais. A importância
dada a este aspecto, que na sua poesia constitui o primeiro passo de criação,
foi admitida pelo próprio: “a mais pequena desatenção conduz à morte”. Precisamente
por não ter incorrido nesse engano, a sua obra chega-nos com toda a propriedade,
e bem digna é, solta e fresca. Mesmo sendo testemunha dum tempo já esgotado na
eterna corrente das estações, salta-nos ao olhar satisfatoriamente viva e
palpitante.
Em 1972 foi-lhe outorgado, a
título póstumo, o National Book Award por uma colecção de poemas seus editada
por Donald Allen. Mais recentemente, em 2014, foi descerrada uma placa comemorativa
num dos apartamentos que habitou enquanto viveu em Nova Iorque, na 9th Street,
muito justamente honrando a memória dum poeta indubitavelmente desmerecedor das
duras friezas do implacável e sempre ingrato esquecimento colectivo.
Notas
* Tradução de José Alberto
Oliveira (Vinte e cinco poemas à hora do almoço. Assírio & Alvim,
1995). Notas adicionais de Pedro Belo Clara.
1 Edwin Orr Denby (1903 – 1983) foi um
crítico de dança norte-americano que também se aventurou nos campos da
tradução, da poesia e do romance.
2 Giulia Masina (1921 – 1994) foi uma
célebre actriz italiana, esposa do não menos famoso Federico Fellini, que
realizou vários filmes onde a bela actriz entrou. Charlie Chaplin chegou a
admitir que Giulietta foi a actriz que mais o comoveu.
3 Fellini (1920 – 1993) foi um dos
maiores cineastas de sempre, realizador e argumentista (por vezes) de grandes
clássicos como La Dolce Vita. Venceu quatro Óscares na categoria de Melhor Filme Estrangeiro, um recorde que ainda perdura.
4 Referência a Violet R. Lang, carinhosamente
conhecida por “Bunny”. Foi uma poetisa e dramaturga norte-americana, falecida
com apenas trinta e dois anos, vítima dum linfoma de Hodgkin. O’Hara era um seu
amigo íntimo, e Bunny até participou na sua primeira peça de teatro, estreada
em 1951. Após a inesperada morte, O’Hara escreveu uma série de poemas em
memória da amiga.
5 Um conhecido letrista e escritor de
teatro musical americano nascido em Baltimore, em 1917, e falecido no Vermont,
vítima de ataque cardíaco, em 1956 — precisamente o ano em que O’Hara escreveu
este poema.
6 Paul Jackson Pollock (1912 – 1956)
foi um dos maiores artistas plásticos norte-americanos, pioneiro do movimento
expressionismo abstracto. Destacou-se pelo seu peculiar modo de pintar,
utilizando uma técnica que consistia em verter ou salpicar tinta numa
superfície horizontal, o que lhe permitia ver e pintar a sua obra de todos os
ângulos possíveis. Faleceu vítima de um acidente de viação, enquanto conduzia
sob o efeito do álcool.
7 Réverdy (1889 – 1960) foi um poeta e
crítico francês com ligações ao Surrealismo, Dadaísmo e Cubismo, ainda que se
tenha esforçado por conseguir uma obra fora de qualquer dessas designações.
Contudo, a sua influência nessas correntes é inegável. Manteve uma relação
longa e profunda com a célebre Coco Chanel e era, indiscutivelmente, um dos
poetas favoritos de O’Hara.
8 Dubuffet (1901 – 1985) foi um pintor e
escultor francês que granjeou grande fama tanto no seu país natal como nos
Estados Unidos. Foi o fundador do movimento Art Brut, um estilo de
criação naïve que se focava absolutamente nos impulsos criativos do
artista, com total ausência de planeamento prévio.
9 Foi uma artista francesa, de origem
russa, nascida em 1885 e falecida em 1979, tendo-se destacado não só na pintura
como também na moda. Foi co-fundadora do movimento Orfismo, que se caracterizava
pelo uso de cores fortes em expressão geométrica abstrata.
10 Um destacado compositor e pianista
norte-americano que dirigiu a sua própria orquestra desde inícios dos anos 20
até à sua morte, em 1974, com setenta e cinco anos.
11 Nikita Khrushev (1894 – 1971) foi secretário-geral
do Partido Comunista Soviético e posteriormente Primeiro-Ministro daquele país.
Era quem liderava a antiga União Soviética durante o período mais tenso de toda
a Guerra Fria: a Crise dos Mísseis de Cuba, em 1962.
12 Uma socialite da época.
13 Provável referência a Eugène
Ionescu (1909 - 1994), dramaturgo romeno, nacionalizado francês.
14 O famoso escritor irlandês
galardoado com o Nobel em 1969. Apesar de ter escrito poesia e romance, é
decerto mais lembrado pelas suas peças de teatro — das quais “À Espera de
Godot” será o mais brilhante exemplo.
15 Pintora norte-americana, falecida
em 2008. Ligada ao movimento Expressionismo Abstracto, foi um membro importante
e activo, nas décadas de 50 e 60, da chamada Escola de Nova Iorque — grupo que
em teoria fora fundado por O’Hara.
16 Villon (1431 – 1463) é dos mais
famosos poetas medievais franceses e também dos mais importantes do período
pelas inovações que imprimiu no género. Encontramos no seu trabalho várias
referências às actividades criminosas que levou a cabo, muitas vezes sem intenção
premeditada, e suas lamentosas consequências. Homem dado a uma existência
atribulada, foi dado como morto em estranhas circunstâncias, sem que o seu
corpo fosse encontrado.
17 Famosa actriz, dançarina e cantora
norte-americana, um dos símbolos da época dourada de Hollywood. Ficou na
história a sua dupla de sucesso com Fred Astaire. Ganhou um Óscar de Melhor
Actriz em 1940 pelo seu papel em Kitty Foyle. Faleceu em 1995, aos
oitenta e três anos.
18 Actriz norte-americana, ícone do
glamour de Hollywood, especialmente durante a década de 40. Ao longo de
cinquenta anos de carreira vários papéis concederam-lhe fama, para a qual
também terá contribuído o facto de ter sido casada sete vezes. Faleceu aos setenta
e quatro anos, em junho de 1995.
19 Greta Garbo (1905 – 1990), nome
maior do cinema americano, foi uma actriz de origem sueca, mais tarde
naturalizada estado-unidense. Esteve três vezes nomeada para o Óscar de Melhor
Actriz, mas nunca chegou a arrecadar o ilustre prémio.
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