Boletim Letras 360º #437
DO EDITOR
1. Caro leitor, uma novidade o
aguarda para breve: a estreia de Lourenço de Almeida Duarte como colunista
deste blog. É uma terceira — e certamente enriquecedora — presença lusitana
nesta casa.
2. Na linha seguinte, reafirmo o
pedido de ajuda para nossa caixinha de doações a fim de custear as despesas de
domínio e hospedagem online do Letras.
3. Você pode adquirir um dos
livros neste bazar. Caso não se interesse pelos livros, saiba, a partilha é já
uma ajuda. Caso sim e não disponha de conta no Facebook, pode solicitar a lista
através do nosso e-mail informado a seguir.
4. Ou pode colaborar com doações
avulsas via PIX e com qualquer valor; basta nos contatar pelo e-mail
blogletras@yahoo.com.br ou por uma das nossas redes sociais.
5. A todos que de alguma maneira ajudaram até agora, reiteramos publicamente
nossos agradecimentos. Obrigado pela companhia!
Pablo Katchadjian. Foto: Télam. |
LANÇAMENTOS
Uma visita à dramaturgia disruptiva de Heiner Müller.
Sete temas diferentes em sete
capítulos interligados e atravessados pela dramaturgia disruptiva de Heiner
Müller, um dos maiores nomes do teatro contemporâneo. Guerras Civis: Ilhas
da Desordem de Heiner Müller expõe o desafio que a palavra impressa propõe
ao teatro moderno, ao mesmo tempo que demonstra a capacidade pedagógica e
libertadora que as formas de enfrentar esse desafio assumem. O livro traz a
tradução para o português de uma peça curta do dramaturgo alemão, e em seguida
aborda a relação estética entre o vanguardista Müller e Gotthold Ephraim
Lessing, pensador alemão do século 18, em certa medida, um antecipador do
romantismo. E ainda detalha a experiência da própria autora numa montagem com
seus alunos-atuantes. Ingrid D. Koudela nos descortina o desafiador, e por
vezes caótico, percurso de transformação da palavra escrita que se desdobra no
tempo e no espaço cênicos em oralidade viva e gestual, ao mesmo tempo que nos
introduz à obra do grande dramaturgo alemão Heiner Müller (1929-1995), e à
pedagogia teatral. O livro é publicado pela editora Perspectiva.
A partir de Graciliano Ramos,
livro investiga um momento único na história do intercâmbio artístico entre
Portugal e Brasil.
Momento em que, ao contrário dos
séculos anteriores, a literatura brasileira, sobretudo o romance de 1930,
exerceu ascendência sobre os escritores lusos. No caso específico do
paradigmático Graciliano Ramos, se, de modo mais recorrente, investiga-se a influência
que Eça de Queiroz teve sobre a perspectiva crítica e a produção romanesca do
escritor alagoano, privilegia-se, aqui, o caminho oposto: as ressonâncias do
autor de Vidas secas e, em chave mais ampla, do livro brasileiro na
terra de Camões, entre as décadas de 1930, 1940 e 1950. Para tanto, Thiago Mio
Salla recupera e analisa um leque amplo e desconhecido de documentos — artigos
de jornais e revistas, cartas, dedicatórias em livros, manuscritos, relatórios
de censura, contratos entre editoras etc. —, de modo a reconstituir e a matizar
as diferentes facetas de tal contexto complexo em que se pode observar a
inversão do vetor cultural entre o Brasil e sua antiga metrópole. Graciliano
na terra de Camões tem prefácio de José de Paula Ramos Jr. e é publicado
pela editora Ateliê em parceria com a Nankin Editorial.
A editora Autêntica reedita a
Epopeia de Gilgámesh.
Os poemas que narram os feitos de
Gilgámesh estão entre os mais antigos registros literários que conhecemos.
Escritos em sumério e acádio, eles remontam a mais de quatro mil anos, sendo
anteriores a Homero, a Hesíodo e aos textos bíblicos. A versão clássica do
poema foi composta, ao que tudo indica, no século XIII a.C., sendo sua autoria
atribuída ao sacerdote-exorcista Sin-léqi-unnínni. Neste longo poema
encontramos reflexões profundas sobre o homem e o mundo — além de motivos que
aparecerão em narrativas posteriores, como a criação da humanidade a partir de
argila e o dilúvio, com a construção de uma arca para salvar homens e animais. Recuperado
em tabuinhas de argila, na escrita cuneiforme, em achados que se estendem de
1872 a 2014, a versão clássica da Epopeia de Gilgámesh apresenta ainda várias
lacunas, uma parte das quais é possível preencher com o que dispomos das
versões a ela anteriores. É o que se faz no texto aqui traduzido do acádio por
Jacyntho Lins Brandão, o qual oferece ao leitor brasileiro a mais ampla
reconstrução do poema.
Obra de Ortega y Gasset inédita
no Brasil marca a visão e perspicácia intelectual do filósofo para tirar, das
situações mais diversas, noções antropológicas e lições existenciais.
Uma das qualidades mais distintas
de um verdadeiro filósofo é sua capacidade de refletir a partir dos fenômenos
concretos que o cercam. Longe de trancar-se em uma torre de marfim, Ortega y
Gasset é um espanhol de seu tempo capaz de filosofar a partir dos esportes
populares do espanhol de seu tempo: a caça e as touradas. Publicada
postumamente em 1960, e agora pela primeira vez no Brasil, a seleção de textos
pode parecer arbitrária: o prefácio para um livro de caça, um epílogo sobre
touradas e seu rascunho, um discurso, uma carta e um artigo de jornal. Mas a
arbitrariedade é aparente. O fio condutor de A caça e os touros é o
olhar atento e a perspicácia intelectual do filósofo para tirar, das situações
mais diversas, noções antropológicas e lições existenciais que falam a todos os
homens de todos os tempos. Organizado por Thomaz Perroni, a tradução brasileira
publicada pelo selo Vide Editorial é de Melissa Solórzano Guterres.
Um segundo livro do argentino
Pablo Katchadjian no Brasil.
O que fazer lança uma dupla de
protagonistas em aventuras absurdas que começam quando um aluno de uma
universidade inglesa faz uma pergunta impossível de responder. A partir daí são
desencadeadas situações que se bifurcam, a cada momento com uma nova e
inesperada dificuldade. Adegas, trincheiras, discotecas, lojas, bancos, barcos,
aeroportos e pontes são os cenários onde se alternam estudantes, bêbados,
soldados, velhas que cantam, mulheres nuas e fascistas. Enredo caleidoscópico,
fractal ou mosaico. Análise combinatória aplicada à narrativa? Aventuras num
desenho animado surrealista? Poesia em prosa, notas oníricas, a música, o
canto, a guerra, a política. Pablo Katchadjian reúne neste livro todos esses
traços ficcionais e metaficcionais para compor um veloz e versátil
romance-artefato. Publicado em 2010, este livro é, nas palavras do crítico
Damián Tabarovsky, um verdadeiro “tour de force” e uma das coisas mais
interessantes da literatura argentina contemporânea, “o grande romance
contemporâneo da expansão do sentido, de sua amplificação, de sua mutação”.
Sobre este livro, Tabarovsky escreveu também que ele “se movimenta com
perfeição na herança do nonsense, na tradição de Queneau, no jogo de palavras,
no humor radical, na engenhosidade. O livro de Katchadjian é um desses raros
romances que satisfazem ao leitor mais inteligente”. A tradução é de Wladimir
Cazé e é publicada pela Relicário Edições.
Constança, a musa de Alphonsus
de Guimaraens.
Se a arte imita a vida ou
vice-versa, a verdade é que esta é uma daquelas histórias de amor que
atravessam os anos ou mesmo os séculos, eternizada na pena de um poeta.
Constança Guimarães, filha mais nova do escritor Bernardo Guimarães, viveu
apenas 17 anos — veio a falecer em 1888, vítima de tuberculose —, mas deixou
marca profunda em seu noivo (e primo) Alphonsus de Guimaraens, que se tornaria
um dos maiores autores brasileiros e cuja obra ficou marcada pela presença
constante dessa eterna musa em cada um dos seus livros, notadamente nos sonetos
de Dona Mística, de 1899, e na Pastoral aos crentes do amor e da
morte, de 1923. O roteiro da história adquire um contorno ainda mais
dramático, quase novelesco: Alphonsus se casou em 1897 com Zenaide de Oliveira,
tiveram 15 filhos e batizaram a mais nova, nascida em 1920, com o nome de
Constança. A menina viveu apenas um ano, falecendo em maio de 1921, e o poeta
morreu pouco depois, em julho, aos 51 anos de idade. Neste livro, Afonso
Henriques Neto resgata o romance de juventude do avô e nos revela essa
personagem fascinante, que impressionou o imperador D. Pedro II por sua beleza
na adolescência e se mostra uma moça já madura nos seus escritos, com
preocupações abolicionistas e republicanas entremeadas por um nítido gosto pela
leitura. Os poemas de Alphonsus e as cartas deixadas por Constança ajudam a
compor essa bela história de amor que sobrevive ao tempo. A tulipa azul do
sonho (Constança, a musa de Alphonsus de Guimaraens) é publicado pela
editora 7 Letras.
Um segundo livro de Hoda
Barakat ganha tradução no Brasil.
Niqula Mitri, o narrador e
protagonista deste romance, é um homem solitário que percorre a cidade de
Beirute, devastada pela guerra, recordando as histórias de seu pai e de sua mãe
egípcia, sua relação com a amada Chamsa, e vários episódios da história
universal que costuram, em sínteses vertiginosas, o seu amor pelos tecidos.
Niqula herda do seu pai não apenas uma loja, mas uma espécie de código têxtil,
uma lente pela qual ele pode compreender o mundo. Hoda Barakat construiu, em O
arador das águas, uma obra-prima da narrativa que, como um tear, sobrepõe,
em distintas cores, tempos, histórias, conhecimentos e memórias. Tudo isso
amparado por uma urdidura de intensa força poética. A tradução é de Safa
Jubran. E a edição será publicada pela editora Tabla.
Em uma narrativa tanto
introspectiva quanto brutal, Antônio Xerxenesky nos faz encarar os traumas do
passado, mas, principalmente, o medo do futuro.
Nicolas, um jovem psiquiatra francês,
é convidado para trabalhar na Suíça logo após o fim da Segunda Guerra Mundial.
Junto da esposa Anna, ele se muda para um pequeno vilarejo, próximo ao hospital
psiquiátrico onde vai trabalhar. O lugar, conhecido por seus métodos
humanizados de tratamento, recebe internos de toda a Europa. Resistindo a
prescrever tratamentos como o eletrochoque, Nicolas conversa com seus pacientes
até que algo seja descoberto — tanto no inconsciente do doente quanto no do
próprio médico. Assim, diversas feridas de guerra vêm à tona, em um jogo
delicado que mistura confiança e loucura. Tendo como pano de fundo o
contexto de desenvolvimento das primeiras drogas contra a depressão e outras
doenças psíquicas, Antônio Xerxenesky constrói um romance tocante sobre os
traumas, o passado e a possibilidade de ser feliz apesar do sofrimento.
Livro de Gonçalo M. Tavares
reúne três narrativas situadas em diferentes capitais da Europa oriental.
Três narrativas distintas, que se
passam em diferentes capitais da Europa oriental, compõem o mais novo livro do
escritor Gonçalo M. Tavares, Bucareste‑Budapeste: Budapeste‑Bucareste,
lançado agora no Brasil pela Editora Oficina Raquel. O escritor português é um
dos mais destacados da atualidade, tendo livros traduzidos em cerca de
cinquenta países e uma variedade de prêmios no currículo, como Oceanos, o José
Saramago e o Prix du Meilleur Livre Étranger (com Aprender a rezar na Era da
Técnica) — premiação francesa que já consagrou autores como Gabriel García
Márquez, Philip Roth e Orhan Pamuk. É em meio a tamanho reconhecimento que o
autor de cinquenta anos de idade retorna às livrarias brasileiras, com mais uma
obra atravessada por sua escrita original e ácida, por vezes sarcástica,
trazendo em mãos narrativas ambientadas em Bucareste, Budapeste, Belgrado e
Berlim.
Obra de Sigmund Freud inédita
no Brasil revela dimensão familiar do pai da psicanálise.
Cartas aos filhos oferece aos leitores uma faceta pouco conhecida do chamado “pai da
psicanálise”. Nesta obra, estão reunidas cartas trocadas por Freud com cinco de
seus seis filhos — Mathilde, Martin, Oliver, Ernst e Sophie, além de genros e
noras —, por meio das quais é possível conhecer o lado mais íntimo e familiar
do grande psicanalista. Esta reunião de cartas revela Freud como pai presente,
envolvido e preocupado com as situações vividas por seus filhos, que sempre os
respeitou com ternura e humor. A vida cotidiana dessa figura histórica fica em
evidência, sua capacidade de orientar e aconselhar, sem apresentar tom
moralizante, e seu empenho em manter uma unidade familiar, que tanto tinha
importância para ele. Cartas aos filhos é ilustrado por fotos raras
da família Freud e pode ser considerado um documento da história contemporânea,
que serve como aparato para a compreensão dos escritos. Com tradução de Georg Otte e Blima
Otte, o livro é publicado pela editora Civilização Brasileira.
REEDIÇÕES
Nova edição de O amante da China
do Norte, de Marguerite Duras.
No início do século XX, a região
do Sudeste Asiático hoje dividida entre Vietnã, Laos e Camboja era uma colônia
francesa — a Indochina. Nessa época, nesse lugar, uma adolescente branca,
nascida numa família pobre e disfuncional, conhece um chinês rico e mais velho,
dando início a uma relação tão intensa quanto ambígua, movida a paixão e
dinheiro, amor e tragédia, ao mesmo tempo proibida, libertadora e destrutiva.
Já no fim de sua vida, Marguerite Duras revisita uma de suas obras-primas, O
amante, narrativa de fortes tons autobiográficos. O amante da China do
Norte é um romance que, com uma honestidade brutal, reflete sobre juventude
e o desejo pelo olhar da maturidade. A nova edição tem prefácio de Veronica
Stigger e é publicada pela editora Nova Fronteira. A tradução é de Denise Rangé
Barreto.
Reedição do romance com o qual
William Faulkner recebe o prêmio Pulitzer e o National Book Award.
Primeira Guerra Mundial. Três mil
soldados de um regimento francês se amotinam, recusando-se a lutar. Os
alemães, em vez de aproveitarem a situação para atacar, também abandonam as
armas. Em pouco tempo, o silêncio se espalha por todas as trincheiras: nenhum
tiro é disparado no front ocidental. Pode uma guerra ir à frente sem que dois
lados estejam dispostos a matar e morrer? O norte-americano William Faulkner
dedicou uma década à escrita deste romance alegórico e multifacetado. Tido pelo
próprio autor como sua mais completa realização, recebeu o prêmio Pulitzer e o
National Book Award, mas foi incompreendido por parte da crítica na época de
seu lançamento. Hoje, entretanto, vem sendo aclamado como uma das obras-primas
de Faulkner — um dos grandes livros de um dos maiores escritores do século XX.
Apresentando uma visão lúcida e impiedosa não só dos horrores da guerra como de
toda a humanidade, Uma fábula é um romance que provoca e recompensa.
Esta edição conta com a excepcional tradução de Olívia Krähenbühl e é publicada
pela editora Nova Fronteira.
Nova edição de Pessach: A
travessia, de Carlos Heitor Cony.
Um escritor que, no dia do seu
aniversário, de repente se descobre dentro de um conflito. O cenário é o Brasil
de 1966, dois anos depois do golpe militar e quase véspera do AI-5. Sim, Carlos
Heitor Cony estava atento à direção dos ventos, à nova situação climática que
enfrentaria, como poucos, na linha de frente — tanto como cronista engajado
quanto como romancista, sobretudo quando escreveu este Pessach: A travessia,
um de seus livros mais famosos.
DICAS DE LEITURA
1. Encaixotando minha
biblioteca, de Alberto Manguel. Na edição 431 deste Boletim, noticiamos a
chegada às livrarias brasileiras desse novo livro do escritor argentino.
Por esses dias, recebemos mais este magnífico trabalho e logo o colocamos para
as recomendações nesta seção — sabendo que qualquer obra de Manguel é sempre
indispensável aos amantes do objeto livro e das discussões sobre o seu valor
na cultura e formação humanas. Como sugere o título traduzido por Jorio
Dauster e publicado pela Companhia das Letras, o ponto de partida aqui é a mudança
(mais uma) de uma biblioteca com cerca de 35 mil volumes entre a França e Nova
York, onde Alberto Manguel passaria a morar a partir do verão de 2015. Os
textos aqui reunidos se situam em torno da memória do seu autor com os livros,
não apenas de seu vasto acervo mas dos lugares que guardam tantas outras peças
do gênero de valor incomensurável. O seu interesse? Como ele próprio já disse: a
ressalva acerca da importância do livro para algum ideal de civilização que construímos.
2. Fim de uma viagem, de Heinrich
Böll. A obra do escritor Prêmio Nobel de Literatura em 1972 ganhou algum vulto
entre nós com a tradução de um de seus romances para a Carambaia. Mas, muito
antes disso, outros títulos chegaram a circular por aqui e já agora
encontram-se naquela zona neutra do esquecimento no catálogo das editoras — nesse
caso, da Companhia das Letras, talvez uma das casas editoriais brasileiras com
o catálogo mais robusto mas infelizmente entregue a tão cedo não voltar à luz.
Neste livro traduzido por Reinaldo Guarany, acompanhamos o desenvolvimento e o
desenlace de um acidente proposital, assumido e sem quaisquer resistências, pelos
seus autores: a queima de um jipe do exército por Gruhl, reconhecido e querido
marceneiro no seu vilarejo e o filho, saído da corporação como ex-combatente há
poucos dias. Com riqueza de detalhes, a narrativa labiríntica, sempre capaz de
revelar um inesperado a cada entrada, é uma profunda leitura acerca das relações,
próximas ou distanciadas, numa comunidade, entrevista aqui em todas as suas
instituições e numa circunstância muito difícil de precisar o âmbito individual
e público.
3. O vivo, de Adriana
Lisboa. A prosa literária da escritora é já reconhecida como uma das mais vigorosas
entre os autores em atividade no Brasil. O que poucos conhecem são as visitas
cada vez mais frequentes de Adriana Lisboa pela poesia. Há dois anos, a mesma
casa editorial que apresenta o livro agora recomendado nos trouxe Deriva,
que chegou às listas dos finalistas dos prêmios Oceanos e Jabuti em 2020; mas O
vivo não é o segundo e sim o quarto livro de poesia da escritora. Editado
pela Relicário Edições, aqui estão os seus poemas mais recentes que ampliam o
interesse de se situar em regiões limítrofes das formas a fim de investigar não
as possíveis rupturas, se existem, mas o convívio pelo intercâmbio de
fronteiras.
VÍDEOS, VERSOS E OUTRAS PROSAS
1. Na semana que agora termina foi
aniversário Vladimir Maiakóvski. Na galeria de vídeos de nossa página no
Facebook é possível entrar em contato com o Maiakóvski ator. Do seu terceiro
filme, Algemado pelo filme, de Nikandr Turkin, restou conservadas
algumas passagens como esta em que se mostra a personagem de Maiakóvski, o
Artista, sendo apresentada à Bailarina, Lilia Brik.
BAÚ DE LETRAS
1. Neste 24 de julho de 2021
passa-se o 110.º aniversário de Elisa Lispector. Quase sempre colocada à sombra
da irmã Clarice, pouco sabemos sobre sua obra. No ano do seu centenário organizamos
estas notas para um quase perfil da autora de, entre outros, O tigre de
bengala.
2. A lista de aniversariantes
deste dia é bastante extensa. Não vamos tratar um a um os autores. Mas, depois
de Elisa Lispector, não podemos deixar passar em branco o nascimento de Antonio
Candido. Sobre ele, recordamos dois textos: este sobre a fotobiografia editada
pela Ouro sobre Azul; e este, de Guilherme Mazzafera, sobre a Ocupação no Itaú
Cultural em 2018.
3. No dia 25 de julho, celebramos
o Dia do Escritor. A seção Os escritores, que reúne uma extensa variedade de
nomes, pode ser um dos bons lugares de visitação aqui no Letras. Mas, deixamos
dois textos de 2017 que questionam sobre a partir de quando alguém que escreve
se converte num escritor; aqui e aqui, por ordem de apresentação.
* Todas as informações sobre lançamentos de livros aqui divulgadas são as oferecidas pelas editoras na abertura das pré-vendas e o conteúdo, portanto, de responsabilidades das referidas casas.
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