Boletim Letras 360º #420
DO EDITOR
1. Saudações, caro leitor! Estas foram
as notícias apresentadas durante a semana na página do blog Letras in.verso e
re.verso no Facebook e o conteúdo das demais seções de leitura criadas em
momento posterior à existência deste Boletim. Obrigado pela companhia! Espero
que você esteja, dentro do possível são e seguro. Boas leituras!
Grazia Deledda. Um novo romance da escritora italiana é publicado no Brasil pela editora Moinhos. |
LANÇAMENTOS
Um conjunto de ensaios de
Michael Löwy que perfaz uma relação entre duas correntes importantes das artes.
Michael Löwy, como um rastro de
luz rasga a cúpula celeste. O cometa incandescente. Romantismo, surrealismo,
subversão" reúne um conjunto de ensaios e fragmentos cujo fio condutor
traça a relação entre a “melancólica revolta romântica e a aventura surrealista
em busca do ouro filosófico do tempo”. Peças de um “jogo mágico com a
linguagem”, como diria Walter Benjamin, se espalham nesta edição por
iluminações profanas nos territórios da magia, cabala, a cultura
revolucionária, as artes selvagens, o erotismo incendiário e tantos outros;
assim como nas pulsantes constelações de estrelas surrealistas que unem os
pontos cardeais, de todos os cantos do mundo, num só objeto: o livro. São
pistas até a pergunta: “qual é a relação entre surrealismo e romantismo?”. A leitura
d’O cometa incandescente é encantada, afinal se expande por encontros
revelatórios com pessoas, cidades, acontecimentos em conformidade com o
espírito surrealista. Publicado pela editora 100/Cabeças, o livro tem tradução
de Diogo Cardoso, prefácio de Alex Januário e ilustrações de Guy Girard.
A editora Moinhos publica um
segundo romance de Grazia Deledda.
O livro narra a história de Elias
Portolu, que havia sido preso por pequenos furtos. Ao voltar para casa, é
acolhido pela família, com a mãe, em particular, cumprimentando-o, na esperança
de que a prisão lhe tenha ensinado uma lição e que deixe de beber e de conviver
com más companhias. Durante sua ausência, seu irmão mais velho, Pietro, ficou
noivo de Maddalena, que Elias nunca conheceu. Todo mundo fala muito bem dela.
Na festa realizada para comemorar a volta de Elias, Pietro e Maddalena não
compareceram. Quando eles finalmente aparecem e Elias conhece Maddalena, ele se
apaixona por ela imediatamente. O resto do livro trata das consequências dessa
ação. Pode parecer um simples romance, mas a escrita de Deledda, cheia de
tensões, faz com que o leitor vire as páginas incessantemente desejando saber o
que vai acontecer. Com tradução de William Soares dos Santos, que esteve na
final do Jabuti de 2020, com outro livro de Deledda, A cidade do vento, Elias
Portolu é o segundo livro da autora publicado pela editora Moinhos.
Neste ensaio brilhante, Devorah
Baum reflete sobre as piadas judaicas, o que as diferencia, por que são
importantes para a identidade judaica e como funcionam.
A piada judaica é tão antiga
quanto Abraão e, como os próprios judeus, ela vagou pelo mundo, aprendeu
inúmeras novas línguas, fez uso de uma variedade de materiais diferentes, foi
encenada na frente de multidões hostis, mas mantendo sempre as suas próprias
peculiaridades. E assim, o que anima a piada judaica? E quão antiga pode ser
uma piada? Qual é o motor da piada judaica? Por que os judeus são tão
frequentemente considerados “engraçados”? E quão? Neste ensaio brilhante,
Devorah Baum reflete sobre as piadas judaicas, o que as diferencia, por que são
importantes para a identidade judaica e como funcionam. Com piadas de Woody
Allen, Lena Dunham e Jerry Seinfeld, bem como Freud e Marx (Groucho
principalmente), este é um volume que é um compêndio e um comentário leve e
penetrante. A tradução de Pedro Sette-Câmara
para A piada judaica é publicada pela editora Âyiné
Mundo Barbie, uma das mais
completas críticas ao governo dos corpos sob o capitalismo.
Quando jovem meus modelos
inspiracionais se resumiam à minha Barbie mergulhadora, que eu fingia soldar
cascos de navios cargueiros, e Buffy, a Caça-Vampiros. Amava os looks e a
eficiência. É assim que crianças aprendem sobre cadeias de produção: sim, toda
Barbie é um comentário sobre geopolítica. Aprendi com minha mãe — talvez, tenha
sido Cher Horowitz, já não sei — que se minha Barbie soldava cascos de
cargueiro, o fazia para garantir que outras chegassem aglutinadas em
containers, especialmente aquele rosa, da Ocean Network Express; para isso, eu
também poderia ter lido Mundo Barbie de Denise Duhamel. Mas isso é só um
lado da moeda, Barbies são multifacetadas, hoje vêm em diversas cores, talvez
em diversos tamanhos, embora não tão diversos assim, afinal, é preciso manter o
dinheiro circulando e a Barbie é a garota propaganda por excelência da
bilionária indústria plástica (de todas elas, que são duas: a que produz
plásticos e a que corta corpos). Lembrando que alguns chamam de procedimentos
estéticos, ato que envolve um bisturi e a modelagem de corpos, Sérgio Buarque
de Hollanda, de cordialidade. Barbies são cordiais — ou devem ser. Talvez
cordialidade seja algo como desejar mesmo quando lhe arrancaram fora as
genitálias em um procedimento estético: “O clitóris e os pequenos e grandes
lábios / seriam os próximos a desaparecer. E sua vagina / tinha sido costurada,
depois que os ovários / foram arrancados. Para Barbie / era impossível parir.”
Inocentemente esfregamos as genitálias sem órgãos de Barbies e Kens, ou de
Barbies e Barbies, sem saber que ela nunca precisou disso: uma troca de cabeças
seria o suficiente, talvez, o fim do mundo — porque é ok ser ambiciosa também. É
assim que aprendemos sobre perversão e desejo aos 5, e sobre máfia, de novo,
looks e eficiência. É tudo sempre sobre looks, neste mundo, especialmente a
máfia. Portanto, Mundo Barbie, que saiu dois anos antes de Sopranos e
dois anos depois de Toy Story, é uma das mais completas críticas ao governo dos
corpos sob o capitalismo. Sigo montando meu guarda-roupa ao estilo Tony
Soprano. A tradução do livro de Denise Duhamel é realizada por Miriam Adelman,
Julia Raiz e Emanuela Siqueira; a publicação das Edições Jabuticaba.
Fruto de vinte anos de
pesquisa, esta é a biografia definitiva da icônica arquiteta — um ofício até
hoje dominado pelos homens — responsável por alguns dos principais marcos da
construção no Brasil.
Lina Bo Bardi foi uma mulher
corajosa e perspicaz, e seu legado como arquiteta e intelectual pública é
notável. Em 2021 foi homenageada com o Leão de Ouro Especial da Bienal de
Veneza, mas sua odisseia pessoal é relativamente pouco conhecida. Lina, que
nasceu em Roma em 1914 e faleceu em São Paulo em 1992, passou a vida em
trânsito, navegando pelas contingências de gênero, geografia, história,
política e diferentes visões de mundo. Lutou por sua independência e por
reconhecimento pessoal, enquanto se debatia com a solidão de viver na
alteridade das convenções sociais e intelectuais da época e dos lugares que
ocupou. Lina Bo Bardi: O que eu queria era ter história é resultado de
vinte anos de pesquisa de Zeuler R. Lima e traz um olhar inédito e sensível
sobre a vida e a personalidade dessa mulher fascinante, com uma narrativa
saborosa e uma série de fotografias e desenhos da arquiteta. O livro é
publicado pela Companhia das Letras.
REEDIÇÕES
Reedita-se livro que reúne as
várias lendas que constituem a utopia.
Toda utopia é um produto
histórico, válvula de escape para frustrações, deficiências e angústias.
Cocanha, por exemplo, é uma terra imaginária onde há fartura, ociosidade,
juventude e liberdade. Por corresponder a profundos anseios coletivos, essa
lenda não se restringiu à França medieval, onde surgiu. Em vez disso, enraizou-se
no imaginário de diversos povos ao longo dos séculos. Neste livro, o leitor
encontrará as diversas versões da lenda — incluindo a de São Saruê, a Cocanha
brasileira. Cocanha. Várias faces de uma utopia, livro de Hilário Franco
Júnior, é reeditado pela Ateliê Editorial.
Uma nova edição de um dos
principais livros do escritor argentino Pablo Katchadjian.
Foi este o livro que fez a estreia
de Pablo Katchadjian no Brasil pelo selo digital e-galáxia e agora a tradução
de Bruno Mattos foi revista e retorna aos leitores numa nova edição pela DBA
Editora. A liberdade total existe? A pergunta é o ponto de partida para que A
e B, protagonistas da narrativa, questionem o próprio significado da liberdade
e suas muitas implicações. Ao longo do debate, os dois transitam por um
cenário onírico e misterioso, onde se deparam com interlocutores emaranhados
em diferentes relações de poder e dominação. A liberdade total nos
mostra por que Pablo Katchadjian é um dos autores mais renomados da nova
literatura argentina. De difícil classificação, a obra combina apuro
estético, experimentação e senso de humor refinado.
Duas décadas depois, livro que
deslinda o pensamento de Sérgio Buarque de Holanda em Raízes do Brasil ganha
nova edição.
Raízes do Brasil é um
livro formador, tanto para a trajetória de seu autor, quanto para se pensar o
país. Mas nem só de homem cordial vive um livro. A malha conceitual que
sustenta a imaginação de Sérgio Buarque de Holanda é insuspeitadamente rica e
diversa. A queda do aventureiro foi o
primeiro livro (1999) inteiramente dedicado a entender Raízes do Brasil. Nesta
nova edição, o texto original foi revisto, ensaios independentes foram
acrescentados, e o resultado é um panorama não só do próprio Sérgio Buarque,
mas de muitas das entradas e esquinas que permitem compreendê-lo. A queda do
aventureiro: aventura, cordialidade e os novos tempos em Raízes do Brasil é
reeditado pela Relicário Edições.
Neste livro, o escritor
Jonathan Safran Foer propõe um debate ético sobre o consumo alimentar dos
animais.
Mais do que uma defesa do
vegetarianismo, Comer animais mostra que comer pode ser um
exercício de ética, e que uma das maiores oportunidades de viver de acordo com
nossos valores passa por aquilo que colocamos em nosso prato. Sem ditar regras,
longe de radicalismos, Foer nos estimula a buscar uma dieta mais consciente,
que respeite a nossa saúde, a dos nossos filhos e a do planeta. Ele defende o
vegetarianismo e o onivorismo com o objetivo de trazer benefícios para o meio
ambiente. O escritor também advoga um retorno aos métodos de criação, menos
traumatizantes para os bichos. Legumes ou carne, franco orgânico ou industrial?
São as decisões diárias mais simples que podem moldar — e mudar — o mundo em que
vivemos. Há muito esgotado, o livro foi reeditado pela Editora Rocco.
OUTRAS NOTÍCIAS
Mapear os múltiplos de Fernando
Pessoa. Projeto de computador identifica estilos dos heterônimos do poeta.
Um classificador de heterônimos de
Fernando Pessoa. A ideia para o Turing, um grupo de extensão formado por alunos
da Universidade de São Paulo, era usar uma máquina que, se valendo do
processamento de linguagem natural, pudesse identificar a autoria dos textos
escritos pelos múltiplos criadores estabelecidos pelo poeta português. “A ideia
surgiu a partir de um artigo discutindo a autoria do Federalist Papers — um
conjunto de ensaios publicado por Alexander Hamilton, James Madison e John Jay,
sob o pseudônimo Publius. Historiadores discutem a autoria de cada um dos 85
ensaios a partir de características textuais e outras informações pertinentes.
No artigo, são utilizadas ferramentas de pré-processamento e clusterização para
o problema de atribuição de autoria.” — explicam os mentores. A partir de então
dedicaram-se ao treinamento com a máquina a partir dos textos disponíveis no
Arquivo Pessoa; um programa depois de mapear todos os conteúdos se utiliza da
relação entre um conjunto variado de palavras recorrentes com mais frequência
em cada obra e pode então discernir entre textos seu autor com precisão de até
82,71%.
Será? Busto localizado na
igreja da Santíssima Trindade, em Straford-upon-Avon, mostra a face verdadeira
de William Shakespeare.
A afirmativa vem da acadêmica Lena
Cowen Orlin, uma das importantes autoridades sobre o bardo inglês. A escultura
que até agora se acreditava ter sido instalada no local após a morte de
Shakespeare, em 1616, é a peça-chave. Foi modelada com ele ainda em vida. A
professora e pesquisadora da Universidade de Georgetown diz que o escultor
Nicholas Johnson, fabricante de túmulos era próximo ao dramaturgo e a ausência
de documentos que comprovem sobre a fundação do memorial apontaria para o fato
de ter sido esta uma imagem escolhida pelo próprio retratado. O busto era
atribuído a Gerard Johnson. O estudo agora publicado esclarece o primeiro
Johnson mantinha oficina muito próxima ao Globo Theatre; ele mesmo trabalhou na
construção de um momento ao amigo de Shakespeare John Combe. Outro argumento
favorável é a própria data de inauguração do busto — 1623, a poucos anos da
morte do homenageado.
OS LIVROS POR VIR
A Companhia das Letras anuncia
para o segundo semestre de 2021 o início da publicação de uma nova edição de
A divina comédia de Dante Alighieri.
A nova tradução é de Maurício
Santana Dias, Pedro Falleiros Heise e Emanuel França de Brito. O primeiro livro
do tríptico — Inferno — está previsto para outubro. A edição contará com
notas dos tradutores, comentários críticos de especialistas na obra de Dante,
como Eugenio Montale, Pier Paolo Pasolini e Dante Milano, e gravuras de Evandro
Carlos Jardim.
OBITUÁRIO
Morreu o poeta Adam Zagajewski.
Adam Zagajewski nasceu em Lwów,
Polônia, a 21 de junho de 1945. Ainda criança mudou-se com a família para o
oeste do país; depois foi para Berlim, França e Estados Unidos, onde lecionou
nas universidades de Houston e de Chicago. Considerado um dos nomes mais
importantes da chamada Geração de 68 ou a Nowa fala, seus primeiros trabalhos com
a poesia se marcam pela dicção de protesto — tratamento do qual se afasta
progressivamente ao longo de sua carreira. Além de poesia, gênero no qual ficou
reconhecido, também escreveu prosa (ficção e ensaio). Pela obra, recebeu
importantes prêmios como o Princesa das Astúrias (2017). Praticamente inédito
em língua portuguesa. Dele, a editora portuguesa Tinta-da-China publicou Sombras
de sombras. O poeta morreu a 21 de março de 2021, na Cracóvia.
DICAS DE LEITURA
O boletim de reedições. No ritmo
que vamos, com o pior sempre estabelecendo seu estágio entre nós, esta será uma
realidade cada vez recorrente; desde o início da pandemia que algumas editoras
têm buscado olhar seu próprio catálogo e outras olhar para a extensa lista de
livros tornados peso de ouro pela escassez. No tom das reedições, aproveitamos esta
breve lista para recomendar três reedições deste 2021 que podem ser
fundamentais ao seu repertório.
1. Fogo morto, de José
Lins do Rego. Este talvez seja um dos romances mais conhecidos do escritor
paraibano e um dos melhores; agora em 2021, quando da reedição pela Global Editora,
casa editorial que passou a hospedar sua obra desde o ano anterior, o livro alcança
a 82.ª edição. Inovador na forma e na estrutura, com este trabalho, José Lins oferece
um rico painel acerca da derrocada dos engenhos de cana-de-açúcar no Nordeste
brasileiro noutra de suas crises (esta, por sua vez, definitiva), expondo toda
uma variedade de mazelas sociais estabelecidas com a cultura e sua ruína, com
destaque para as complexas relações de classe. Desta vez, o livro traz um texto
do sociólogo Gilberto Freyre e um depoimento do escritor Mário de Andrade.
2. Floradas na serra, de Dinah
Silveira de Queiroz. A Editora Instante começou a restabelecer a obra da escritora
paulista com a publicação de seu mais conhecido trabalho, A muralha. Mas
este é outro de seus livros que ganhou extensa fama aquando da publicação. Aqui,
a narrativa se constrói pelo cotidiano de um grupo de tuberculosos refugiados
na região montanhosa de Campos de Jordão aquando da grande epidemia da peste
branca que assolou o Brasil nas primeiras décadas do século XX. Este foi o primeiro
romance de Dinah Silveira e chegou a ser contemplado com o Prêmio da Academia
Paulista de Letras, em 1940 e adaptado para o cinema e duas vezes para a
televisão.
3. Crônica da casa assassinada,
de Lúcio Cardoso. Das reedições apresentadas até agora essa era, possivelmente
a mais esperada. O romance, um dos mais importantes da literatura brasileira do
século XX, conta dos família Meneses que, cada vez aprofundando mais o caminho para
decadência se vê envolta num complexo enredamento de situações após à chegada
de Nina à grande casa motivo sempre de orgulho para a família. A nova edição
publicada pela Companhia das Letras abre o catálogo do escritor mineiro nessa
casa editorial.
VÍDEOS, VERSOS E OUTRAS PROSAS
1. Como dissemos na seção obituário,
morreu Adam Zagajewski. Dissemos ainda sobre a escassez de sua obra no Brasil.
Mas, no blog da revista 7 faces, os leitores podem encontrar a tradução
portuguesa de três de seus poemas — aqui.
2. Neste ano passam-se os oitenta
anos do nascimento de Mahmud Darwich. Quem acompanha o Letras seja em
nossa página no Facebook ou nestes boletins sabe do trabalho da editora Tabla
na publicação da obra do poeta árabe no Brasil. Também esta casa organiza o
evento “Celebrando Mahmud Darwich”. Um dos encontros contou com a participação
de Milton Hatoum. E o próximo realiza-se no dia 30 de março, às 18h, com o
tradutor Michel Sleiman do recém-lançado Onze astros e a
editora Laura Di Pietro. Isso tudo no YouTube da editora — aqui.
BAÚ DE LETRAS
1. Neste dia 27 de março celebramos o Dia Mundial do Teatro. Daqui do blog, destacamos esta lista com a recomendação de onze peças revolucionárias para o drama moderno.
2. Neste domingo, 28 de março passa
o 85.º aniversário de Mario Vargas Llosa. É significativa a presença do
escritor peruano neste blog. Recordamos nesta seção, três textos sobre sua
obra, relacionados ao escritor ou dele próprio em traduções já apresentadas por
aqui:
a) Começamos por recordar esta lista com onze romances recomendados por Mario Vargas Llosa; aqui estão clássicos
como O coração das trevas, de Joseph Conrad a Pontos de vista de um
palhaço, de Heinrich Böll.
b) A Guerra de Canudos é
matéria de interesse para muitos pesquisadores e escritores dentro e fora do Brasil.
Dos estrangeiros, a lista conta com a presença do Prêmio Nobel de Literatura de
2010. Neste texto, Rafael Kafka comenta sobre o romance A guerra do fim do
mundo.
c) Neste texto, Mario Vargas Llosa
escreve sobre um dos seus clássicos preferidos — o já citado romance de Joseph
Conrad, O coração das trevas. A tradução foi publicada aqui no blog em
dezembro de 2007.
3. Outra data marcante no 28 de
março de 2021 é a dos oitenta anos sobre a morte de Virginia Woolf. A história
é conhecida: carregada do peso insuportável de existir, mas ainda não o suficiente
para um naufrágio, a escritora, lançou-se com pedras às águas do rio Ouse. Dos
muitos textos relacionados à escritora e sua obra, destacamos dois deles.
a) “Perdi tudo, menos a certeza da
sua bondade. Não posso continuar estragando sua vida.” Aqui, a última carta
deixada para o marido Leonard Woolf, antes o fim trágico em março de 1941.
b) Apresentado pela primeira vez
em 1917 como parte de uma coletânea de contos escrita com seu companheiro, sob
o título de Two Stories e mais tarde, em 1921, no New York como
parte de outra coletânea intitulada Monday or Tuesday. Em 2010
copiamos aqui este que um dos contos mais conhecidos de Virginia Woolf, “A marca na
parede”.
* Todas as informações sobre lançamentos de livros aqui divulgadas são as oferecidas pelas editoras na abertura das pré-vendas e o conteúdo, portanto, de responsabilidades das referidas casas.
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