Para que serve a Filosofia (?), de Mary Midgley
Por Maria Vaz Mary Midgley. Foto: Leon Harris Vivemos num tempo em que a tecnologia, a informação e, subsequentemente, o conhecimento avançam a uma velocidade vertiginosa. Por outro lado, nos dias que correm também se fala muito em especialização, na era da tecnocracia. A ciência evoluiu em vários campos, surgiu noutros que, no século passado soariam a pura magia e, com isso, teve necessárias alterações no que toca à definição de método. Da raiz etimológica que podemos ir buscar ao grego, para significar caminho, podemos dizer que, desde que percebemos que os paradigmas podem ser superados, não devíamos reduzir a ciência a empirismos demonstráveis em linha reta. Os paradigmas quebram-se, a ciência evolui da eterna nascente que é a realidade em busca de explicação. E, nesse ponto, ninguém nega a importância da ciência. Contudo, será legítimo dizer que as fontes diminuíram em tamanho ao deixarem de ser alcançadas a olho nu. Havia os microscópios que, entretanto, foram substituídos po