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Mostrando postagens de outubro 29, 2020

Ingênuo. Super, de Erlend Loe

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Por Pedro Fernandes Erlend Loe. Foto: Adrian Nielsen Este romance reúne todo o despretenciosismo do sujeito trivial. Passado o seu aniversário de vinte e cinco anos, o narrador toma uma série de decisões quando recebe a proposta do irmão para que fique responsável por seu apartamento enquanto viaja a negócios aos Estados Unidos ― informações estas demonstradas como parte das pequenas descobertas por ele operadas. A personagem tranca o mestrado, desfaz o vínculo de colaborador com o pequeno jornal da cidade, recolhe seus poucos pertences e se entrega, pelo tempo de ausência do irmão, ao ócio total. Apesar da narrativa variar entre volições psicológicas e ações manifestadas no presente contínuo, as características recorrentes na metaficção, quais sejam o registro pessoal do narrador sobre uma consciência do que se narra ou as decisões tomadas nas escolhas da narração, por exemplo, não se demonstram de fora da tessitura do que se conta, mas no próprio movimento e desenvolvimento das situa