E então nós dançamos, de Levan Akin
Por Pedro Fernandes É de compreensão popular que a melhor maneira de saber lidar com nossos rivais é mantê-los muito de perto. Poderia ser este um bom motivo norteador para o jovem Merab quando numa dessas radicais intervenções do acaso vê o seu possível futuro lugar na companhia de balé georgiano ameaçado devido a chegada de um bailarino com um pouco mais de atitude. Mas, se fosse dada a oportunidade de intervir no acaso, outro conselho seria vital: aproximar-se demais dos nossos rivais pode nos prender em definitivo numa contradança cujos passos tempo nenhum os desfaz. E então nós dançamos. A chegada de Irakli num ambiente feito de alta competição mesmo que o tradicionalíssimo balé georgiano atravesse uma decadência visível não apenas pela opinião de algumas das personagens ao longo da narrativa fílmica mas na composição cenográfica do estúdio onde estudam o grupo de rapazes e mulheres vem quase simultaneamente com uma história repassada entre os alunos sobre um bai