Nudes Existenciais, de Maria Vaz
Por Pedro Belo Clara Apresenta-se o livro de estreia da nossa estimada colunista, nascido após várias publicações dispersas (uma delas culminando na outorga do Prémio de Poesia Fernanda de Castro) e participações em antologias poéticas. Natural de Vila Flor, um pacato lugar de Trás-Os-Montes, na região nordeste de Portugal, Maria Vaz é formada em Direito e Mestre em Ciências Jurídico-Criminais. Não obstante, a expressão poética permanece bastante viva em si, conhecendo agora uma merecida edição (e há muito esperada, dirão os seguidores mais antigos). Antes de iniciar qualquer viagem que seja por este trabalho, todo o leitor deparar-se-á com uma expressão impressa na capa, resgatada a um dos poemas que neste volume se compilam, logo exposta como advertência ou apenas batuta pronta a ensaiar o tom: «Há poesia bastante antes de qualquer poema.» Num sentido lato, a expressão, que intriga, poderá querer retomar, em aparência, um debate talvez centenário entre poetas