Sérgio Sant'Anna, um esteta da língua dos raros na literatura brasileira
Por Pedro Fernandes Sérgio Sant'Anna. Foto: Daniel Ramalho. Arquivo do Jornal Cândido. Em 2019, Sérgio Sant’Anna pode comemorar, sem alardes, os cinquenta anos de carreira literária; é bem verdade que, como todo grande escritor, a data é simbólica. Não apenas pelos sentidos nela implicados ― a tradição com a palavra e a dedicação a um ofício ―, mas por que através dela foi possível estabelecer uma retrospectiva sobre o desenvolvimento de um universo, cujas fronteiras continuavam ainda em franca expansão. “A cada nova obra, procuro fazer alguma coisa diferente. Do contrário, perderia a graça”, disse em 2018 ao jornal Cândido ; e sabemos que o escritor carioca seguia ativo na porfia da renovação literária. Na efeméride, a casa editorial que publicou a obra do escritor desde o fim dos anos 1980, reeditou por recomendação de uma amiga de Sérgio Sant’Anna, o romance Amazona . O livro sempre apresentado como uma ótima opção para o acesso ao trabalho criativo do mestre da