O templo, de Stephen Spender
Por Pedro Fernandes A obra de Stephen Spender é longa e se inscreve entre a dos principais nomes da poesia de língua inglesa de meados do século XIX: T. S. Eliot, quem o descobriu; W. H. Auden, de quem foi amigo muito próximo; Ted Hughes, Joseph Brodsky, entre outros. Afora as relações de amizade e de profissão, sua obra poética é reconhecida por figuras de grande relevo na literatura europeia dentro e fora de seu tempo. Assim, que os leitores brasileiros tenham por referência primeiro sua prosa é uma daquelas circunstâncias inusitadas mas não raras. O templo , cuja irretocável e primorosa tradução executada por Raul de Sá Barbosa foi recuperada nos anos finais da primeira década de 2000 depois de há muito esgotada, é um dos poucos trabalhos do escritor inglês em ficção. Fora este romance, restam Engaged in Writing e The Fool and the Princess (novelas), The Backward Son (romance) e The Burning Cactus (uma coletânea de contos). O templo foi escrito entre 1929 e 1932