A par das aparências
Por Wagner Silva Gomes Com capítulos que desfecham em compromisso com os direitos humanos, a assistência social e o humanismo, com crítica social em prol da almejada cidadania, o autor Maxwell dos Santos nos alerta, o leitor vai atravessá-los olhando fixo para a realidade, mas a tocando e a sentindo, pois há de fazê-lo subjetivamente, sem vícios de reduções para o politicamente incorreto e muitas das vezes para o politicamente correto, pois é axial a literalidade. É com o olhar apurado para as possibilidades de sentidos gerados pela trama que o escritor nos mostra na novela Um prato de ódio (2020)¹ como chegar de igual em uma cidadania desigual. Entrando propriamente no livro, percebe-se que se está a depender da parábola mental que, embora em linha real, depende dos desvios hegemônicos da cultura branca, eurocêntrica, estadunidense, que nos mostra consumo ao invés de resiliência, aparência ao invés de parência, e assim nos torna a par, isto é, não dado ao próximo, que