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Cascatas de uma torrente rememorada: reflexos de (in) lucidez em A Paixão Segundo Constança H.

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Por Antonio Bezerra de Mesquita e Verônica Martins da Silva Maria Teresa Horta. Foto: António Pedro Ferreira “Mas é como se, na imagem antes reflectida do meu corpo nesse espelho que perdi, eu recuperasse a minha imagem entretanto igualmente perdida”.  Maria Teresa Horta.  Manuel Bandeira certa vez disse que almejava o lirismo dos loucos¹, projetando este como uma das forças motrizes ao seu exercício poético, isso em circunstâncias de mais um dos seus arroubos metalinguísticos já consuetos em sua obra. É das palavras desse poeta que extraímos uma reflexão primeira para a feitura deste ensaio, que é a robustez semântica que o símbolo da loucura exerce à Literatura, sendo evocada, amiúde, em obras de diversos autores e em diferentes momentos da história.  Esperamos que esteja recente à mente de todos o caso de um Machado de Assis, conjurando a imagem da insanidade personificada à figura do Dr. Simão Bacamarte no conto  O alienista  (1882), encarcerando quase a