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Mostrando postagens de abril 17, 2020

Para tempos de isolamento: Daniel Faria

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Por Paula Luersen Daniel Faria. Foto: Augusto Baptista Repito que vivo enclausurado na agilidade de um animal nascido Correndo ao lado dele, correndo para ele – era assim Que eu queria que fosse a linguagem veloz: Uma casa para a infância com trepadeiras Para que as palavras ficassem como frutos no alto. Repito a corrida na memória quando estou parado Penso velozmente que o amor, como Dante disse, é um estado De locomoção. É um motor. E fico a trabalhar no mecanismo secreto Do amor. Sei que estou em viagem na palavra que se move. Repito o trajecto para ver o poema de novo – era assim Que eu queria que fosse a linguagem de uma coisa amada Correndo ao meu lado, correndo para mim no mecanismo violento Do amor. Era nele que eu queria a casa com trepadeiras Onde as palavras ficassem silenciosas e altas como um pátio interior * Os dias de isolamento me trouxeram novamente os poemas de Daniel Faria. Em especial, o título de uma das s