Boletim Letras 360º #393
DO EDITOR
1. Caros leitores, fica disponível
para leitura e partilha com os amigos uma nova edição do Boletim Letras 360º.
E, em nome do Letras, reitero o agradecimento pela sempre companhia do fiel
leitor e deixo o pedido de trazer aqui os seus mais achegados que admiram os
livros e a literatura. Fique bem. Boas leituras!
Ray Bradbury. Dois novos livros do escritor estadunidense publicados no Brasil, um deles é a edição especial do seu romance mais conhecido. |
LANÇAMENTOS
Livro reúne textos pouco
conhecidos da produção ficcional de Walter Benjamin.
O contador de histórias e
outros textos propõe uma nova tradução anotada do clássico ensaio de Walter
Benjamin, no qual a figura do contador de histórias é apresentada a partir de
um comentário crítico da obra do contista russo Nikolai Leskov. Além do célebre
ensaio, nas primeiras traduções intitulado O narrador, o livro também
reúne textos da ainda pouco conhecida produção ficcional do autor: quinze
contos, quatro narrativas radiofônicas e quatro textos literário-críticos.
Redigidos entre 1913 e 1936, esses escritos perpassam uma variedade de questões
caras ao pensador alemão, embora transversalmente marcados pela preocupação com
o declínio secular da arte de contar histórias. Ademais, os textos da presente
edição convidam o leitor a refletir acerca das fecundas relações entre
literatura e filosofia. Walter Benjamin (1892-1940) foi um filósofo, crítico
literário, tradutor (de Baudelaire, Proust e Balzac, entre outros) e também um
ficcionista alemão. Estudou filosofia num ambiente dominado pelo neokantismo,
em Berlim, Freiburg, Munique e Berna, onde defendeu tese de doutorado sobre os
primeiros românticos alemães. Durante o seu exílio em Paris, nos anos trinta,
foi ligado ao Instituto de Pesquisa Social, embrião da chamada Escola de
Frankfurt. Entre seus interlocutores e amigos, encontram-se personalidades
marcantes do século XX como Theodor W. Adorno, Hannah Arendt, Bertolt Brecht e
Gershon Scholem. A tradução é de Georg Otte e Marcelo Backes. O livro é
publicado pela editora Hedra.
Livro reúne a poesia de
Alfonsina Storni.
A suíço-argentina Alfonsina Storni
(1892-1938) – feminista, poeta ao mesmo tempo irônica com o conformismo de
homens e mulheres, frontalmente avessa ao patriarcado e celebradora do
exercício pleno da sexualidade – já foi lida no Brasil, no início dos anos
1920. O primeiro a comentar os eróticos poemas de seu livro Irremediavelmente (1919) foi Monteiro Lobato, em resenha na Revista
do Brasil. De um livro que continha textos que desbancavam machos, como “Homenzinho
miúdo” (“homenzinho miúdo, eu te amei por meia hora, / não me peça mais.”) e
outros sombriamente sensuais como “Me atreverei a lhe beijar”, um desconcertado
Lobato limitou-se a elogiar sua “estranha eloquência, num luxo de imagens novas
e expressões vigorosas”. Entre os argentinos, o mesmo livro, na revista
cultural Nosotros, foi recebido com críticas frontais de Luis María
Jordán; segundo ele, Alfonsina é um (sic) poeta que não é: “para ser lido pelas
jeunes filles em longos momentos fastidiosos das tardes, mas sim por
homens apaixonados e violentos que tenham mordido da vida, alguma vez, com a
mesma ânsia com a qual se morde o coração de uma fruta madura”. Em 1925, nas
páginas cariocas de O Jornal, Tristão de Athayde, numa resenha sobre as
poetas Gabriela Mistral, Juana de Ibarbourou e Alfonsina Storni, qualifica esta
última como a “menos sadia” das três. O argentino Jorge Luis Borges, no mesmo
ano, na revista Proa, chegara a falar, de modo depreciativo, numa
resenha sobre a poeta Nydia Lamarque, da qual hoje poucos se lembram, que ela
manejava bem seu sujeito poético, “sem incorrer nem nas imprecisões nem nas
gritarias de comadre que costuma nos oferecer a Storni”. Foi nesse ambiente
inóspito que Alfonsina Storni construiu sua carreira, desde 1916, causando
pânico nos reacionários, mordazmente ignorando as críticas e celebrando o corpo
e a poesia. A despeito de tantas críticas, lançou sete livros de poemas e foi
traduzida, em vida, para o francês e o italiano; fez recitais em teatros
lotados e em sindicatos de lavadeiras; morreu célebre e reconhecida. Com esta
antologia, sua obra retorna ao Brasil, para ser relida, em edição bilíngue, e
fazer frente a preconceitos das mais diversas ordens. Que sua selva ecoe em
nós. Sou uma selva de raízes vivas é uma antologia organizada e
traduzida Wilson Alves-Bezerra; publicação da editora Iluminuras.
Divulgada a descoberta de livro
inédito de Mario Benedetti.
Trata-se de um romance incompleto.
O material foi revelado pela fundação que leva o nome do escritor uruguaio
durante o evento em Montevidéu em celebração ao centenário do autor de A
trégua. Ainda é necessário examinar página a página do material, mas as
oitenta folhas manuscritas se referem a um livro que se chamaria Tampoco soy
de aquí, informa a presidente da instituição Hortensia Campanella. O título
data como aquele que seria o último da prosa ficcional de Benedetti, situado,
portanto, depois de Andaimes, obra publicada em 1996.
Novo romance de Léonor de
Récondo conduz o leitor a uma França do início do século XX, onde as barreiras
sociais parecem intransponíveis.
Interior da França, 1908. Victoire
é a infeliz esposa de Anselme de Boisvaillant, jovem e ambicioso tabelião que
não suporta se aproximar dela. Assim, entre as paredes da luxuosa residência, a
vida passa confortavelmente vazia. Tudo muda quando Céleste, a criada de
dezessete anos, engravida. Victoire presume que o pai seja Anselme e,
determinada, reivindica o bebê para criá-lo como seu filho. A criança acaba por
aproximar as duas mulheres, que percebem terem muito mais em comum que o asco
pelo homem que as invade sem permissão. Com uma escrita elegante e sedutora,
Léonor de Récondo conduz o leitor neste Amores a uma França do início do
século XX, onde as barreiras sociais parecem intransponíveis. Amores é um
romance comovente e delicado sobre a descoberta do amor em todas as suas
formas, e um hino estrondoso às mulheres e à feminilidade. A tradução é de
Diego Grando e publicada pela editora Dublinense.
Do premiado autor Michel Laub,
um romance sobre ódio, perdão e os modos como nossa intimidade é definida pela
política e pela barbárie do nosso tempo.
Uma cineasta alemã marcada por um
trauma prepara um documentário sobre a violência brasileira. Os principais
entrevistados são dois irmãos: Raquel, artista de cento e trinta quilos cujo
trabalho se baseia em episódios que a levaram a detestar o próprio corpo, e
Alexandre, empresário que atua no ramo fitness na periferia de São Paulo. Ambos
foram escolhidos por causa da repercussão mundial de uma agressão que Raquel
sofreu, no início de 2018, durante um debate sobre arte e política num hotel da
capital paulista. Diante das câmeras, os segredos dessa história íntima que
envolve bullying de adolescência, uma disputa por herança e diferentes visões
sobre temas como sexo, religião e responsabilidade individual são pontuados por
flashes da história recente do país ― do Plano Collor, que iniciou a ruína
da família dos protagonistas, às vésperas de uma eleição que mobilizou o ódio
de uma sociedade profundamente dividida. A ideia de conciliação, afinal, é
inimiga ou aliada da barbárie em que nos metemos? Solução de dois estados
é publicado pela Companhia das Letras.
Uma edição especial para o
romance mais conhecido de Ray Bradbury e a tradução de uma nova coletânea de
contos estão entre os projetos tornados públicos pela Biblioteca Azul.
1. Um homem sem nome e sem destino
encontra um misterioso andarilho à beira da estrada. Sob a forma de ilustrações
que se movem, as tatuagens do andarilho dão vida a cada um dos dezoito contos
deste livro. O futuro, o passado e o presente navegam por histórias que formam
um caleidoscópio, materializadas em gravuras marcadas na pele de um antigo
trabalhador de circo. Em O homem ilustrado estão contos marcantes que
inspiraram gerações, de “Rocket Man”, sucesso de Elton John, a produções
hollywoodianas como Gravidade, são histórias dentro de uma história, que
borram as barreiras dos gêneros literários e nos fazem perguntar se é este um
romance ou um livro de contos, em que a fantasia e a ficção científica dão a
chance de imaginar mundos possíveis. A tradução é de Eric Novello.
2. “Ficção científica é uma ótima
maneira de fingir que você está falando do futuro quando, na realidade, está
atacando o passado recente e o presente”, afirmou Ray Bradbury. Guy Montag é um
bombeiro. Sua profissão é atear fogo nos livros. Em um mundo onde as pessoas
vivem em função das telas e a literatura está ameaçada de extinção, os livros
são objetos proibidos, e seus portadores são considerados criminosos. Montag
nunca questionou seu trabalho; vive uma vida comum, cumpre o expediente e
retorna ao final do dia para sua esposa e para a rotina do lar. Até que conhece
Clarisse, uma jovem de comportamento suspeito, cheia de imaginação e boas
histórias. Quando sua esposa entra em colapso mental e Clarisse desaparece, a
vida de Montag não poderá mais ser a mesma. Um clássico da ficção científica e
da literatura distópica, Fahrenheit 451 ― que originalmente foi escrito
como um conto antes de se transformar em um romance ― foi criado durante a era
do macartismo, a sistemática censura à arte promovida pelo governo americano
nos anos 1950. Bradbury costumava dizer que a proibição a livros não foi o
motivo central que o levou a compor a obra, e sim a percepção de que as pessoas
passavam a se interessar cada vez menos pela literatura com o surgimento de
novas mídias, como a televisão. Adaptado para o cinema duas vezes, a primeira
pelas mãos do lendário cineasta francês François Truffaut, e depois para
diversos formatos, Fahrenheit 451 é uma grande crítica aos regimes
autoritários de qualquer tempo. Uma obra política e um dos livros mais
censurados do mundo, redescoberto a cada nova geração pois ainda tem algo
importante a nos dizer. A edição especial em capa dura e novo projeto gráfico,
traz também texto do autor sobre a criação do livro, introduções de Neil Gaiman
e do biógrafo Jonathan R. Eller, e trechos do diário de François Truffaut,
diretor que adaptou o livro para o cinema nos anos 60.
Texto inédito de Machado de
Assis. Um perfil sobre o imperador Dom Pedro II.
A descoberta foi noticiada em
matéria assinada pelo jornalista Caetano Machado no portal de notícias da
Universidade Federal de Santa Catarina neste 16 de setembro de 2020. E a descoberta
se deu no âmbito da pesquisa de mestrado de Cristiane Garcia Teixeira, que
estudava na ocasião sobre o espaço da revista O espelho, um impresso que
circulou quase informalmente nos meios cariocas dos fins dos anos oitocentos. A
pequena mídia era composta basicamente pelo grupo de colaboradores do jornal de
variedades A marmota, entre eles, Francisco de Paula Brito, um dos que
introduziram o escritor na lida com a escrita nos jornais. Na época, Machado de
Assis contava vinte anos e já havia aparecido no jornal de Paula Brito. O
achamento do texto seguiu uma pista oferecida na edição n.6 da revista, um
aviso de que em breve se publicaria ali uma seção composta de biografias e um
retrato correspondente. “O fotógrafo é o Sr. Gaspar Guimarães, e o biógrafo é o
Sr. Machado de Assis” ― findava o anúncio. Quatro números depois, a 6 de
novembro de 1859, aparece em O espelho o texto correspondente, cuja autoria
fora antecipada: “D. Pedro II (esboço biográfico)”. O texto sem assinatura é o
primeiro da revista de literatura, modas, indústria e artes. O escritor foi o
colaborador mais assíduo do pequeno projeto; foram 38 textos em apenas meses.
Era, um jovem com dedicação acima da média para o ofício.
Nova edição de Dois
hussardos, de Lev Tolstói.
Publicada em 1856, um ano após os Contos
de Sebastópol, que selaram a entrada triunfal de Lev Tolstói (1828-1910) no
cenário das letras russas, com suas descrições vivas e diretas dos conflitos
bélicos na Crimeia, Dois hussardos, ao contrário do que se poderia esperar,
é uma novela com ritmos matizados, de uma sutileza desconcertante, que revela o
escritor na plena posse de seus talentos. Nela, a guerra é um pano de fundo
longínquo, pois o que realmente interessa ao futuro autor de Guerra e paz,
como diz Italo Calvino em concisa e brilhante análise incluída neste volume, é
“a substância mesma de que se compõem as existências humanas”. Em Dois
hussardos, num intervalo de vinte anos, pai e filho, ambos militares,
detêm-se por uma noite na mesma cidade de província. O modo como interagem com
seus habitantes, as seduções e as trapaças em que se envolvem, refletem muito
mais do que o quadro mental de dois indivíduos: são índices das transformações
profundas pelas quais passava a Rússia no século XIX. Neste que Calvino considera
um dos mais belos e característicos contos de Tolstói, é possível enxergar de
maneira privilegiada o modo de trabalhar do autor, no qual a aparente
simplicidade narrativa oculta sempre uma profunda e complexa relação com a
História. A tradução de Lucas Simone sai pela Editora 34.
O novo romance de Nélida Piñon.
Nélida Piñon não publicava um
romance inédito desde o premiado Vozes do deserto, de 2004. Um dia
chegarei a Sagres é, portanto, per se, um acontecimento literário. A autora
nos oferece um épico poderoso, passado no século XIX, em um Portugal profundo, produto
da fé na tradição oral e na cultura da memória. Nélida move-nos ―
tendo Mateus, o narrador, como corpo; e Camões, o norte, como alma ―
pela terra, pelo chão que é também rio, até que a estrada seja o mar. A viagem ― o
lançar-se ―
é destino daquele povo. A represa – um mar inteiro a atravessar ― é
Vicente. O avô. Aquele que criou Mateus, filho da meretriz e neto de pai
desconhecido. Um neto que encarna o campo português. Na trama íntima, plena de
pujança, essas relações, em que a secura de gestos e palavras se impõe, Nélida
Piñon faz desaguar alguns dos elementos que compõem o imaginário de sua ficção:
não apenas a aldeia, mas o universo da aldeia; não apenas os animais, mas a
sacralidade dos animais; não apenas Deus, mas a presença de Deus; não apenas o
sexo, mas o sexo que rege o instinto indomável. Vicente, o cético, morre; é a
represa levantada. Mateus vai, um Vasco da Gama inteiro em seus desejos. A
aldeia fica. Mateus, desde o alto da colina de São Jorge, uma nesga de Tejo a
ver, narra. Narra Amélia, a mulher do Oriente; quem sabe a esperança? Ainda
Vicente, memória do passado, o legado do Infante D. Henrique. Sempre sob a
fantasia eterna, obsessão de um dia chegar a Sagres. Narra a história de
Portugal – de uma civilização – na saga do indivíduo, um camponês talvez
intrépido. Impossível não encontrar no caráter deste fascinante épico de Nélida
Piñon ―
deste livro de século ― um novo A república dos sonhos, romance que é
marco da literatura em língua portuguesa.
DICAS DE LEITURA
No último dia 14 de setembro passou-se
os 100 anos de Mario Benedetti. Apesar de sua obra ainda não está integralmente
publicada no Brasil, o escritor uruguaio goza de alguma presença singular entre
nós, sobretudo na sua produção literária em prosa ― ainda que tenha sido na
poesia onde alcançou destaque entre as vozes da literatura dentro e fora do seu
país. Do que se conhece por aqui, recomendamos estes títulos em maneira de
fazer contato com o universo criativo do escritor.
1. A trégua. Este é,
possivelmente, o romance mais conhecido de Mario Benedetti: um testamento
atento sobre os dias de um homem tomado pelas inevitáveis garras do fim e as
transformações igualmente inevitáveis do acaso. Martín Santomé tem 49 anos, é
viúvo, pai de três filhos criados e, perto de se aposentar, começa a escrever seu
diário o que fazer com o tempo livre de quando deixar de trabalhar. Sua relação com a monotonia parece inviolável até que lhe entra na vida uma jovem que fará
com que se altere em definitivo seu tempo. Como observa a maioria da crítica, este
romance é o registro de uma viagem existencial e emocional de um sujeito modificado
pela valentia das forças do amor. O livro que alcança seis décadas neste ano,
isto é, publicado em 1960, tem tradução no Brasil, a mais recente, por Joana
Angelica D’Avila Melo para a Editora Alfaguara.
2. Montevideanos. Publicado
um ano antes do romance recomendado acima, este é o livro mais paradigmático na obra
de Mario Benedetti. O que aqui se narra com a sensibilidade que alcança seu
limite é a história das gentes comuns; delas, a narrativa recorre as pequenas
grandes situações isoladas ou cotidianas da vida comum. O retrato final,
caleidoscópico, é uma reconstituição, mais imaginária que cronística, da capital
uruguaia. Ao todo são 19 contos e alguns têm a projeção de peças independentes.
O livro ganhou tradução recente por aqui: de Ercilio Tranjan e Nilce Tranjan;
editada pela editora Mundaréu.
3. Primavera num espelho
partido. Dos romances de Mario Benedetti, este também figura na lista dos
indispensáveis. Trata aqui da vida do casal Santiago e Graciela quando separado
pelo exílio e pela prisão. A modificação imposta pela força radical da história
em que um é submetido à paralisia do tempo enquanto o outro precisa continuar a
vida comum, leva-os a cinco anos de distanciamentos curados apenas pelas cartas
esporádicas nas quais se revelam as contradições humanas e a busca de sentido
pela vida. Também publicada pela Editora
Alfaguara, mas com tradução de Eliane Aguiar.
VÍDEOS, VERSOS E OUTRAS PROSAS
1. “Siglo Benedetti” é o título de
uma exposição que percorre, em imagens a vida do escritor Mario Benedetti, da
infância, passando pela maturidade e os anos de exílio na Argentina, Peru, Cuba
e Espanha e o regresso ao Uruguai. Às fotos selecionadas do arquivo pessoal do
escritor foi acrescentado um conjunto de registros feitos pelo fotógrafo
Eduardo Longoni, que durante sete meses entre 1996 e 1997 acompanhou a vida de
Benedetti por Montevidéu, capturando cenários que estão fixados na sua
literatura. Alguns desses registros foram acrescentados em nosso Tumblr e a
partir daí é possível acessar a página com a exposição online.
2. Em dezembro de 2019 acrescentamos
à lista de vídeos em nossa galeria no Facebook, uma entrevista com a poeta Zila
Mamede. O arquivo foi também registrado esta semana em nosso canal no YouTube ― acesse
aqui.
3. A revista 7faces dedica
seu próximo número à obra de João Cabral de Melo Neto. Até a chegada desta nova
edição tem registrado vários elementos sobre a vida e obra do poeta
pernambucano em suas redes sociais. Esta semana, foi exibida uma rara entrevista com Melo Neto para a extinta TVE-RJ em 1977. Pode ver aqui.
BAÚ DE LETRAS
1. Entre os textos sobre a vida e
a obra de Mario Benedetti disponíveis no blog Letras in.verso e re.verso,
está a tradução deste texto de Mario Vargas Llosa escrito por ocasião do
centenário do escritor uruguaio e em que rememora o primeiro encontro entre os
dois, os relances de convívio pessoal e com as passagens pela sua obra.
2. Recentemente a Biblioteca Nacional do Brasil publicou um texto descrito como crônica, mas visivelmente um conto, de José Lins do Rego publicado numa edição de fevereiro de 1941 de O Cruzeiro. O texto foi copiado para aqui, incluindo o registro gráfico de Santa Rosa. Trata-se de uma narrativa que conta sobre as festividades do carnaval no interior da Paraíba, no cenário dos grandes engenhos de cana-de-açúcar, ambiente tornado cosmovisão de toda obra do escritor.
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* Todas as informações sobre lançamentos de livros aqui divulgadas são as oferecidas pelas editoras na abertura das pré-vendas e o conteúdo, portanto, de responsabilidades das referidas casas.
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