Boletim Letras 360º #365
DO EDITOR
1. Na edição
364 deste Boletim, falei que o leitor passaria a encontrar textos de novos
colaboradores aqui no Letras in.verso e re.verso. Foi a estreia de dois nomes dos
selecionados da última chamada realizada em janeiro de 2020: Maria Louzada e
Paula Luersen. Na semana seguinte, essa breve maratona de estreias termina com
chegada de outros nomes.
2. A
participação no blog, volto a lembrar, é aberta a todo autor que guarde bons textos
e queira compartilhar com novos leitores. Para saber como enviar seu trabalho
basta visitar aqui; encontrará todas as informações e normas para adequação dos
textos.
3. Bom, e
uma semana após o Carnaval, parece que enfim voltamos ao ritmo de um
movimentado ano. Este Boletim reúne informações disponibilizadas (ou não) na
página do Letras no Facebook. Obrigado pela companhia e, boas leituras!
A obra de João Cabral de Melo (imagem) é homenageada na edição 20 da revista 7faces. Foto: Antonio Augusto Fontes. |
HOMENAGEM
Uma
edição para celebrar o centenário de João Cabral de Melo Neto.
A revista
7faces existe online há dez anos e pela primeira vez abre chamada
para a recepção de textos a fim de compor o dossiê sobre a obra e o poeta
selecionado para homenagem. Antes, esse material era confeccionado a partir de
convites dos editores e-ou organizadores da edição. A ideia é que o número 20 do
periódico reúna leituras sobre a obra de João Cabral de Melo Neto, sublinhando
os 100 anos de nascimento do poeta pernambucano. Os interessados em enviar seus
textos podem saber todas as informações aqui. Nas 19 edições
publicadas, a 7faces já homenageou nomes como Manoel de Barros, Sophia
de Mello Breyner Andresen, Jorge de Sena, Allen Ginsberg, Dora Ferreira da
Silva, Hilda Hilst, Ana Cristina Cesar, Herberto Helder, entre outros.
LANÇAMENTOS
A fotobiografia
de Antonio Candido.
A
formação de Antonio Candido, uma biografia ilustrada estava prevista ser
apenas uma edição de fotos com legendas. Mas, no correr do processo acabou se
introduzindo um texto longo – que atravessa o livro do começo ao fim – na
intenção de conferir mais detalhe aos dados biográficos. Nesse sentido, as
anotações deixadas pelo próprio Antonio Candido, referentes à fase da infância,
foram de inestimável utilidade para a montagem do primeiro capítulo. O resto do
texto contou menos com esse recurso, embora tenha se buscado um tom que pudesse
reforçar a impressão da presença de Antonio Candido entre nós, a partir de
pequeno trechos desses registros, deixados nos inúmeros cadernos nos quais
anotou, ano atrás de ano, as impressões da vida toda. Ainda na etapa preliminar
da edição de A formação de Antonio Candido, o teor do impresso – uma
fotobiografia – foi sugerido por Laura Escorel, principal responsável pelo
processo de transferência para o Instituto de Estudos Brasileiros da USP (IEB)
dos acervos documentais e iconográficos de Gilda e Antonio Candido de Mello e
Souza doados à instituição. Esse processo, cujo início data de 2017 e, à frente
do qual além de Laura Escorel esteve também Elisabete Marin Ribas – na ocasião
Supervisora do Arquivo do IEB –, foi financiado pelo Itaú Cultural a partir de
um planejamento que tornou possível o registro, a descrição e a higienização,
os reparos e a catalogação em brevíssimo tempo, de 50 mil itens do acervo
documental e 5 mil itens do acervo fotográfico que, dessa forma, deverão estar
accessíveis ao público e à pesquisa ainda no correr de 2020. A edição é da Ouro
Sobre Azul.
Novo
livro de João Anzanello Carrascoza.
Com a
delicadeza lírica de quem tem maestria para tocar em temas dolorosos, João
Carrascoza comove e encanta com a pungência de Canto para uma só voz. O
texto, escrito numa residência literária que o autor fez na Índia, traz para a
superfície do vazio a dor e o amor entre um pai e um filho, que se perdem no
trágico da vida. O livro sai pela Editora Nós no final de março de 2020.
Uma
visita aos tempos áureos da edição particular.
Sempre que
se faz necessário apontar um marco inicial do movimento de private press
(“impressão caseira”, um hobby familiar na Inglaterra da segunda metade
do século XIX), escolhe-se a publicação, em 1891, de The Story of the
Glittering Plain, escrito por William Morris, primeiro título editado pela
Kelmscott Press com o objetivo de recuperar a beleza do livro, perdida em meio
às tiragens cada vez mais apressadas e descuidadas da imprensa regular. Todos
os componentes de uma obra (a escolha do texto e da fonte tipográfica, a
composição dos tipos, o papel, a tinta, a “decoração” e a encadernação)
deveriam ser planejados e executados manualmente com o máximo de cuidado e
excelência para, juntos, produzirem o “livro ideal”. Os mais de cinquenta
livros que Morris editaria nos anos seguintes obedeceram, todos, à busca por
esse padrão ideal de qualidade. Com edição, introdução e revisão técnica de
Gustavo Piqueira, Sobre as artes do livro ganha edição pela Ateliê
Editorial. O livro traduzido foi traduzido por Adriano de Paula Rabelo e
projetado por Gustavo Piqueira e Samia Jacintho / Casa Rex.
O
clássico que fundou a segunda onda do feminismo retorna em edição comemorativa,
com textos inéditos.
A mística
feminina investiga como foi construída e mantida a norma social que definia
mulher a partir de uma existência frívola, consumista, devotada ao lar, ao
marido e aos filhos, à qual estaria fadada. Publicado originalmente em 1963 nos
Estados Unidos e em 1971 no Brasil, o livro retorna às livrarias em sua edição
comemorativa de 50 anos, com textos inéditos da autora, Betty Friedan.
Nesta obra pioneira, a partir de entrevistas, questionários e vasta
bibliografia, Friedan identificou um sintoma social que denominou “problema sem
nome”. Um vazio existencial que afetava mulheres heterossexuais brancas
estadunidenses, moradoras de subúrbios de classe média, que não podia ser
suprido por um casamento perfeito, pelo alto padrão de vida ou por filhos e que
elevou os índices de alcoolismo e transtornos mentais nos Estados Unidos após a
Segunda Guerra. Manipuladas pela sociedade de consumo, essas mulheres deixaram
o ideal de comportamento libertário das sufragistas, em voga até os anos 1930,
e passaram a incorporar um imaginário sobre o "feminino" projetado
por homens brancos que haviam voltado da guerra fantasiando padrões de gênero
sexistas. Aos homens, os provedores, era destinada a descoberta de mundos
concretos e intelectuais. Às mulheres, as cuidadoras – mães e esposas donas de
casa –, a interioridade oca do lar. Criticado por algumas pessoas e louvado por
outras, A mística feminina é um livro essencial para compreender a
história de opressão e libertação das mulheres, porque revela os mecanismos de
controle de gênero, afirmando o que nem sempre é óbvio em uma sociedade
machista: as mulheres são seres humanos complexos, cada uma com desejos particulares,
e capazes de gerir sozinhas a própria vida. O livro sai pelo selo Rosa dos
Tempos / Grupo Editorial Record.
REEDIÇÕES
A editora
Rocco reapresenta dois novos títulos da obra completa de Clarice Lispector.
1. Felicidade
clandestina
Desde o
início, Clarice Lispector recusou a escravidão dos gêneros. Escrevia por
fragmentos que depois montava. Escrevia aos arrancos, transcrevendo um ditado
interior. As estruturas clássicas não faziam parte desse ditado. Seu olhar
passava por cima das regras, quase voraz em sua busca da essência. Este livro
bem o demonstra. É composto por contos escritos em épocas diversas da vida de
Clarice. E por não contos. Muitos deles – como “Felicidade clandestina”, que dá
título ao livro – foram publicados no Caderno B do Jornal do Brasil.
Como crônicas. Que também não eram crônicas. Convidada em 1967 para escrever no
JB, Clarice deparou-se com um fazer literário novo. Logo negou os
padrões vigentes: “Vamos falar a verdade: isto aqui não é crônica coisa
nenhuma. Isto é apenas. Não entra em gêneros. Gêneros não me interessam mais.”
E “isto” era a mais pura e rica literatura. Nos contos / crônicas / textos –
que eu, como subeditora do Caderno recebia semanalmente, Clarice se expunha em
recordações familiares e de infância. Sua irmã Tania ainda se lembra da menina,
filha de livreiro, que encontramos em “Felicidade clandestina”, atormentando
Clarice por conta do empréstimo de um livro. O professor de “Os desastres de
Sofia” realmente percebeu o tesouro que Clarice menina escondia. E “Come, meu
filho” é um claro diálogo entre a autora e seu filho. Nada diferencia esses
contos, escritos para serem crônicas, de outros contos que aqui estão, escritos
para serem contos e publicados anteriormente no livro A legião estrangeira.
Seus textos podem ser desmontados, desfeitos em pedaços – até mesmo diferentes
dos fragmentos originais – sem que se perca sua intensidade. Cada palavra ou
frase dessa escritora sem igual origina-se em camadas tão fundas do ser, que
traz consigo, mais do que um testemunho, a própria voltagem da vida. (Marina
Colasanti)
2. Coletânea
de cartas revela o cotidiano transvisto por Clarice Lispector.
“Então
escrever é o modo de quem tem a palavra como isca: a palavra pescando o que não
é palavra.” Nesta frase antológica de Clarice existe uma chave para o entendimento
do poderoso efeito que seus textos produzem no leitor. Clarice não retrata
coisas, fatos ou estados d’alma. O que pode ser dito de modo claro e inequívoco
não é bem o que lhe interessa. Mesmo quando parece descrever objetivamente
coisas ou acontecimentos, há algo em suas observações que encanta ou perturba o
leitor, sem que ele saiba sempre exatamente por quê. O que move sua escritura é
a ambição de tornar presente a entrelinha, o sentimento sem nome, os ecos, as
ressonâncias, as sensações informuladas, “a realidade mais delicada e mais
difícil, menos visível a olho nu”. Sua magia é essa. Ela usa palavras como
Cézanne manipula suas tintas, como Debussy organiza suas notas e harmonias:
para trazer à tona o que de outro modo permaneceria oculto, velado silencioso,
na experiência do público. Clarice possui essa magistral capacidade de roçar
com palavras aquilo que está um pouco além do que nossa percepção alcança
imediatamente. Usando palavras comuns, ela descobre novos mundos. Mas ao
utilizar sua matéria-prima, a linguagem, sua pretensão nunca é dar nome aos
bois, explicitar sentidos, decifrar enigmas. Ao contrário. Para Clarice, “o
esplendor de se ter uma linguagem” deriva justamente do fato de que o milagre
da significação jamais se realiza por completo. Escrever, assim como viver, é
deixar-se afetar, sofrer o impacto do que não sabemos designar, experimentar o
mistério, inventar modos de nomeá-lo, e renunciar a tudo entender. Mergulhar na
leitura das crônicas, relatos e fragmentos contidos em Para não esquecer
é explorar, junto com Clarice, os recantos clandestinos de nosso cotidiano.
(Benilton Bezerra Jr.)
OS LIVROS
POR VIR
Uma nova
casa editorial para Hilary Mantel no Brasil.
A Todavia
anunciou que publicará a trilogia “Wolf Hall”, o ponto alto da obra da escritora
inglesa. Eleito em 2009 pelo The Guardian como o melhor romance do
século XXI, essa trilogia é uma saga sobre Thomas Cromwell. A autora, única a
conseguir o feito de acumular dois prêmios Man Booker acabou de publicar o
terceiro volume que finda essa obra, agora em tradução no Brasil. Wolf Hall,
o primeiro título da saga e que dá nome a trilogia, Tragam os corpos
e O espelho e a luz venderam mais de cinco milhões de exemplares ao
redor do mundo e estão traduzidos para mais de três dezenas de idiomas. Os dois
primeiros volumes foram adaptados para a TV em uma série da BBC2.
LITERATURA
E MEMÓRIA
O que os
livros de uma biblioteca escondem. Encontrado material inédito entre os livros
da biblioteca de Sophia de Mello Breyner Andresen.
Foi a partir
de uma visita de Martim Sousa Tavares, neto de Sophia, ao livro Levantado do
chão, de José Saramago que ele descobriu alguns textos inéditos escondidos
na biblioteca pessoal da poeta. O encontro da dedicatória do escritor português
que segundo Martim coloca por terra a história da inimizade entre Sophia e
Saramago levou o jovem a uma varredura nos livros da biblioteca da avó; e achou
de fragmentos de trabalhos de tradução a poemas e cartas inéditas. Do primeiro,
passagens de A divina comédia; Sophia adquiriu o livro numa passagem por
Florença, na viagem que empreendeu junto com Agustina Bessa-Luís à Grécia e
tinha interesse traduzir o grande poema de Dante. Além disso, traduções
findadas de poemas do poeta André Frénaud, algumas prontas para publicação. E,
das cartas, uma dirigida ao amigo Jorge de Sena, outro texto que não consta do
livro publicado com a correspondência trocada entre ambos. De acordo com o
neto, a carta foi “passada a limpo porque provavelmente apreendida pela PIDE”,
a polícia da ditadura salazarista, estimando-se que este documento tenha estado
escondido no livro desde 1961. Todo o material será incorporado ao espólio da
poeta disponível na Biblioteca Nacional de Portugal.
DICAS DE
LEITURA
No domingo atravessamos
outra vez a célebre data do Dia Internacional da Mulher. Apesar de todos os
apelos capitalistas e aproveitamento, muitas vezes gratuito, de algumas empresas
interessadas exclusivamente no marketing, esse é um dia histórico que
deve ser ressaltado como um dia de luta e resistência. Das publicações recentes,
elegemos quatro títulos que reafirmam essa condição acima de qualquer botão de
rosa ainda se queira, desastrosamente, distribuir.
1. As guerrilheiras,
de Monique Wittig. Ativamente envolvida com as revoltas de estudantes e
trabalhadores em Maio de 1968, a escritora foi uma das primeiras teóricas e
ativistas do novo movimento feminista. Este romance agora publicado pela Ubu
Editora com tradução de Jamille Pinheiro Dias e Raquel Camargo é um de seus
trabalhos mais influentes e um dos textos feministas mais lidos do século XX.
Desde que existem homens e eles pensam, cada um deles escreveu a história em
sua linguagem: no masculino. Wittig trata do ataque à linguagem e a corpos
masculinos por uma tribo de mulheres. Dentre as armas mais poderosas usadas em
sua investida contra os costumes literários e linguísticos da ordem patriarcal
está o riso. O romance publicado pela primeira vez em 1969 anima uma sociedade
lésbica que convida todas as mulheres a se unir à sua luta e à sua comunidade. Este
é um romance inovador sobre a criação e a manutenção da liberdade.
2. A ridícula
ideia de nunca mais te ver, de Rosa Montero. A Todavia, casa editorial que
publicou a tradução de Mariana Sanchez para estre que é um dos principais
romances da escritora espanhola, descreve este como um livro sobre o luto e
suas consequências, que navega com maestria entre a ficção e a memória. Quando
Rosa Montero leu o impressionante diário (incluído como apêndice neste livro)
que Marie Curie escreveu após a morte de seu marido, ela sentiu que a história
dessa mulher fascinante guardava uma triste sintonia com a sua própria: Pablo
Lizcano, seu companheiro durante 21 anos, morrera havia pouco depois de
enfrentar um câncer. As consequências dessa perda geraram este livro
vertiginoso e tocante a respeito da morte, mas sobretudo dos laços que nos unem
ao extremo da vida.
3. Cesto
de tranças, de Natalia Litvinova. Este é o primeiro livro da poeta nascida
na Bielorrússia e que vive na Argentina. Ellen Maria Vasconcellos, quem traduziu
a obra, diz que esses poemas que formam esse poemário são um olhar atento
ao presente que, assim como a neve ou as ondas numa praia que trazem memórias
de milhares de anos, segue revivendo as ações de gerações, de sua mãe, sua vó,
seu bisavô e também do pai de seu bisavô. São hábitos comuns que não se perdem.
São tradições culturais, mas também gestos naturais. Como o voo migratório das
aves, as ondas são só outro exemplo da beleza dos dias. Não há adoração a esses
elementos, nem tampouco medo. O que a poesia de Natalia nos traz é esse corpo e
espírito atemporal, da menina que não possui um talismã, mas que carrega
consigo todo um bosque e sua aldeia, aquela que se protege da má fortuna como
pode, com a superioridade da natureza, com o misticismo ancestral, com a
memória. Cesto de tranças, destaca Ellen, é um delicado poemário de
um tempo expandido, onde as referências geográficas se cruzam e se dissolvem, e
cada existência humana, cada corpo feminino é mais que um cesto de superstições,
memórias e destinos, mas a própria poesia, a vida toda pulsando. A menina que
nos guia e que não a conhecemos, nos mostra uma experiência de estar-sem-estar.
Ela canta e a seguimos, desconjurando maldições, ao mesmo tempo aprendendo que
as palavras também servem para contar mentiras. Com isso, ela também passa a
ser a velha sábia.
4. O que
ela sussurra, de Noemi Jaffe. Este romance reimagina a vida de Nadezhda
Mandelstam. Vivendo sob a opressão stalinista, ela se casa com o poeta Óssip,
que falecerá em um gulag na Sibéria como inimigo do regime. Contudo, para que
os poemas que levaram o marido à desgraça não desapareçam, Nadezhda os memoriza
e os sussurra sempre. Serão essas versões que chegarão à contemporaneidade. Baseando-se
nessa história real, a escritora brasileira constrói um romance único sobre o
poder do amor, as agruras da repressão e, sobretudo, sobre o desejo feminino e
seu constante apagamento. O livro foi publicado pela Companhia das Letras.
VÍDEOS,
VERSOS E OUTRAS PROSAS
1. Este
vídeo apareceu entre as indicações do Boletim Letras 360º 313, editado em março
de 2019, mas seu valor merece que seja sempre renovada a recomendação. Trata-se
de uma rara entrevista de Simone de Beauvoir em que ele reflete sobre suas
teses de O segundo sexo, obra fundamental do pensamento feminista e
sobre a natureza da mulher e do feminino. O registro é de 1975. Está na nossa galeria de vídeos no Facebook.
BAÚ DE
LETRAS
1. No
referido Boletim (citado na seção anterior) recomendamos outros três livros
escritos por mulheres. Como essas indicações também são permanentes, reavivamos
o convite para conhecê-los.
2. Ainda
entre listas, aqui está uma com dez vozes femininas desafiaram o
panteão dos poetas. A post é uma boa entrada para outras listas editadas no
blog com este tema.
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* Todas as informações sobre lançamentos de livros aqui divulgadas são as oferecidas pelas editoras na abertura das pré-vendas e o conteúdo, portanto, de responsabilidades das referidas casas.
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