Voltar a Levantado do chão
Por Pedro
Fernandes
José Saramago em sua casa em Lisboa, finais dos anos 1980. |
Levantado
do chão foi apresentado aos leitores portugueses numa sessão realizada na
Casa do Alentejo no dia 22 de fevereiro de 1980. Vinte e um dias antes, as
livrarias e o próprio autor receberam parte dos quatro mil exemplares impressos
pela editora Caminho. O número, apesar de pequeno se colocado frente às
tiragens futuras da obra, foi a aposta pessoal e mortal de um editor numa casa
em começo de consolidação; Zeferino Coelho, o editor em questão, já conhecia o
escritor que no ano anterior lhe batera à porta para publicação de uma peça de
teatro, A noite. Escrita a pedido de Luzia Maria Martins, o texto findou
por ser não adaptado para a sua companhia; é o ex-jornalista Joaquim Benite, diretor
do Grupo de Campolide, quem o transpõe para o palco do Teatro da Academia
Almadense. O trabalho que chegou a receber o prêmio da Associação de Críticos
Portugueses como Melhor Obra de Dramaturgia naquele ano fora, antes disso,
recusado por Nelson Matos, diretor da Moraes Editora, o mesmo que havia
publicado Manual de pintura e caligrafia e um dos que não aceitaria
publicar o romance de 1980. Para as duas situações a justificativa foi a falta
de dinheiro para a edição, mas, o caso é que o romance de José Saramago editado
por esta casa quase uma década antes levava anos encalhado nos galpões.
Quando escreveu
A noite, Saramago havia escrito a peça em um ato A lição de botânica
a convite do grupo de teatro A Barraca que preparava o espetáculo Ao Qu’isto
Chegou, de Augusto Boal; o texto apesar de pronto ficou esquecido depois
que o dramaturgo brasileiro considerou um pouco extenso e difícil de encaixar
na montagem final. Envolvido com uma carreira fracassada na dramaturgia, o
escritor português começara o manuscrito de Levantado do chão há duas
semanas de A noite; era 20 de abril de 1978. O livro seria resultado de
sua estadia entre 19 de março e 2 de maio de 1977 na vila de Lavre, concelho de
Montemor-o-Novo, numa Unidade Coletiva de Produção construída para ocupação de
cerca de quatrocentos trabalhadores: “quando de lá voltei trazia cerca de duas
centenas de páginas com notas, casos, histórias, também alguma História,
imagens e imaginações, episódios trágicos e burlescos, ou apenas do cotidiano
banal, acontecimentos diversos, enfim, a safra que é sempre possível recolher,
quando nos pomos a perguntar e nos dispomos a ouvir, sobretudo se não há
pressa”, conforme relata ao Diário de Lisboa aquando da apresentação do
romance. Esse trabalho documental explica o modelo de criação adotado a partir
de então por esse escritor; ao invés de se utilizar de uma configuração mental
para a elaboração de uma ideia, recorre à história, compreendida aqui em duas
dimensões, a factual e a ficcional.
O procedimento
criativo que sofrerá modificações ao longo do seu projeto literário pareceu
herdado em parte da vivência como cronista, a forma exercitada profusamente no
jornal e registrada na organização dos livros que antecedem a feitura do Levantado
do chão: Deste mundo e do outro (1971), A bagagem do viajante
(1973), As opiniões que o DL teve (1974) e Os apontamentos
(1976). Outra parte, da atividade procedimental utilizada pelos ficcionistas do
Neorrealismo, movimento cuja atitude criativa nascera da compreensão da
coletividade implicada aos veios da história e na sua alteração em nome de
certa justiça universal dos homens e cujos ares ainda se fazia respirar em
Portugal; tal metodologia alimenta-se do princípio da experiência como
fundadora e base da criação, e por sua vez, encontra eco em certo ativismo
marxista, segundo o qual o intelectual
deve permanecer engajado no meio para compreender o homem em relação. Tal
interesse se constituiu na formação da própria personalidade de José Saramago,
se lembrarmos sua incansável atividade civil de questionar e pensador das
situações recorrentes na nossa sociedade, algo que se registra desde esse
período de formação. Numa entrevista para o Extra em 1978 já dizia que o
escritor não é somente alguém que escreve livros, é uma atitude ante a vida, um
compromisso.
Embora, o
próprio José Saramago tenha recusado a determinante neorrealista para o seu romance
ou tenha pensado que este fora “o último romance do neo-realismo, fora já do
tempo neo-realista”, não podemos deixar de reparar que o preciso conhecimento
do homem e despertar de sua condição coletiva, a riqueza com a qual o narrador
investiga seu habitat natural e do trabalho e a maneira como o romance
se nutre de incidentes típicos desse embate indivíduo-comunidade são devedores
dessa estética. Por sua vez, se considerarmos a dialética tradição e
modernidade, rural e urbano, na qual o romance em questão se assenta, não
deixaremos de integrá-lo às fileiras do modernismo; e ainda, à maneira do que
fizeram outros nomes que se desligaram publicamente do novo realismo, é este um
romance cuja linguagem e o estilo apontam para qualquer coisa de vanguardista e
mesmo pós-modernista, se considerarmos o interesse pelo metaficcional, pelo
intertexto com outras expressões linguageiras e a maneira como exercita o
trabalho de refiguração do episódio histórico. Nesse sentido, é também um
romance que amplia a renovação entrevista em Manual de pintura e caligrafia
– um livro talvez mais paradigmático que este – e abre um novo ciclo criativo
no projeto literário do escritor.
Depois da
estadia entre os camponeses e de outras visitas ao Lavre, o José Saramago se
viu envolvido num dilema que aflige todo aquele que lida com a escrita – e por
isso os dois anos sem começar a escrever a obra: como começar a escrever, como
encontrar o tom da narrativa; noutras palavras, como decupar o material e as
vozes na construção de um romance capaz de dizer o que o escritor havia lido,
visto e ouvido. Numa entrevista a Rodrigues da Silva para o Jornal de Letras
em março de 1997, ele diz que “podia escrever o livro, mas não queria,
porque não sabia como é que havia de o escrever. De vez em quando ia até ao
Alentejo, e os amigos que sabiam que eu lá tinha estado para escrever um livro
perguntavam-me: ‘Então o livro, quando é que aparece?’ Eu dava umas explicações
vagas. Até que, em 79, decidi que tinha de o escrever. E comecei sem nada de
especial do ponto de vista formal”. É aqui que se oferece ao romancista uma espécie
de epifania, tantas vezes reiterada nas entrevistas concedidas e sempre que
questionado sobre seu estilo típico de narração. “Quando ia na página 24 ou 25,
e talvez esta seja uma das coisas mais bonitas que me aconteceram desde que
estou a escrever, sem o ter pensado, quase sem me dar conta, começo a escrever
assim: interligando, interunindo o discurso direto e o discurso indireto,
saltando por cima de todas as regras sintáticas ou sobre muitas delas”,
registra a Juan Arias em O amor possível.
O instante
de iluminação está impresso, de alguma maneira, no próprio andamento da
narrativa de Levantado do chão. No final da primeira passagem do
romance, numa espécie de prólogo, que muito aproxima este romance do tom
teatral que o compõe, encontramos o narrador envolvido com o tratamento
descritivo da paisagem, à maneira Euclides da Cunha em Os sertões,
quando o fôlego é suspenso pela constatação: “Mas tudo isto pode ser contado
doutra maneira”. A sentença obviamente aponta para o que é a grande fábula
desse romance: a história dos homens não é a história natural, eterna e
lentamente repetível; aquela deve ser outra à medida que homens e mulheres se
descobrirem os únicos responsáveis pela transformação das coisas a partir da
luta e da ação. Mas, uma vez sabedores, da decisão assaltada em meio ao
andamento da escrita, não deixamos de intuir que o contar de outra maneira
pressupõe também o instante de decisão do próprio criador, sua viragem
estilística.
O nascimento
do que agora se designa estilo saramaguiano, embora involuntário, não foi de um
todo inédito na história da criação literária; no Brasil mesmo encontraremos
quase uma década antes na prosa de Hilda Hilst, ou ainda muito atrás em Clarice
Lispector, o tratamento que imiscui os vários planos discursivos da narração, herança
que, de imediato nos remete ao trabalho de Virginia Woolf e James Joyce. Deste último
escritor podemos considerar o comum caso do solilóquio de Molly Bloom, quando a
narrativa se desfaz da ortodoxia da pontuação e se manifesta enquanto um carril
de palavras. O fato é que, em todos esses casos, as transformações radicais
operadas no tecido narrativo se constituem como apelo verbal ou estratégia de
materialização do fluxo de consciência. E, no caso específico do escritor
português, a prática é uma distensão, inclusive visual do texto, capaz de
registrar na superfície do narrado uma característica essencial do romanesco, o
pluridiscurso. Mesmo o caso de alteração da sinalética expressiva se oferece
não como um seu total apagamento e sim a instauração nela de outras funções
gramaticais não-originais; é o caso de uma vírgula, por exemplo, desempenhar as
múltiplas tarefas de organizar os diálogos ou mesmo exercer o papel atribuído à
interrogação, à exclamação, às reticências. Isso é o que nos leva compreender
que a inovação desse estilo nascido em Levantado do chão consistiu no
corte com os limites entre a códigos escritural e oral. E essa revolução
modificou integralmente a maneira como os leitores, depois de atravessar essa
fronteira, passam a se relacionar com outras obras, incluindo as do próprio
José Saramago ainda afeitas aos princípios organizacionais comuns à narrativa.
Esse estilo
é profundo devedor, mais do que as novas formas adotadas pelo romance a partir
das vanguardas, ao convívio do escritor com a oralidade popular, tanto dos anos
de pesquisa para a composição do romance como do convívio durante sua infância e
adolescência com as vozes desse Portugal profundo resgatado em Levantado do
chão. Qualquer leitor que tenha visto uma entrevista com o escritor logo
compreenderá como ele próprio herdou uma maneira inusual de organização do
pensamento; ouvimos Saramago e logo reconhecemos a voz que fala pelos seus
narradores. Sobre essa influência da oralidade, ele mesmo assim reconhece na já
referida entrevista a Rodrigues da Silva: “Acho que, se naquele momento estivesse
a escrever uma história passada na cidade, o milagre não tinha acontecido.
Julgo que foi o estar a contar as histórias que me tinham sido contadas, como
se estivesse a contar a quem me contou, que fez com que a narração ganhasse
aquela espécie de expansão oral, aquele sentido de ‘agora vou contar-vos, pelas
minhas próprias palavras, aquilo que vocês me contaram’”.
José Saramago (ao centro) com o presidente da República de Portugal, Francisco da Costa Gomes, e sua mãe. Apresentação de Levantado do chão, 1980. |
Levantado
do chão foi concluído a 25 de julho de 1979, tal como registra Fernando
Gómez Aguilera em José Saramago. La consistencia de los sueños. Ao
receber a negativa da Moraes Editores, buscou a Bertrand, conforme recorda para
Ana Cristina Câmara e Vladimiro Nunes em entrevista para a revista Tabu:
“O meu editor acabou por ser a Caminho, mas o livro passou por dois editores
antes. Um deles foi a Bertrand. Que não teve reação nenhuma, porque seguramente
não leu. Não me estranharam a prosa, devolveram-me simplesmente o livro dizendo
que não podiam publicá-lo”. A ida a esta casa se deveu, certamente, à tímida
relação inaugurada com a publicação em 1979 de Poética dos cinco sentidos
– a convite havia escrito o conto “O ouvido” a partir de uma peça das seis
sequências na tapeçaria La Dame à la Licorne. O périplo por uma casa editorial
invoca outra situação na sua obra: a de Camões na peça Que farei com este
livro? Escrita por encomenda de Joaquim Benite para assinalar os 400 anos
de morte do autor de Os Lusíadas, a peça recorda o poeta retornado a
Lisboa e às voltas com a procura de um editor para sua obra-prima. A peça foi
escrita tão logo José Saramago concluiu seu romance e buscava quem o
publicasse. Com o contrato de publicação assinado para a Caminho, o escritor
realizou a revisão final em 2 de outubro; a peça foi entregue em 31 de dezembro
de 1979. No ano seguinte estava inaugurada, em definitivo, a safra dos romances.
Desde Levantado do chão, é a esta forma literária que o escritor devota
fidelidade, embora não tenha deixado nunca de exercer sua atividade de
cronista. É fato que este romance não foi o que o projetou – isso só aconteceria
com a publicação de Memorial do convento dois anos adiante – mas foi o
que garantiu boa vendagem e reações, ainda que espaçadas, sempre positivas da crítica
literária.
O que Levantado
do chão registra é, à maneira de Cem anos de solidão, de Gabriel
García Márquez, que acompanha a saga dos Buendía, a trajetória da família Mau-Tempo
desde o período da monarquia constitucional até as ocupações dos latifúndios
pós-25 de Abril. “O texto modula-se, constantemente, entre uma narrativa mais
ou menos histórica, em que, como Fernão Lopes, parecem ouvir-se vozes de
testemunho popular, e vários mundos de lenda, de superstição fantástica, de
humor picaresco, de sonho, de alegoria e de sátira em vários tons. Fica-se não apenas
a ver, mas também a sentir no próprio corpo, coisas que se passam no tempo da
República e da intervenção na primeira guerra e em várias fases da ditadura ou
do fascismo – sob o ponto de vista de uma subjectividade popular que o português
letrado normalmente não consegue assumir”, registra Óscar Lopes em texto no
suplemento Cultural do jornal O Diário em novembro de 1981.
Conjugando
acontecimentos registrados das histórias que ouviu entre os trabalhadores do Lavre
e dos seus tempos de criança e adolescente no meio rural, com situações
históricas como os assassinatos dos dois militantes comunistas pelas
autoridades do Estado Novo, Germano Vidigal e José Adelino dos Santos, dois dos
quais se apresentam na dedicatória original do romance, e planos de imaginação
que beiram o fantástico, José Saramago refaz a epopeia do povo português. Nela,
subverte a ordem designada no épico camoniano; enquanto no clássico o feito
heroico supera suas consequências negativas, no romance, os esquecidos nos seus
escombros se apresentam como os heróis porque capazes de subverter o
estabelecido. Isso justifica a escolha do título para o romance, afinal a longa
travessia dos Mau-Tempo resulta no ato de levantar-se, escapar
conscientemente da submissão, da exploração, da repressão a que estão
submetidos pelo Poder desde tempos imemoriais.
Tal como
descreve Maria Alzira Seixo no seu fundamental O essencial sobre José
Saramago, “Levantado do chão é, antes de mais, a epopeia dos
trabalhadores alentejanos, a elucidação da reforma agrária, a narrativa dos
casos, conhecidos ou não (mas quem os não conhece não terá mais desculpa para
sua ignorância, depois da publicação desta obra), que fizeram do Alentejo um
mar seco de carências, privações, torturas, sangue e uma total impossibilidade
de viver.” Agora, mesmo se referindo a um contexto específico, Levantado do
chão, não é um livro datado e nem perdido nas fronteiras de sua
circunscrição. As razões disso são diversas: a primeira delas, é que o mar de
misérias que atravessam esses camponeses está, com pouca ou quase nenhuma
alteração, nos camponeses de toda parte; que a condição de opressão culmina no
despertar do homem para a luta, também os registros históricos mundo à fora estão
de prova. Mas, talvez o mais significativo seja, ainda, para os tempos de regresso
da barbárie, carregar uma centelha de esperança pela utopia da transformação
necessária. A grande força desse romance é apostar na capacidade humana para subversão
de sua condição pela ação, um termo e um gesto sempre em falta toda vez que se
acentua o gris dos tempos. Na crítica que escreveu para o jornal The
Guardian sobre a edição inglesa de Levantado do chão, a ficcionista
Ursula K. Le Guin sublinha o “desfecho inesperadamente confiante” da narrativa
sobre os Mau-Tempo. E acrescenta que “Saramago tinha um grande respeito pela
verdade; penso que escolheu terminar a história num momento alto não porque
acreditasse que os ideais de justiça social fossem alguma vez cumpridos – não
tenho a certeza de que ele ‘acreditasse’ em algo dessa natureza – mas porque
considerava que uma esperança racional era mais útil do que o desespero, e
porque procurava a beleza na sua arte”.
Por isso,
que Levantado do chão, mesmo escrito em clave marxista, não se reduz ao
que muitas obras do tipo foram reduzidas: a de servir de um panfleto da
ideologia. Trata-se de uma obra que “dá conta desse percurso do homem,
do seu crescimento coletivo numa sociedade de classes, de uma experiência
dolorosamente profícua enquanto capaz de iluminar as consciências quanto à
engrenagem que as oprime, única forma de se chegar à práxis revolucionária” –
observa lucidamente Teresa Cristina Cerdeira naquele que se tornou um dos
primeiros trabalhos acadêmicos a eleger o romance como corpus
crítico-analítico, José Saramago entre a história a ficção. Uma saga de
portugueses. Isso só reafirma os valores desse romance e sua força
inesgotável se repararmos que a nossa história é, desde a origem de tudo, a
história das nossas lutas contra modelos e sistemas obcecados pela ânsia de
mandar.
Em dois anos
depois de sua publicação, o romance galgou três edições e vinte mil exemplares vendidos.
No final de 1981, José Saramago recebeu o Prêmio Cidade de Lisboa, seu primeiro
prêmio realmente significativo. Nada mal para um homem cujo sonho de ser
escritor apareceu ao acaso numa conversa entre jovens e cujo empenho para isso
apareceu quando aceitou se submeter ao jugo editorial para publicar seu
primeiro romance de qualquer maneira. *
A edição brasileira mais recente. |
Levantado
do chão no Brasil
Levantado
do chão chegou ao Brasil só depois de estar vendido para várias traduções,
incluindo uma russa cujo contrato de publicação foi assinado em junho de 1981; o
livro sai em novembro de 1982 pela editora Difel, que a princípio quis
organizar um glossário – temia-se a incompreensão do texto original nunca
autorizado pelo escritor a adaptação. A casa publica ainda no mesmo ano a
primeira edição de Viagem a Portugal e, no ano seguinte, Memorial do
convento. Depois, o livro passou a ser editado pela Bertrand Brasil (1989) e
ficou nesta casa com Memorial do convento; os dois romances só passaram
ao catálogo da Companhia das Letras, que começara a editar a obra do escritor
português desde 1983, em agosto de 2013. Nesse ínterim, Levantado do chão
saiu ainda na Coleção Mestres da Literatura Contemporânea editada pela Record /
Atalaya (1996). Quinze anos depois de publicado no Brasil, o romance de José
Saramago serviu a Chico Buarque na escrita de “Levantados do chão”, canção
musicada por Milton Nascimento e que compôs um CD que acompanha o trabalho
fotográfico de Sebastião Salgado no premiado livro Terra. O autor do
prefácio é José Saramago. Na ocasião, os envolvidos no projeto doaram os
direitos para o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST).
Ligações a esta post
* As notas
que constituem esta post resultam de um texto maior elaborado com vistas a ser
publicado em edição posterior da Revista Estudos Saramaguianos.
Comentários
Quando a seguir li o Memorial do Convento e depois o Evangelho, acreditei que podíamos ter naquele homem, um futuro Nobel, que sempre achei deviater agraciado também o Jorge Amado. Cabe-me relembrar que como palestrante, José Saramago era sublime!...