Queda e ascensão de William Stoner
Por Steve Almond Porque autores labutam amiúde na obscuridade, e porque quase todos a creem injustificada, a história da ressurreição crítica e comercial de Stoner (Rádio Londres, 2015) tem sido repetidamente invocada como artigo literário de fé. A saga reafirma com força aquela voz petulante dentro de todo escritor, aquela que insiste que publicar é no fim meritocracia, que a posteridade não se refere a tendências editoriais, orçamentos de propaganda ou hype . Emily Dickinson enviou seus pequenos épicos sombrios a um mundo que os considerou pouco mais que pássaros estranhos. Herman Melville acreditava que Moby Dick seria sua conquista definitiva e ficou aturdido quando o livro pavimentou sua descida ao esquecimento. O Grande Gatsby foi refugado por anos como obra menor. Segue o baile. É também importante, e curiosamente inspirador, reconhecer o estado em que John Williams se encontrava quando escreveu Stoner . Como documenta Charles Shields em sua nova e escrupulosa b