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Xeque-mate, de Maria Azenha

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Por Pedro Fernandes Xeque-mate é uma derivação do termo de origem persa شاه مات‎   (šah mât) e quer dizer “o rei está morto”; a expressão é usada no enxadrismo para designar o lance em que o rei é atacado por uma ou mais peças adversárias e cujo resultado é o encerramento da partida. Para dar mate, o jogador se utiliza de um conjunto mínimo de peças: rei e dama contra rei; rei e torre contra rei; rei e dois bispos contra rei; ou rei, bisco e cavalo contra rei. Isto é, trata-se de uma jogada-limite realizada com as peças mais significativas do tabuleiro. Xeque-mate foi tornada palavra-chave por Maria Azenha para nomear o conjunto de poemas reunidos pela Editora Urutau; o livro publicado no Brasil em 2018 é o segundo título da poeta portuguesa que chegou a este lado do Atlântico – o primeiro que saiu pela mesma casa editorial em 2016 chamava-se A casa de ler no escuro . O deslocamento da expressão se integra aos planos recorrentes da poesia contemporânea de propiciar, pel