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Mostrando postagens de julho 31, 2019

O anjo, de Luis Ortega

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Por Pedro Fernandes É verdade que as cinebiografias se inscrevem no rol das criações mais difíceis. Mas, o erro mais grotesco cometido por cineastas de toda parte é querer se aproximar ao máximo da verdade histórica e construir uma narrativa que seja estreitamente a vida do biografado e, como se isso não fosse a pura aberração, ainda insistem em obrigar todo o elenco principal a se integrar nas feições originais das figuras originais. Esquecem-se que nenhuma obra é capaz de reportar integralmente o passado; este é uma lembrança que não volta mais. O ponto de partida e situações diversas vividas no interior da ficção são originais, mas o resto será sempre produto da imaginação criadora. Tentar alcançar o inalcançável resulta uma obra de falso brilho, caricata, e coloca em falso a própria verdade que se quer apresentar, sobretudo, se essa for o perfil biográfico de alguém. Nossa natureza é continuamente contraditória, por isso marcada por matizes discrepantes, e os autore