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Mostrando postagens de julho 30, 2019

Primo Levi, entre o horror, a palavra ou o silêncio

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Por Sergio Nudelstejer Em abril de 1987 recebemos a triste notícia sobre o suicídio do escritor Primo Levi. Quando um escritor se suicida é difícil não reinterpretar seus livros à luz de seu último ato. E a tentação é particularmente forte no caso de Primo Levi, já que grande parte de sua obra nasceu de suas próprias experiências em Auschwitz. O calor e sentido humano de seus escritos o converteram num símbolo para seus leitores; no símbolo do triunfo da razão sobre a barbárie do genocídio. Mas, para alguns, sua morte violenta questionava esse símbolo. Em certos casos, o suicídio de um escritor é visto como a conclusão lógica de tudo o que escreveu ou como uma contradição irônica, mais que o resultado de uma tormenta puramente pessoal. Primo Levi apareceu como um dos intelectuais mais incisivos e mais francos entre aqueles que experimentaram a dor do Holocausto e sobreviveram para narrar tudo o que viveram. Seria difícil encontrar alguém além dele capaz de exp

Seis livros de Primo Levi que são antídotos contra o esquecimento

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Primo Levi. Foto: Basso Cannarsa. O escritor italiano Primo Levi retratou como poucos o horror dos campos de concentração nazista, depois de ter sido refém num deles durante quase um ano, uma experiência dramática que marcou sua vida definitivamente até sua morte em 1987. Nascido há cem anos em Turim, no dia 31 de julho de 1919, Levi, de origem judia, foi deportado para Auschwitz em 1944 depois de ser preso por militar junto à resistência antifascista. Naquela prisão cercada por arame farpado se tornou testemunha excepcional sobre os horrores e os crimes do nazismo, e, depois da sua liberdade pelo Exército Vermelho, seus escritos fizeram uma volta ao mundo; alguns deles ainda hoje são recorrentes nas escolas italianas como um exemplo de memória histórica. Os livros aqui apresentados são aqueles que permitem aproximar-se da figura e da visão de mundo de um dos escritores mais importantes do século XX. 1. É isto um homem? É a obra-prima de Primo Levi. Foi escrita depois