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Mostrando postagens de junho 12, 2019

A chave, de Junichiro Tanizaki

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Por Joseph Lapidario Nesta época quando os diários pessoais se tornaram semipúblicos, poderá parecer estranho o ponto de partida para A chave , grande peça da literatura erótica escrita por Junichiro Tanizaki. No romance, um casamento tradicional com vida sexual muito pobre chega em 1956 ao vigésimo aniversário. Ele é um cinquentão de saúde frágil, ela se mantém ativa e bonita aos quarenta e cinco anos. Ele decide começar a escrever um diário e flerta com a ideia de que ela leia, já que sabe perfeitamente onde os escritos estão guardados. Para não ficar por baixo, ela também começa seu próprio diário e estabelece um curioso jogo implícito repleto de ambiguidades, tensão sexual e duplos sentidos.  Embora os dois se neguem ofendidos em seus respectivos diários, está mais ou menos claro que cada um lê o diário um do outro e aproveita para enviar mensagens, pistas sobre infidelidades mais ou menos consentidas e buscadas, suposições, medos, obsessões.   Até que