“Como se estivéssemos em palimpsesto de putas”, de Elvira Vigna. Transgressão do imaginário
Por Flaviana Silva Elvira Vigna. Foto: Jéssica Mangaba O apagamento de algumas marcas é um mistério. A dúvida entre as lacunas não permite que os acontecimentos sejam explicados totalmente; é nesse vazio que reside a beleza. Ousamos em assumir que não sabemos de tudo quando lidamos com o texto literário, afinal, o que sempre temos são mais perguntas e sinceramente, não é necessário ter todas as respostas. O mergulho é mais do que sentir as águas no próprio corpo. A obra de Elvira Vigna intitulada da melhor maneira possível de Como se estivéssemos em palimpsesto de putas foi publicada em 2016 e foi o último romance escrito pela autora um ano antes de sua morte; ganhou o prêmio APCA de literatura no mesmo ano da publicação sendo reconhecido por toda a riqueza de questionamentos sociais intrínsecos ao enredo, priorizando como foco as relações humanas. Sem dúvidas, é uma escrita digna de destaque na literatura brasileira contemporânea. A visita do leitor ao univers