Alfonsina Storni, a relevância artística de uma mulher que se recusou a ser uma
Por Alberto López Alfonsina Storni teve uma vida tão dura quanto apaixonante. Viveu marcada pelas dificuldades econômicas desde uma infância vencida entre o alcoolismo de seu pai e a necessidade de se virar sozinha. Era uma menina tão à frente que sua mãe viu nela qualidades diferentes das de seus irmãos e foi a única a quem deu escolaridade. Storni, também conhecida pelos pseudônimos Tao-Lao e Alfonsina, sempre reconheceu ser uma mente masculina presa num corpo de mulher, por isso lhe doía ser mulher. Apesar dos desenganos amorosos, de considerar o sexo um estigma, de seu nervosismo até à paranoia e das depressões que padeceu, dedicou sua existência a lutar contra as desvantagens e discriminações das mulheres com uma prolífica obra como escritora e como jornalista. Ela nasceu em Capriasca, Suíça, no dia 29 de maio de 1892, embora não poucos situem essa data em 22 de maio. Filha de pais ítalo-suíços, nasceu naquele país quase por acidente, já que a sua mã