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Mostrando postagens de abril 22, 2019

Marly de Oliveira, a suave pantera

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Deixei em vagos espelhos a face múltipla e vária, mas a que ninguém conhece, essa é a face necessária. “O poema é uma estrutura de significantes que absorve e reconstitui os significados, na medida em que seus padrões formais têm efeitos sobre suas estruturas semânticas, assimilando os sentidos que as palavras têm em outros contextos e sujeitando-as a nova organização, alterando a ênfase e o foco, deslocando sentidos literários para sentidos figurados, colocando termos em alinhamento, de acordo com padrões de paralelismo”. A precisa, mas não esgotável, definição sobre o poema, sua ordem, natureza e comportamento, está num texto, certamente conhecido de muitos estudantes de Letras, do teórico estadunidense Jonathan Culler. E a retomada dele no início destas breves notas biográficas não é gratuita, tampouco cumprem um interesse de servir para uma discussão sobre a forma literária, mas porque guardam estreita aproximação com a obra poética de Marly de Oliveira. Ela nos