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A namorada de Federico García Lorca e outros amores

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Por Jesús Ruiz Mantilla María Luisa Natera, a possível primeira paixão de Federico García Lorca. Com o tempo, o preto e branco das fotografias só deixa entrever a sombra de uma luz. A atraente magnitude de um olhar meio esquiva. Mas, essas imagens dão alguma dimensão de um verdadeiro mistério que tempos depois pode se esclarecer. Aqueles olhos que Federico García Lorca não queria contemplar (“... mas sem olhar para eles dão a morte / com o punhal azul de sua lembrança”, como deixou escrito em “Madrigal triste de olhos azuis”)¹ não correspondem a um mero tema poético, como muitos críticos acreditaram. Têm nome e dona. Chamava-se María Luisa Natera Ladrón de Guevara. E trazia na face duas gotas de água-marinha pelas quais o poeta se envolveu apaixonadamente. Foi, segundo se reconheceu, um amor impossível da juventude. Ian Gibson revela no seu livro Lorca y el mundo gay , o que é, paradoxalmente, um dos segredos melhor guardados na biografia do poeta: a primeira namorada d