Vá, de ressaca – a (in)formalidade de Geovani Martins em “O sol na cabeça”
Por Rafa Ireno Geovani Martins. Foto: Chico Cerchiaro Por coincidência ou não, quando ouvi falar d’ O sol na cabeça de Geovani Martins pela primeira vez, na universidade, eu estava lendo uma crônica de Rubem Braga a respeito do abstracionismo dos anos 1950, a qual se referia à polêmica que essa tendência de arte mais formal provocou na tradição brasileira de pinturas figurativas, em geral, engajadas. Na verdade, uma leitora pede a opinião do cronista sobre certas obras concretas expostas no Rio de Janeiro. Após confessar não ter ido na tal exposição, o cronista diz o seguinte: “Cada um faça o que lhe agrada mais, e sempre valerá alguma coisa tudo o que for feito com sinceridade e sabedoria. Creio mesmo que é normal essa oscilação da arte – ora se agarrando mais à vida, ora se satisfazendo mais a si mesma, obedecendo à pura lógica de seus meios.” Era numa terça, lembro, tinha que sair rápido do Butantã e ir para a Cooperifa. Aproveitei para consultar amigos de lá e nada