Treze obras da literatura que têm gatos como protagonistas
Doris Lessing “Mais do que a coruja, o gato é símbolo e guardião da vida intelectual” Carlos Drummond de Andrade, “Perde o gato”, de Cadeira de balanço É possível, tantos anos depois das primeiras narrativas que trouxeram o gato como protagonista, estabelecer a compreensão de um modelo de prosa, à maneira como se determina outros segmentos na literatura. Parece que o registro mais antigo dos bichanos na narrativa literária remonta ao período grego; nas fábulas de Esopo, o gato é retratado como um animal astuto, capaz de tudo para alcançar seus interesses. O fabulista grego sublinha, assim, a inteligência, a astúcia e a esperteza; se à primeira vista o gato consegue se dar bem, não deixa de cair nas graças daqueles a que persegue, como em “O gato e os ratos” e “O gato médico e as galinhas”. Isto é, tem lugar desde esse período a condição ambivalente que assumirá ao longo das representações literárias. O papel de malvado que se apresenta nas fábulas de Esopo é um d